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Cai o valor médio da cesta básica em cinco das oito capitais pesquisadas – Por Silvio Persivo

É responsabilidade demais para um pobre professor como sou. “Meu papel é mostrar que as pessoas são muito mais livres do que pensam ser, que elas têm por verdadeiros, por evidentes, alguns temas que foram fabricados num momento particular da história, que esta suposta evidência pode ser criticada e destruída” (Michel Foucault). 

PROJETO O PARADOXO AMAZÕNICO

No painel organizado pelo Brazil Climate Action Hub (Brazil Hub), na terça-feira (08.11), na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), em Sharm El-Sheikh, no Egito, foi apresentado o Paradoxo Amazônico, estudo do projeto Amazônia 2030, que aponta oportunidades de desenvolvimento econômico nos históricos problemas da Amazônia Legal. Com a participação de Ritaumaria Pereira, diretora-executiva do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon); Brenda Brito, doutora em Ciência do Direito pela Universidade Stanford (EUA) e pesquisadora Associada do Imazon; e Alexandre Mansur, jornalista,  diretor da Agência O Mundo Que Queremos, defenderam o projeto que, para eles, oferece também as chaves para a construção de um futuro sustentável. Os autores defendem que o paradoxo é formado por três elementos-chave: a imensa área de floresta tropical de pé; o bônus demográfico que a região passa; e a enorme área descoberta e mal utilizada que ficou para trás. Segundo Mansur, “Que fique claro, não deveríamos ter deixado as coisas chegarem até aqui, mas estes fatores somados guardam as chaves para o futuro da Amazônia”. Vou ler o projeto, mas concordo que as áreas degradadas existentes podem aumentar a produtividade da pecuária e da agricultura de baixo carbono, sem a necessidade de desmatar mais. Quem quiser ter acesso ao estudo pode obter no seguinte link: https://amazonia2030.org.br/o-paradoxo-amazonico/

OTIMISMO JUSTIFICADO 

Segundo o presidente da CDL-Manaus, Ralph Assayag, neste fim de ano devem ser gerados 5,5 mil empregos provisórios, ultrapassando em 37% o ano passado, o que, para ele, deve ser resultado de que este ano, “as vendas vão ser muito boas”. Comparando com o fato de que, em Rondônia, que tem uma economia muito menor serão, nos últimos três meses, geradas 4.420 novas contratações temporárias, não há dúvida de que o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-Fecomércio/RO, Raniery Coelho, tem razão em ser otimista quando diz esperar “as melhores vendas de fim de ano dos últimos cinco anos”. 

EM OUTUBRO INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA CRESCE MAIS DE 10% EM RELAÇÃO AO MESMO MÊS DE 2021. 

Na FENATRAN, no São Paulo Expo, a maior feira de caminhões e transportes da América Latina, foi apresentado um balanço dos indicadores de produção, licenciamento e exportação da indústria automobilística, que cresceram em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação a setembro, houve estabilidade nos números, o que pode ser explicado por ter um dia útil a menos, além de um dia perdido com as manifestações que fecharam estradas país afora no dia 31 de outubro. Em outubro foram licenciados 180,9 mil autoveículos, 11,4% a mais que no mesmo mês do ano passado e 6,7% a menos que em setembro último. No acumulado do ano, o mercado está 3,2% abaixo de 2021, mas com a expectativa de virar o placar no último bimestre, com crescimento estimado de 1% e vendas de 2,140 milhões. A produção acumulada de 1,962 milhão de autoveículos já supera em 7,1% o volume dos 10 primeiros meses de 2021. Em outubro foram produzidas 206 mil unidades, alta de 15,1% sobre outubro do ano passado e leve queda de 0,8% em relação a setembro. Em outubro houve algumas paralisações de fábrica por falta de componentes, além de paradas no dia 31 por conta de bloqueios em estradas. Segundo explicou Márcio de Lima Leite, Presidente da ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), “O ritmo diário de vendas vinha mantendo viés de alta, mas foi interrompido por conta das manifestações do último dia do mês, o que afetou todos os nossos indicadores. Sem essa questão, a média diária ficaria em torno de 9,5 mil unidades, mas ficou em 9 mil, um pouco abaixo dos 9,2 mil de setembro”. Nas exportações, os números de outubro voltaram a patamares normais com a regularização dos embarques. No mês foram 42,8 mil unidades exportadas, volume quase 50% superior ao que saiu do país em setembro deste ano e em outubro do ano anterior. No acumulado dos 10 primeiros meses, as 406 mil unidades embarcadas representam alta de 32,4% sobre o mesmo período de 2021, com destaque para o forte crescimento em países como Chile, Colômbia e México.

CAI O VALOR MÉDIA DA CESTA BÁSICA EM CINCO DAS OITO CAPITAIS PESQUISADAS

O valor médio da cesta de consumo básica de alimentos de outubro caiu  em relação ao mês anterior em cinco das oito capitais analisadas mensalmente pela plataforma Cesta de Consumo HORUS & FGV IBRE. A queda no valor da cesta variou de -4,3% a -0,1% e, nas três cidades onde houve aumento, as variações foram de 0,5% a 2,9%.  As cidades que apresentaram as maiores altas foram Curitiba (2,9%) e Manaus (1,1%). Já Belo Horizonte e Salvador registraram as maiores quedas, com -4,3% e -3,5%, respectivamente.  A cesta mais cara continua a ser a do Rio de Janeiro (R$ 882,48), seguida pelas de São Paulo (R$ 867,55) e Fortaleza (R$ 782,16). Por outro lado, as capitais Belo Horizonte (R$ 641,77), Manaus (R$ 687,46) e Brasília (R$ 718,96) registraram os menores valores. Dos 18 produtos da cesta básica, três apresentaram aumento de preço em todas as capitais: legumes, frutas e farinha de mandioca. Por outro lado, o leite UHT apresentou queda em todas as cidades pesquisadas. A variação acumulada no valor da cesta básica, nos últimos seis meses, foi diferente entre as capitais, variando de -2,5% em Curitiba e alcançando 4,4% em Belo Horizonte. Em outubro de 2022, seguindo a tendência verificada em setembro, percebe-se uma desaceleração nos preços de alguns alimentos, em especial daqueles que vinham sendo, recentemente, os vilões da inflação, como é o caso do leite UHT. Por outro lado, frutas e legumes mantém a trajetória de alta, já registrada em setembro. 

AUTOR: SILVIO PERSIVO –  COLUNA TEIA DIGITAL

  • A opinião dos colunistas colaboradores são de sua inteira responsabilidade e  não reflete necessariamente a posição da Folha Rondoniense

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