FILOSOFANDO
“Pouco mais é necessário para erguer um Estado, da mais primitiva barbárie até o mais alto grau da opulência, além de paz, de baixos impostos e de boa administração da Justiça: todo o resto corre por conta do curso natural das coisas.” ADAM SMITH (1723/1790), nasceu na Escócia. É considerado o pai da Economia moderna. Smith foi o mais importante teórico do liberalismo econômico. “Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações” tornou-se sua obra mais conhecida.
CÍNICO
A quase totalidade dos políticos de Rondônia continua acreditando que a população desse jovem estado ainda está longe de se indignar com facilidade. Deve ser por isso que existe um consenso explícito da categoria em rejeitar a austeridade como prática fundamental na gestão do dinheiro público, arrancado do bolso dos contribuintes. Falo em consenso por não encontrar outra palavra para definir a enorme farra de políticos da base – vereadores – para aumentar seus gordos vencimentos, com diárias recebidas pelas viagens feitas sem a menor necessidade. É um cinismo acachapante.
CACOAL
Um município onde a prática é descarada é Cacoal. Pelo que se sabe, cada vez que um vereador viaja dentro do estado recebe uma diária de quase 320 reais. É tanto dinheiro usado para pagar diárias da edilidade que o próprio Antonio Perin, editor do jornal Tribuna Popular, fez dura crítica aos vereadores na coluna que assina naquele hebdô cacoalense. A mordomia é maior quando um desses edis decide ir a Brasília. Numa viagem dessa a diária chega quase a mil reais.
SÓ CASCATA
Afinal, perguntará o leitor, por que um vereador de Cacoal precisa estar sempre em viagem a Porto Velho ou mesmo a Brasília? Ora, será que os representantes políticos das populações interioranas (deputados estaduais ou federais) não são suficientes para defender os interesses dessas comunidades; para buscar soluções para as suas demandas juntos aos órgãos da administração estadual ou federal? Ou isso apenas acontece para aumentar o faturamento do edil? Os cidadãos não votam em vereadores para dar a eles turismo de graça. Esse cinismo deve ser denunciado e punido por quem tem obrigação de exigir ajustamento das instituições nos gastos do dinheiro do povo.
SÓ GAZETICE
É simples conferir que tudo não passa de gazetice desses edis. Na Assembleia Legislativa é comum a romaria de vereadores a gabinetes de deputados, isso em plena era da tecnologia quando você pode acompanhar tudo pela internet e pelas redes sociais. A presença física de um vereador lá da hinterlândia na Capital não acelera a solução de pleitos de sua comunidade. Portanto, as viagens constantes são apenas meios de erodir o dinheiro público fazendo o contribuinte de palhaço. Certamente essa prática abusiva e danosa pode comportar alguma ação cível
SINDROME DA LAVA JATO
Alguns já têm nome novo e outros deverão seguir essa tendência. O PTdoB virou Avante; o PSL, Livres; e o PTN, o Podemos. Não é por acaso. A ideia básica é fugir do mix partidário dos tempos da Lava Jato, todos mal afamados diante da opinião pública. Um político rondoniense experiente disse à coluna que as mudanças devem acelerar no rastro da reforma política, até porque, com a implantação do Distritão, uma fórmula provisória, o voto de legenda perde importância.
LEGADO
Alguns partidos grandes também cogitam mudar de nome (imagine você que o PSDB em Minas teria muitas dificuldades de se apresentar depois do episódio de Aécio), mas na opinião do político tarimbado alguns permanecerão com o nome tradicional. Esse é o caso do PT. Embora tenha sido o partido mais bombardeado com a Lava Jato, o PT deve permanecer PT na esperança de não perder seu grande legado.
RESPOSTA
Nem mesmo os resultados de uma pesquisa feita para consumo interno onde o nome do ex-senador Expedito Júnior está bombando leva o político a sair de sua posição de cautela. Perguntado sobre as especulações de sua presença na sucessão de 2018 ele simplesmente responde: “Se o povo de Rondônia quiser, vamos estar na luta no ano que vem…”
BALEIA É O ASSUNTO
Seria cômico se não fosse trágico: nesse cenário de desemprego, de queda na atividade econômica, da falta de investimentos em infraestrutura, etc, etc, etc; a Assembleia Legislativa – por iniciativa do deputado Leo Moraes – promoveu na tarde de ontem mais uma retumbante audiência pública onde o tema foi (pasmem, leitores!) a Baleia Azul. Com certeza o debate feito no plenário da Assembléia vai colocar o estado na passarela mundial dessa discussão fundamental para a solução dos problemas prementes da população. É a comprovação de que daqui para o final dessa legislatura o parlamento deverá promover vários eventos para detalhar o sexo dos anjos. Rárárárárá!
UBER
Nesse tempo de desemprego em massa – quando até o mítico Distrito Industrial de Porto Velho não sai da sua histórica decadência – as adesões, sem maiores delongas, ao Uber deve quase chegar a mil. Se isso acontecer os próprios motoristas que ele se integrarem terão de enfrentar a concorrência entre eles próprios, ficando difícil conseguir faturar o necessário para pagar as contas.
OPÇÃO NOVA
Segundo uma fonte está chegando em Porto Velho uma nova opção: o aplicativo UP driver, uma associação que oferece até plano de saúde odontológico e também presta serviços a empresas, alguns especializados.
UNIR
A Universidade Federal de Rondônia é a maior instituição universitária do estado, atuando como multicampi. A Unir é um patrimônio educacional rondoniense. Tem um curso concorrido de medicina e mesmo assim não tem um hospital universitário. É uma clara demonstração da pouca representatividade dos nossos parlamentares em Brasília. Ficam conversando abobrinha como duplicação da BR-364; ponte binacional ligando Guajará-Mirim à Bolívia, falam (como se fosse favas contadas) da Ferrovia passando por aqui até o Pacífico e não conseguem resolver esse impasse fundamental.
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