Em Linhas Gerais

Em Linhas Gerais: “Institutos de pesquisas não são donos do pensamento do eleitorado”. por Gessi Taborda

INTERESSES PRÓPRIOS

Bandeira2Muitos pensam que o país não muda por causa da educação do povo, razão pela qual somos alienados. Concordo, somos politicamente alienados, mas penso que as causas têm raízes muito mais profundas, são culturais e remontam ao período colonial. Diferentemente do que aconteceu em colônias como EUA e Austrália, os que vieram para essa terra nunca a enxergaram como sua, mas apenas como uma terra de ninguém em que o importante seria extrair o que lhes interessasse. Seus filhos e netos herdaram essa filosofia e ainda hoje o brasileiro enxerga apenas os interesses próprios, diretos e imediatos.

RONDONIA NÃO MERECE

BandeiraDesde que o atual governador Confúcio Moura completou o primeiro ano de seu mandato venho alertando, através das análises de sua “gestão” (???) que ele estava construindo uma herança maléfica e por isso tinha de conviver com uma rejeição sempre crescente junto à população.

E com isso concordava praticamente todos os meios de comunicação, excetuando aqueles domesticados com as verbas públicas da publicidade ou os sustentados pelos aliados de plantão, coroados com o sistema de CDs e nomeações políticas regiamente pagas.

Os rondonienses, como todos os brasileiros, também fizeram manifestações exigindo mudanças dos ocupantes da política, tanto no Planalto como aqui, em Porto Velho.

E de repente veio a eleição e o resultado do primeiro turno não cristalizou o grito das manifestações populares, não seguiu o viés a rejeição do governante tantas vezes comprovadas em meses antes do início do processo eleitoral.

O resultado das urnas sacramentou a força dos marqueteiros em influenciar e até definir o pleito.

Agora, no final do processo, está mais claro ainda a dificuldade de mudar os ocupantes do Poder, dando novos rumos de esperança e de fortalecimento da economia e dos aspectos morais tão necessários à construção da democracia republicana.

Rondônia não merece seguir assim, com a desaceleração de sua economia, com o desemprego aumentando, a criminalidade, com obras inacabadas (ou apenas prometidas), superfaturadas, com insatisfação e desesperança em todos os segmentos da população.

DEU PARA CANSAR

Taborda4Nunca se mentiu tanto ao povo como se fez com a propaganda eleitoral desse período. Eu pelo menos vou me apresentar à urna de domingo cansado de tanta mentira e enganação. A mim não basta meras promessas (sem garantia nenhuma de realização) como a da construção de um hospital psiquiátrico (que só existe numa maquete) feita para impressionar eleitores.

Vou para a secção eleitoral no domingo convencido de que o custo da máquina pública rondoniense é exagerado (para beneficiar uma casta aquinhoada com altíssimos estipêndios), que o processo de industrialização não avançou praticamente nada; que a corrupção e o assalto aos cofres públicos (como a apropriação indébita dos recursos do Iperon) tornaram-se uma constante.

ACORDA RONDÔNIA

pESQUISAS23Os chamados institutos de pesquisa insistem, nessa reta final, em garantir que tudo ficará como dantes no quartel de Abrantes. Que a população rondoniense e brasileira ainda não acordou de verdade. A mesma população que foi para as ruas pedindo mudanças não vai aproveitar o momento eleitoral para confirmar seu repúdio ao atual quadro caótico em que sobrevivemos.

Institutos de pesquisas não são donos do pensamento do eleitorado.

Como jornalista acostumado a acompanhar tantas eleições, prefiro imaginar que, apesar de todas as provocações, manifestações falsas, propagandas enganosas, perfis fantasmas em redes sociais, uso e abuso da máquina pública e muitos outros instrumentos nos quais os que querem se manter no Poder a qualquer custo são especialistas, seja possível à sociedade interromper um projeto de Poder.

Se isso continuar, jogará nossa terra num abismo ainda mais fundo, para atender aos interesses mais nefandos de grupos acostumados a sugar o erário em favor de seu enriquecimento pessoal.

PROJETO VAZIO

eleiçõeseeO resultado eleitoral de domingo pode ser apenas o reflexo de um estado onde a desapareceu a muito tempo. Confúcio chegou ao porto do poder insuflada pelos ventos fortes de uma utopia possível: mais igualdade e justiça social. Aquela promessa de mudança rendeu alguns frutos, mas estiolou-se aos poucos, degradando-se num projeto político-partidário vazio. Ele só conseguiu materializar sua candidatura pela inexistência de outros quadros.

Ele passou toda a campanha sem dizer nada de concreto aos cidadãos. A narrativa central de sua campanha é que todos os adversários encarnam o mal absoluto. E mesmo alguns desses políticos estigmatizados tiveram a cara de pau de entrar em sua campanha de segundo turno, como se não tivessem sido adversários figadais no primeiro turno.

Se der Confúcio de novo vencerá o medo, a inércia sustentada pela força esmagadora do aparelho do estado, para a festa das figuras mais nefastas da política rondoniense, loucos para se locupletarem do erário. Certamente os aventureiros estão loucos de vontade de inaugurar um novo ciclo de corrupção, muito maior do que as denunciadas pelo ex-secretário adjunto da Saúde, Batista, na delação premiada.

INTERESSES PRÓPRIOS

eleiçõeseeMuitos pensam que o país não muda por causa da educação do povo, razão pela qual somos alienados. Concordo, somos politicamente alienados, mas penso que as causas têm raízes muito mais profundas, são culturais e remontam ao período colonial. Diferentemente do que aconteceu em colônias como EUA e Austrália, os que vieram para essa terra nunca a enxergaram como sua, mas apenas como uma terra de ninguém em que o importante seria extrair o que lhes interessasse. Seus filhos e netos herdaram essa filosofia e ainda hoje o brasileiro enxerga apenas os interesses próprios, diretos e imediatos.

MONTEIRO LOBATO SABIA

eleiçõeseeUma tendência nova e preocupante vem se manifestando na disputa eleitoral em curso: declarações irresponsáveis do ex-presidente Lula da Silva, pregando de forma clara e inequívoca a animosidade entre as regiões do nosso país. Há exatos 82 anos, durante a epopeia de 1932 (Revolução Constitucionalista), o escritor Monteiro Lobato analisava as causas do isolamento do Estado de São Paulo no seu levante contra a ditadura Vargas. Com notável senso de observação, Lobato já escrevia: “O Norte inteiro é nosso inimigo instintivo” (Lyra Neto, em Getúlio 1930-45, página 120). Esse sentimento latente é aproveitado sem nenhuma inibição pela matreirice eleitoral do líder petista, desprezando o verdadeiro milagre representado pela nossa unidade nacional. O Brasil há cinco séculos é uma nação única, com a mesma língua e com fortíssimo sentimento de pertencimento. Não se pode tolerar nenhum ataque a esse verdadeiro tesouro.

CUIDADO PARASITA

A palavra do homem, do político, as mentiras de nada valem diante da vontade maior: segunda-feira teremos uma nova Rondônia. Os parasitas do poder deverão tratar de outros projetos, estarão finalmente desacreditados, dizia confiante um tucano emplumado de Porto Velho.

POR DENTRO

Mais uma do PT: não bastasse o baixo nível da campanha, agora utiliza o compositor Chico Buarque, que mora em Paris, para avalizar a nossa presidente Dilma. Acorda, Brasil!

Em Linhas Gerais

Gessi Taborda [email protected]

 

 

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