FILOSOFANDO
“Você pode encarar um erro como uma besteira a ser esquecida, ou como um resultado que aponta uma nova direção.” Steve Jobs (1955/2011), empresário norte-americano.
MOTIVO
No Brasil, a crise na venda de veículos é, na verdade, uma crise de financiamento. A falta de aprovação de crédito (a maioria dos tomadores tem alguma restrição) e os juros altos tornam ainda mais difícil a negociação, agravada pela falta de confiança do consumidor no futuro da economia do País.
MARACUTAIAS
As mais recentes notícias sobre as eleições desse ano (com regras mais rígidas, pelo menos no financiamento das campanhas) dão conta de que falta muito para conseguirmos o nível de depuração fundamental do processo. Ainda estamos sujeitos às maracutaias de políticos acostumados a buscar meios fraudulentos para tentar a eleição e para arrumar dinheiro pelas vias transversas.
MALANDRAGEM
Em Rondônia não faltaram o registro de casos absurdos e até bizarros. É o caso registrado, só para exemplificar, em Ariquemes, onde o candidato à reeleição conseguiu a proeza de veicular na propaganda eleitoral o depoimento favorável a ele dado por um homem da zona rural.
Até nada demais se não descobrisse depois que aquele “apoiador” da candidatura de reeleição do prefeito não estava vivo. Aliás, teve seu falecimento registrado em 2015. O fato deixou a família do falecido indignada e certamente deve motivar um procedimento contra a malandragem do candidato.
EMPREGUISMO
Também não faltaram denúncias contra político com cargo de deputado que promoveu uma enorme onda de empreguismo de cabos eleitorais para garantir apoio e votos à campanha de cônjuge que disputa eleição de prefeito.
Isso sem contar também a denúncia de suposto direcionamento de verbas públicas (no jogo das emendas parlamentares) para entidades controladas por familiares de candidata a prefeita no Cone Sul.
Tudo isso, espera-se, vai gerar procedimentos investigatórios das autoridades responsáveis, buscando afastar da vida pública essa “nata da malandragem” que perdura no mundo político rondoniense.
INDICATIVO GRAVE
O Ministério Público Federal (MPF) produziu 65.268 relatórios com indicativos de irregularidades na arrecadação de recursos de campanha para as eleições de 2016, o que representa 13% do total de candidatos. O número de relatórios com candidatos potencialmente inelegíveis chegou a 5.492. Muitas impugnações já foram apresentadas pelos promotores a partir dos indícios encontrados.
E ASSIM…
Nada é mais democrático do que a realização de eleições, certo? Sim e não. Especialmente quando o próprio Judiciário anuncia dados com a enormidade das irregularidades existentes na arrecadação de recursos e em outras maracutaias.
É o próprio Judiciário que por motivos vários acaba possibilitando a participação de candidatos sem qualquer candura (a palavra candidato deriva de “candidus”, expressão latina) e que servem, portanto, apenas para macular o processo, criando confusão na escolha do eleitor.
VOTOS COMPRADOS
Em Rondônia são várias candidaturas impugnadas que estão fazendo campanha como se estivessem abonados com ficha limpa ou acima de qualquer suspeita.
O eleitor não pode esquecer: O Haiti do Baby Doc tinha eleições presidenciais, com 100% dos votos a favor do cidadão; e o Iraque de Saddam também tinha. Eleição nem sempre é sinônimo de democracia, principalmente quando os votos são comprados, fraudados ou a população é manipulada por promessas eleitoreiras impossíveis de cumprir, como ocorreu aqui há pouco tempo.
GOVERNO DO PT
Deve ser o uso constante do óleo de peroba o que leva o sujeito da linha de frente dos petralhas a ir para a televisão pedir votos de novos e prometer as mesmas coisas que não fez em oito anos… Devem imaginar sempre que o povão não passa de um bando de otários fáceis de cair no conto do vigário. E por que isso não causa a menor surpresa?
Será que o povão está se esquecendo de quem afundou o Brasil?
GOVERNABILIDADE
A frase de Lula, repetida inúmeras vezes, “é preciso ter governabilidade”, sempre chamou minha atenção. Aí veio o mensalão e o Brasil ficou sabendo que a governabilidade era a compra de consciências. No andar de baixo, ofereceu o Bolsa Família em troca de votos; no andar de cima, deu cargos e exigiu propina. Vieram à tona o desmonte da Petrobras, dos fundos de pensão, do BNDES etc. O Brasil, hoje com 12 milhões de desempregados, amarga uma crise sem precedentes. Fomos roubados, nossos impostos foram usados por criminosos, nossa esperança de um Brasil melhor naufragou.
DECADENTE
Não passa de truque de madame as afirmações do prefeito desenhando uma imagem de Porto Velho que não condiz com a realidade. A cidade, como gosta de afirmar, está assistindo uma “gestão arrojada” nos setores fundamentais. Isso é o que ele diz.
Como simples cidadão que paga imposto, esse colunista não tem receio de afirmar: A Porto Velho de hoje é uma cidade decadente.
E é decadente a partir do centro, com suas praças erodidas, com suas ruas sujas, mal iluminadas e dominadas por pedintes, flanelinhas e marreteiros. Praça como a dos Engraxates nem deveria ser chamada de praça pois não passa de um muquifo. A orla do Rio Madeira é desanimadora e nem assim esses mentirosos oficiais deixam de falar em turismo.
PROMESSAS
Às vezes a gente imagina estar vivendo mais uma encenação do teatro do absurdo. Imagina alguém que andou arrancando desordenadamente árvores de ruas e avenidas falar agora em arborização fantástica da cidade. Prometer qualquer candidato promete, desde os tempos mais remotos. Agora, fazer alguma coisa é que é o difícil. Muitos prefeitos e vereadores se candidataram não por ideal, mas para tirar o pé da lama. Alguns conseguiram até salvar empresas falidas e nem assim sofreram qualquer investigação séria ou condenação de verdade.
PRECISANDO INOVAR
A cidade de Porto Velho nunca precisou tanto de uma inovação. Certos fatos do conhecimento público indicam com muita clareza que dinheiro é o que não falta; falta é gestão. Não dá para acreditar em sã consciência, vendo a josta em que se transformou a margem do rio Madeira na praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré que ali se enterrou quase 20 milhões de reais na gestão anterior.
QUEM VENCEU?
É difícil apontar um vencedor no debate realizado na noite de domingo pela TV Candelária, a repetidora da TV Record em Rondônia.
Num debate em que a maioria dos candidatos se chamavam a todo o tempo de mentirosos e desinformados, que base teremos para decidir quem venceu?
Foi difícil assistir os dois primeiros blocos. E não foi apenas pelo amadorismo revelado logo no início, com a confusão do mediador com a cronometragem do tempo. Os candidatos ficaram um bom tempo mais perdidos que cegos em tiroteio.
RAIVOSOS
Mas do que o tropeço dos candidatos na citação de números e versões, o que se viu foi uma exposição de agressividade, como uma demonstração de que a nossa democracia política terá de evoluir muito para merecer esse nome. Muito pouco de debate programático se viu. Ninguém deixou claro a que virão os futuros governantes do município.
Foi uma cantilena épica da hipocrisia, especialmente quando o candidato do PT se fazia de vítima dos processos e condenações que recebeu na Justiça e até de seu afastamento o cargo no finalzinho da gestão do segundo mandato.
Foi mera conversa para boi dormir, especialmente se o cidadão esperava ouvir mais sobre diretrizes…
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