Em Linhas Gerais

Confúcio sonha em ser Senador em 2018, mas antes tem que lidar com o fator “Raupp” no PMDB – por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

A primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência é dada pelos homens que o cercam.NICOLAU MAQUIAVEL (1469/1527), filósofo, historiador, diplomata e poeta italiano, reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna.

 CREDIBILIDADE

Deputados estaduais deixam de lado as discussões de temas do interesse estadual e focam seus discursos em críticas mais apropriadas para quem exerce o cargo de vereador.

E isso se nota principalmente agora em relação as críticas mais acidas de parlamentares ao prefeito Hildon Chaves, que ainda nem completou os 90 dias de sua gestão. São ataques desferidos principalmente por deputados da Capital que, pelo visto, fazem tudo para roubar o protagonismo da edilidade.

Um analista do cenário político tem uma explicação: “São deputados convencidos cada dia mais que estão perdendo a credibilidade com sua base eleitoral e por isso preferem fazer um papel de oposição a quem está na chefia do Executivo municipal, acreditando que esse papel foi esquecido pelos vereadores”, acentuou.

 GENTE ERRADA

Um desses deputados, egresso do velho sindicalismo do PT ainda não perdeu o ranço de seu tempo de vereança. Ele entra na linha de frente no bloco dos inimigos do prefeito Hildon Chaves. Pode imaginar que está ganhando o aval do eleitorado da capital.

Esquece-se que esse eleitorado sabe de suas aventuras políticas recentes, quando chegou a entrar num partido da direita e louvar o líder conservador. Desistiu de lançar o filho na disputa eleitoral do ano passado por medo de influir negativamente na conquista de votos para o herdeiro.

 Agiriam mais inteligentemente se construísse uma boa relação com o prefeito, inclusive destinando recursos de suas emendas ao município sem retaliar quem foi eleito com votação esmagadora e apenas está no início da gestão e muito bem avaliado pela população. O deputado continua ouvindo oráculos sem nenhum conhecimento da mandinga. Em política, quem ouve gente errada acaba encerrando a carreira precocemente.

 ELEFANTE VOA

As especulações em torno dos arranjos partidários e das alianças políticas tendo em vista a sucessão estadual que acontecerá no ano que vem não param. E alguns raciocínios são completamente estapafúrdios mesmo quando se sabe que em política “elefante voa”.

Ainda ecoa no mundo político a notícia de que Confúcio Moura, governador peemedebista, estaria decidido a permanecer no partido correndo o risco de não conseguir indicação para disputar uma vaga no senado, seu sonho tão revelado até agora.

 PELO CAMINHO

Tá certo que em 2018 a disputa será por duas cadeiras senatoriais. O problema é que uma das cadeiras em disputa é a ocupada hoje por Valdir Raupp que pretende renovar o mandato a todo custo. Ora acreditar que nesse momento o barbudo senador de Rolim de Moura fecha um tratado de paz e amizade política com Confúcio capaz de deixar pelo caminho sua chance de reeleição é coisa que não convence os mais experientes. Os longos anos de Valdir Raupp no Senado serviram – certamente – para convencê-lo da impossibilidade do PMDB rondoniense eleger dois senadores na eleição do próximo ano.

 NÃO É FÁTIMA

O barbudo senador não vai repetir a pantomima de Fátima Cleide, a petista, que hoje está no limbo político como prova de que os oito anos de Senado não foram suficientes para seu aprendizado político. Raupp (na mira da Lava Jato) mais do que ninguém sabe que não pode ficar pelo caminho.

 PREOCUPAÇÃO

Confúcio Moura quase não tem similaridade com o perfil do filósofo que lhe inspirou o nome. Mesmo assim, sem nunca ter sido protagonista político importante do tipo de Raupp, é um ser político que conseguiu duas eleições como prefeito e duas como governador. Por tudo isso é claro que se preocupa com seu futuro político.

 ÚLTIMA CHANCE

Certamente – embora não fale disso publicamente – Confúcio sabe que a eleição de 2018 é sua última chance de continuar na vida pública, de chegar ao Senado. E também deve saber que disputando uma legenda no mesmo partido de Valdir Raupp (considerado o dono do primeiro voto) as possibilidades de vitória são remotas. Então dá para acreditar que no momento final o atual governador vá procurar de verdade outra legenda.

 MALDIÇÃO

Para Confúcio não poder disputar um novo mandato de governador deve soar como maldição. Ele é bem diferente de outro político emblemático de sua base eleitoral, Ernandes Amorim. Para Confúcio está fora de cogitação realizar um sonho ao estilo de Amorim, que disputou e venceu no ano passado a eleição de vereador.

Amorim já foi até senador e certamente sempre quis ser governador (e até prefeito de Porto Velho) o que nunca conseguiu. Confúcio, pelo que se sabe, tem como único sonho ser Senador da República. Jamais disputaria uma vaga de deputado estadual (o que nunca foi) depois de dois mandatos de governador. Isso para ele é pior que maldição.

 AMIGOS

Dependendo dos nomes que se apresentarão para disputa do Senado o ainda governador Confúcio até tem chances. Mas precisa superar seu principal problema: seu partido. O PMDB de hoje é formado (e isso é fácil de constatar) por amigos, mas amigos que nas coxias se detestam.

Quem no partido está disposto a apoiar a reeleição de Valdir Raupp certamente terá restrições a carregar a pesada candidatura de Confúcio. Aliás, se nessa corrida entrar o nome de Expedito Júnior, o (ainda) governador será surrado até mesmo no interior.

 PARTIDO

É verdade que Expedito Júnior aceitaria ser candidato ao governo rondoniense. Ele vem trabalhando seriamente com liderança de Porto Velho quebrando uma velha resistência ao seu nome e conquistando uma simpatia crescente junto à população portovelhense.

Expedito pode aceitar disputar o governo se seu nome unir o partido. O presidente regional do PSDB em Rondônia tem sido estimulado a entrar nessa briga por lideranças do porte do governador Geraldo Alckmin. Enquanto isso a deputada Mariana Carvalho, segundo se afirma, é o nome preferido pela corrente tucana dominado por Aécio Neves.

 ECONOMIA

Difícil prever o movimento da gangorra cambial. As cotações são decididas fora do Brasil. A China dita os preços de commodities e os EUA, os rumos do dólar.

A recente alta de commodities/baixa do dólar produziu alívio econômico e calmaria financeira no país: o risco Brasil caiu a menos da metade, a bolsa subiu forte, inflação e juros cederam. A realidade vai mostrando que os impactos da gangorra cambial podem ser tão positivos quando devastadores para o Brasil. Para o bem ou para o mal, nossa economia está flutuando com o minério, café, soja e etc.

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Gomes Oliveira

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