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Caixa tem outro dirigente alvo de investigação por procuradores

Brasília: Prédio da Caixa Econômica Federal. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ministério Público do Trabalho notifica CEF de que conduta de vice-presidente de Atacado está sendo apurada

O principal banco de fomento do Brasil, braço executor das ações sociais do governo federal, está longe de superar o rumoroso episódio que levou à demissão de seu presidente, Pedro Guimarães, após denúncias de assédio sexual. A Caixa Econômica Federal foi notificada pelo Ministério Público do Trabalho de que o caso alcança também outro de seus dirigentes: o vice-presidente de Atacado, Celso Leonardo Barbosa, um dos mais próximos a Guimarães e cuja conduta é alvo de queixas de servidores que procuraram o MPT.

O tema deve abrir a agenda da nova presidente da CEF, Daniella Marques, indicada nesta quarta (29) para a vaga de Guimarães. A ex-auxiliar do ministro da Economia, Paulo Guedes, será cobrada por líderes sindicais e representantes dos servidores a dar uma “resposta cabal” às denúncias, sob apuração desde dezembro do ano passado, numa sinalização de que a demissão de Guimarães não encerrou o episódio.

As denúncias de assédio sexual, que vieram a público nesta terça (28), causaram um dos mais rápidos processos de demissão de um gestor de alto escalão em Brasília. Em menos de 24 horas, Pedro Guimarães, considerado homem próximo ao presidente Bolsonaro (PL), entregou o cargo, sem que tivesse havido nenhuma manifestação em sua defesa por parte de integrante do governo ou fora dele.

Apesar da agilidade no afastamento, na manhã desta quinta (30) a avaliação no Planalto era que uma saída imediata teria evitado a participação de Guimarães no evento da CEF, ainda como presidente da instituição, em que o executivo esboçou uma defesa pública.  Para alguns, após a conversa com Bolsonaro na noite da terça-feira, no Palácio da Alvorada, Guimarães já deveria ter sido demitido – mas o rito sumário desagradou ao presidente, pego de surpresa pela situação e constrangido com as negativas do amigo.

A CEF agora trabalha para conter os danos motivados pelo episódio e delimitar o estrago a um alegado caso pontual, embora não esteja descartada a hipótese de novos depoimentos sobre assédio. Um dos passos para sair da crise será tentar abrir interlocução com procuradores e representantes de servidores.

O único alívio entre a equipe encarregada de gerir o estrago provocado pelo episódio foi a postura até o momento moderada de líderes de oposição. O ex-presidente Lula, adversário direto de Bolsonaro, evitou comentar o caso – o que foi recebido como uma espécie de “voz de comando” a setores liderados pelo petista.

Entre os articuladores da campanha de Bolsonaro, a preocupação com o episódio é clara. O presidente, que tenta a reeleição, tem no eleitorado feminino seu principal ponto fraco, chegando a 60% de rejeição entre as mulheres. Bolsonaro ainda não se manifestou publicamente sobre o caso, que abala um dos pilares de seu arcabouço ideológico: a defesa da moral e dos bons costumes.

O blog procurou formalmente a CEF para obter mais esclarecimentos sobre a apuração que envolve o atual vice-presidente de Atacado e aguarda as informações para posterior atualização deste texto.

FONTE: R7.COM

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