AGENDA
Essa é uma sugestão da coluna para dirigentes sindicais ou de entidades representativas da sociedade. Este é, afinal, o melhor momento para propor aos candidatos agendas positivas, mostrando suas ideias a respeito dos problemas enfrentados pelo estado. Poderiam começar com uma agenda econômica, demonstrando como pretendem implementar o crescimento rondoniense, garantindo e gerando empregos, estimulando o empreendedorismo, o crescimento da indústria e do setor produtivo.
Há também outro tema importante: a agenda ambiental. Acrescente-se a isso as propostas de como esses candidatos pretender atuar no campo da Educação, da Saúde, da Segurança, etc, etc. Então, agora é esperar qual entidade vai dar o primeiro passo.
ESPAÇO PERMANENTE
É uma pena esse costume das autoridades locais em tratar cultura como algo dispensável e por isso não valorizar os verdadeiros artistas rondonienses. Dia desses comentei a importância da cidade ter nomes nas artes plásticas como Nonato Cavalcante e tantos outros, merecedores do reconhecimento público de nossas autoridades.
Por que não fazer da Casa da Cultura Ivan Marrocos uma espécie de espaço permanente para nossos principais artistas, tirando-os do ostracismo numa cidade que carece tanto de ações culturais de verdade? Com a palavra quem está sendo pago para propor e executar uma política cultural na capital rondoniense.
ANULAR É BOBAGEM
Muitos eleitores, insatisfeitos com o nível e padrão das candidaturas está decidido a anular o voto anular o voto em outubro próximo. Esse tipo de eleitor deve ser lembrado que o aumento dos votos nulos e em branco diminuirá a base para cálculo do quociente eleitoral. Com isso, levará vantagem o candidato que estiver na frente da corrida eleitoral, pois bastará um número menor de votos para que se eleja no primeiro turno.
Votar nulo é falta de compromisso com seu país e também com o estado rondoniense, pois o voto define o futuro do Brasil e de suas unidades federadas. O que mais vejo são pessoas saindo às ruas atrás de “revolução”, mas, na hora em que possuem o poder para a mudança, jogam seu voto fora, votando em qualquer um ou votando nulo como geralmente acontece.
JOGANDO A TOALHA
Certamente a validação de candidaturas de políticos conhecidos publicamente como corruptos, carreiristas e negocistas pelo Tribunal Regional Eleitoral não os transformam em pessoas acima de qualquer suspeita e nem dá aos mesmos um atestado de idoneidade e de inocência. Uma dessas candidatas – afastada do mandato nesse ano por envolvimento em esquemas de corrupção – tentou vender essa imagem assim que obteve a homologação do seu registro de candidata para tentar renovar (Deus nos livre!) o mandato.
Infelizmente, somos obrigados a concluir que em nosso país o crime de fato compensa, pois a cada dia somos surpreendidos por decisões incompreensíveis para a maioria dos cidadãos no âmbito da Justiça. Como até político que viu recentemente o sol nascer quadrado em xilindrós teve aprovação como candidato no pleno do TRE, o ônus em fazer a tal limpeza necessária é exclusivamente do eleitor, esse personagem despolitizado e fácil de ser manipulado. Assim não dá. Como boa parte dos brasileiros estou quase jogando a toalha.
NOVO PARTIDO
A política eleitoral no Brasil é vergonhosa. Como a Lei da Ficha Limpa parece ser inócua para tirar da vida pública um monte de pilantras reconhecidamente incompatíveis com a ética da representação popular, constato que brevemente algum gaiato vai tentar registra um novo partido, aproveitando-se de uma sigla conhecida. Nessa encenação política brazuca não causará surpresa alguma o surgimento de um Partido dos Trambiqueiros, com capacidade de receber um comboio cheio de votos.
PRÁ BOI DORMIR
Deputados – que disputam a reeleição – fazem novas denúncias de desvios de recursos públicos, de trambicagem e outros mal feitos. Hermínio, o presidente da Assembleia, denunciou essa situação na obra do chamado Espaço Alternativa (uma injustificável maquiagem na única via expressa da capital), falando também de desperdiço de recursos públicos na Saúde, pelo prefeito de Guajará-Mirim. Ontem Hermínio foi ovacionado por um auditório lotado de servidores da Assembleia, no restaurante do Braz.
GOEBEL
E a saúde foi também foi também o tema focada pelo deputado Luisinho Goebel, do PV. Para ele essa conversa de melhoria na saúde pública do estado é mera enganação. Luizinho passou praticamente todo o mandato elogiando a gestão de Confúcio. Essa foi certamente sua primeira manifestação “oposicionista” na Assembleia Legislativa.
OBSCURANTISMO
“Quem publicar agenda, projetos e propostas de candidatos pode ser processado, adverte promotora eleitoral em Rondônia”. Esta manchete publicada ontem no site Tudoronia.com é algo bestial e assustador. Pior ainda foi o seu lead “A imprensa não pode informar aos eleitores quem são e o que pensam os candidatos, quais suas propostas e projetos”. A decisão, segundo o site, foi anunciada pela promotora eleitoral Yara Travalon Viscardi, da 4ª Zona Eleitoral, Vilhena.
Se a moda pega, o Brasil corre o risco de não poder ser informado sobre as opiniões e as andanças dos candidatos Dilma Roussef, Aécio Neves e Eduardo Campos. É o fim da picada (ou do processo eleitoral dos tempos democráticos).
TERCEIRO MUNDO
Que vexame para o Brasil. O sentimento é de que estamos no fim de carreira de um país onde ninguém reage às agressões da nossa Constituição Cidadã (como disse no passado Ulysses Guimarães). Que exemplo de decadência da política nacional. Pelo menos, espera-se, a OAB estadual irá reagir. Certamente, nos tempos de Hélio como presidente da entidade a grita já estava começando.
OS MAIS IGUAIS
Tem várias maneiras de se entender a facilidade com que certas instituições decidem tutelar o povo brasileiro. Enquanto milhares de pessoas que trabalharam a vida inteira não têm recursos nem para comprar medicamentos, juízes punidos custam R$ 45 milhões em seis anos ao País. Será esse o “País de todos”, que a “presidenta” Dilma prega em seus discursos?
LIXÃO
Quem vai ser punido em Porto Velho por desdenhar da lei que determinou o fim do lixão? É claro que o prefeito não pode alegar desconhecimento da lei para vir anunciar que só agora abriu licitação para cuidar desse problema. Como Porto Velho parece um município sem prefeito, estou quase apostando que o dirigente municipal vai alegar, mais tarde, que os quase dois anos que restam de seu mandato será insuficiente para cumprir a exigência da lei.
excelente coluna, parabéns ao jornalista gessi taborda