SEM PREPARO
Até agora não se ouviu, ainda, de nenhum dos pré-candidatos anunciados para a disputa do governo rondoniense os pontos de vistas que pretendem defender perante o eleitorado, demonstrando se estão verdadeiramente preparados para o cargo, corrigindo os rumos da gestão pública e verdadeiramente garantir o avanço rondoniense esperado por toda sua população.
No caso do governador que busca um novo mandato há uma questão mais imediata, que é: será que diante do seu alto índice de rejeição ele conseguirá ser reeleito? Como Confúcio Moura pretende convencer o eleitorado de que num suposto segundo mandato vai por em prática o que promete?
Se no mandato que está terminando nesse ano Confúcio tivesse feito isso, nosso estado teria passado por mudanças profundas na política e na gestão pública. E ele, Confúcio, não sofreria a rejeição constatada ao longo dos levantamentos feitos desde o ano passado. Com um novo governo desse jaez nós vamos estar nós vamos estar cada vez mais distante de uma Rondônia com desenvolvimento sustentável, capaz de atender os anseios de sua juventude com geração de empregos, educação de alta qualidade e todas essas coisas fundamentais para garantir qualidade de vida à maioria dos moradores do estado.
BIOMBO
Não há como negar: até o momento – tirando o próprio governador com sua exposição garantida pela massiva propaganda em todas as mídias – apenas (e tão somente) o ex-senador (condenado e cassado pela compra de votos) Expedito Júnior teve um espaço razoável para falar de seu projeto.
Fora a tentativa de explicar “que pode ser candidato”, praticamente manteve atrás do biombo suas ideias de como pretende governar (se realmente puder disputar a sucessão e vencer) o nosso estado.
Ele não disse, em nenhum momento, o que pretende fazer para interromper a deterioração atual da economia rondoniense, não dando também a menor dica sobre a série de problemas que persistem na saúde, na segurança pública, na cultura, na educação, no lazer, etc, etc.
TERCEIRA VIA
A cinco meses das eleições, o terreno eleitoral rondoniense ainda está muito movediço, a ponto de não se ter claro quem se constituirá numa terceira via desse processo.
Os nomes anunciados até agora para se posicionar na linha de largada não são pessoas com prestígio eleitoral reconhecido. E por isso, é difícil dizer se dão conta de enfrentar as candidaturas mais robustas ou o peso da máquina a serviço da candidatura chapa branca.
OPÇÕES FAMILIARES
O grupo liderado pelo (ainda) senador Ivo Cassol deveria naturalmente ser essa terceira via eleitoral. Mas as indefinições sobre quem vai de porta estandarte podem pulverizar ainda mais a liderança que esse político do PP mantém no estado.
Cassol – não se entende os motivos – está aparentemente buscando opções familiares ainda não testadas no embate eleitoral, embora tenha em seu domínio nomes experientes como Odacir Soares que ainda pode ser escalado para deputado federal ou, dizem as fontes, candidato a senador do grupo.
CONFIANÇA
Uma fonte bem posicionada no mundo “cassolista” tentou explicar à coluna por que há tantas dificuldades em se fazer sucessão política no estado: “os caciques não tem nomes competitivos de sua total confiança”.
Para esse observador da política do estado, “essa falta de tranquilidade em relação aos nomes mais próximos” é o que leva o governador a tentar a reeleição, mesmo consciente “de sua baixíssima aceitação popular”. Assim como o governador, também os demais políticos de expressão no estado, “temem dar o aval a algum correligionário competitivo” que no caso de uma vitória acabe afetando o capital político de seu tutor.
Então é isso: a tão pouco tempo da ida às urnas, num cenário sujeito a mudanças radicais, nenhum dos pré-candidatos relacionados até agora montou uma equipe de peso para construir uma campanha de êxito. Certamente, antes das convenções, não devemos esperar nenhuma declaração importante desse pessoal e, claro, nem alguma dica sobre como pretendem governar Rondônia. Tudo se não passa de longas e enfadonhas entrevistas nada esclarecedoras.
PROMOTOR BONZINHO
Desse jeito o povo vai sempre sifu! Quem poderia imaginar um integrante do Ministério Público demonstrando assim na maior das inocências que as leis não existem (pelo menos em Rondônia) para serem cumpridas? O prefeito de Porto Velho, o médico Mauro Nazif, simplesmente deixa de cumprir a lei que proíbe o nepotismo e vem o promotor Alzir Marques Cavacalcante simplesmente “recomendar” que o prefeito cumpra a lei nº 2.132/2004.
Pô, autoridade! Então, ao contrário de uma ação contra o prefeito descumpridor da lei, basta uma “recomendaçãozinha”. É do baralho. Certamente são posições dessa natureza que leva gestores públicos a deitar e rolar, metendo a mão suja no cofre da viúva. Quais outras leis o prefeito poderá deixar de cumprir e receber apenas uma recomendaçãozinha?
DESCANSO
Amanhã, domingo, nosso diretor geral, Euro Tourinho, decano da imprensa rondoniense, vai tirar um merecido descanso da faina jornalista, viajando para o Rio de Janeiro, passando vários dias na região serrana, na casa de um de seus filhos. A ele desejamos um período de muitas alegrias para repor a energia necessária a continuar por vários anos mais seu trabalho de informar e formar opiniões dos rondonienses.
MAIS DEFINIÇÕES
O PSD está praticamente no final das tratativas para fechar sua relação de candidatos e a aliança possível. Neste sábado, com a coordenação do presidente do partido no Estado, deputado federal Moreira Mendes, dirigentes partidários e nomes expressivos do PSD (onde se destaca o deputado estadual e presidente da Assembleia, José Hermínio) passarão a manhã reunida na fazenda de Moreira Mendes, no município de Candeias do Jamari. Pode ser de lá decisões capazes de influenciar profundamente os rumos da sucessão estadual.
ME ENGANA…
Comprova-se mais uma vez a falta de objetividade da autoridade municipal em relação processo de reconstrução dos prejuízos causados pela cheia do rio Madeira às milhares de pessoas vítimas desse caos. É melhor essas pessoas esperarem sentadas pela realização das promessas (a maioria mirabolantes) das autoridades.
E agora um dado complicador, anunciado pelo (Deus nos livre!) prefeito 40, aos desabrigados do distrito de São Carlos: “As terras da localidade estão contaminadas!”, exclamou o gutural alcaide. Até parece algo comparativo ao que aconteceu em Cubatão. Só que aqui não existe indústria, não há contaminação química daquele jeito. Tudo é puro blá-blá-blá. Afinal, estamos falando de um prefeito que vai chegar, se bobear, ao final do segundo mandato sem conseguir tapar os milhares de buracos das vias da capital e, também, sem dar solução na manada de elefantes brancos dos (vá lá!) viadutos.
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