FILOSOFANDO
“O brasileiro não está preparado para ser o maior do mundo em coisa nenhuma. Ser o maior do mundo em qualquer coisa, mesmo em cuspe à distância, implica uma grave, pesada e sufocante responsabilidade”. Nelson Rodrigues (1912/1980), jornalista, dramaturgo e escritor brasileiro, nascido em Recife (PE). Apontado como renovador do teatro brasileiro com a peça “Vestido de Noiva”, seu maior sucesso.
RIR OU CHORAR
Ao tomar conhecimento de que a prefeitura decidiu isolar a praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (Praça? Que praça? Então aquela coisa suja, sem jardins, sem arborização, sem iluminação pode ser considerada praça?), colocando grades e dentro do cercado (pasmem!) “guias turísticos” fiquei na dúvida: a “novidade” era motivo para rir ou para chorar…
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CONVERSA MOLE
Afinal, inventar essa conversa mole de “guias turísticos” numa área onde não há nada capaz de atrair turistas parece mesmo uma piada. No entanto, a desfaçatez da besteira imaginada pelo burgomestre revela a tragédia de uma gestão, motivo para choro de um povo que aspira uma cidade moderna, desenvolvida, polo de cultura, etc, etc… Revela muito mais, a incapacidade do prefeito em livrar o centro de Porto Velho da decadência crescente.
CALHORDICE
Falar em turismo no cenário de abandono no qual a cidade (e especialmente o Centro) está submetida há anos é de uma calhordice inimaginável. Ora, o quadro atual do Centro portovelhense desestimula até os moradores locais a passear por ali. Como falar em turistas diante desse cenário (muito pior na tal praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré)?
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CORAR DE VERGONHA
Aliás, na área central da cidade os problemas se acumulam ano após ano: a sensação de insegurança, sujeira nas ruas, mau cheiro em alguns pontos, a completa desordem do comércio informal, esta é a realidade. Andar nas calçadas é um desafio, uma exibição de contorcionismo onde o pedestre precisa superar obstáculos como buracos, lixo, tabuleiros. E as praças deveriam fazer o mequetrefe prefeito corar de vergonha.
DESAFIO
Mudar essa cena degradante de um Centro abandonado será um dos desafios a ser enfrentado por quem for eleito prefeito de Porto Velho nas eleições de outubro próximo. Aliás, até agora nenhum dos “prefeituráveis” abordou o tema.
Nem a relativa beleza do conjunto de prédios antigos evitam, nos dias de hoje, o sofrimento do olhar de quem se detém a verificar os detalhes do velho Centro. A impressão é ruim. O que fica na memória é a imagem de prédios abandonados, pichados, praças largadas ao léu. Porto Velho não merece, nem os portovelhenses.
SONHO DISTANTE
Tem muita coisa no centro funcionando como testemunho de uma cidade onde o prefeito não está nem ai, a não ser para fazer demagogia barata, na esperança de continuar enganando os moradores da capital do estado.
A questão da mobilidade é exemplo: é praticamente impossível estacionar um veículo na área central. Isso sem falar da dificuldade do cidadão chegar, circular e sair da área. O sistema de transporte é completamente ultrapassado: a funcionalidade do BRT ainda é um sonho distante. Calçada livre é artigo raro, e com rampas para cadeirantes é mais raro ainda. É impossível desenvolver turismo sem cuidar antes do Centro.
DESEJO
O povo não está interessado em ideias estapafúrdias como essa inventada agora de cercar a praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Isso apenas vai prejudicar uma situação que rotineiramente já é ruim. É claro que alguém vai ganhar com isso, principalmente se o prestador do serviço for escolhido pelo almanaque de Nazif e Gilson e não por concorrência pública
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CADÊ OS EDIS?
Os cidadãos gostariam de ter o centro da sua cidade organizado, limpo, acessível e belo. Os turistas (quando eles vierem), nem se fala.
Em ano de eleição é preciso pensar que os vereadores têm obrigação de ajudar em projetos que beneficiem a população. Pelo visto, os vereadores da legislatura que termina nesse ano não ajudaram em nada a melhorar o aspecto da cidade nem mesmo no centro. Mas é claro que todos pretendem conseguir um novo mandato, mas isso dependerá do julgamento do eleitor.
NADANDO DE BRAÇADA
Em sociedade tudo se sabe. O filho do ex-sindicalista Lula, Luís Cláudio Lula da Silva, tem bom gosto. No último feriado jantou no caríssimo Zuma Restaurant, em Miami, frequentado por celebridades e por importantes nomes do esporte mundial.
DESESPERO
Enquanto isso Lula demonstra desespero pelo que lhe reserva o futuro próximo. Agora a defesa do chefão do petismo tenta afastar o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da Lava Jato. A defesa de Lula fala em “pré-julgamento” por conta de uma entrevista do procurador. Acontece que o procurador não julga nada, só denuncia.
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CEGUEIRA DO ALI BABÁ
O primeiro lance concreto tornado público na costura de alianças para a disputa eleitoral desse ano aconteceu nessa semana, tendo como personagem principal o engenheiro Edgar (do Boi) Tonial, o presidente do PSDC em Rondônia, confirmado como pré-candidato na sucessão municipal de Porto Velho.
Coube a ele receber uma inesperada visita na direção do partido. Era nada menos que a figura do ex-prefeito petista Roberto Sobrinho, responsável pelo desastre praticado contra a capital que rendeu ao lulopetista a alcunha de Roberto Ali-Babá Sobrinho, enquanto a prefeitura (em sua gestão) passou a ser chamada de a “Caverna dos 40 Ladrões”, como no mitológico conto árabe.
NEM PENSAR
A visita do famigerado personagem não foi prazerosa para Edgar. Afinal, como tem dito, a motivação de sua possível candidatura é a de construir um novo rumo para o município de Porto Velho, buscando recuperar principalmente os bons costumes da gestão pública.
Homem equilibrado e calmo, Edgar recebeu com cortesia a cúpula do PT municipal que foi procura-lo na intenção de formar uma aliança, algo totalmente fora de propósito, como confessou o líder do PSDC à coluna.
O PT FRACASSOU
E comentando o caso, ele acrescentou: “realmente o ex-prefeito parece ter dificuldades de aceitar que fracassou, ao permitir os desvios na sua gestão de quase oito anos”. E disse mais o dirigente partidário: “Partido que tem bom senso, que vai trabalhar para que surjam tempos novos e permita à população voltar a acreditar no resgate da cidade, não vai se aliar a quem é incapaz de fazer um mea-culpa pelos acontecimentos repugnantes que ainda hoje infelicitam os moradores de Porto Velho”.
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