FILOSOFANDO
“O homem não é uma criação das circunstâncias. Elas é que são criações do homem.” BENJAMIN DISRAELI (1804/1881), aristocrata e político conservador Inglês. Foi próximo da Rainha Vitória, tendo o título de Conde na corte britânica.
GUERRA DE CACIQUES
Ivo Cassol e Acir Gurgacz estão em guerra. Os dois senadores rondonienses são grandes caciques partidários no estado. Enquanto Cassol dá as cartas no PP, Acir é quem comanda o PDT. Entre os dois um desejo comum: governar o estado rondoniense após Confúcio e continuar mandando também na política.
As declarações de Ivo Cassol trombeteadas em sites jornalísticos rondonienses no último final de semana soarem como inconfundível declaração de guerra.
SEM TRANSBORDAMENTO
Uma guerra que ainda não transbordou, nem nos limites da política local. Os personagens desse cenário (especialmente os deputados estaduais ou federais) permanecem, até esse momento, calados como se as denúncias de Ivo Cassol contra Acir Gurgacz (em plena campanha para chegar ao governo) não tivesse qualquer significância, tratando-se apenas de novo conflito entre os dois morubixabas da política local.
É natural essa postura de avestruz dos nossos políticos, até mesmo nas arenas do parlamento, em relação a temas políticos mais espinhosos. Assim como não repercutiu nos discursos e falas dos deputados os fatos e acontecimentos em que Valdir Raupp se tornou notório nesses dias em que virou réu do STF, também motivou nenhum posicionamento entre os “representantes do povo” a acusação de sonegação bilionária feita por Ivo Cassol ao pedetista que divide espaço político com ele em Rondônia e no plano federal.
VESPEIRO
O governo Confúcio Moura, tagarela ao extremo no seu blog pessoal, preferiu manter o silêncio ante a denúncia de Ivo Cassol. Não se sabe se pelas vias transversas o senador do PP recebeu alguma resposta do governante sobre “a cobrança” do valor bilionário sonegado pela Eucatur (empresa de Gurgacz), como afirmou publicamente o riquíssimo Ivo Cassol numa manifestação pública onde se posicionou contra a reforma da Previdência em tramitação em Brasília.
Ivo, como é de seu feitio, mexeu mais uma vez num vespeiro. Apesar da contundência da acusação, não surgiu nenhuma resposta ou reação nos veículos de mídia do senador Acir Gurgacz ao “dono” do PP no estado. Os políticos com mais disputas eleitorais no cenário rondoniense preferem apostar que ainda não há um rompimento irreconciliável entre os partidos de Ivo e Acir, por isso ainda permanecem na costumeira mudez.
MOTIVAÇÃO
Diante da oferta de duas vagas para o Senado no próximo ano, já existe no imaginário político rondoniense um consideração natural de que Ivo Cassol (mesmo tendo sobre si uma condenação da Justiça) é candidato ao governo do estado. O comandante do PP em Rondônia concorda que o pedetista Acir Gurgacz seria o candidato natural daquele partido. Daí a motivação dos ataques e da pesada denúncia contra esse “oponente”.
FIADOR
Ao fazer uma denúncia de tamanha gravidade (sonegação é crime), Ivo Cassol obriga o governante do PMDB, Confúcio Moura, a encetar uma tarefa para cobrar e punir “os negócios” do senador Acir por deixar de recolher mais de um (pasmem!) bilhão de reais aos cofres do estado. Se não se mexer no sentido de defender o interesse do erário estadual, acomodando-se, Confúcio pode até responder por conluio, omissão e prevaricação.
Também deverá ter trabalho extra os órgãos de controle externo e defesa do fisco para averiguar se a denúncia feita por Ivo Cassol tem consistência.
No momento a pergunta que não quer calar é a seguinte: quem terá coragem de ser o grande fiador da prevista candidatura de Acir Gurgacz ao governo rondoniense se ele não demonstrar de forma clara que essa conversa de sonegação não passa de uma falácia do Senador Ivo Cassol?
TAXISTAS
Motoristas de taxis de Porto Velho transformaram a Assembléia Legislativa na manhã de ontem (27) num palco para mais uma mobilização contra o Uber, que ainda não chegou a Porto Velho mas – é como acreditam os integrantes da categoria – vai acabar chegando.
O movimento em Porto Velho é inconsistente. Enquanto isso tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 5.587, que trata da regulamentação de aplicativos em âmbito nacional.
O Uber é um fato irreversível. Se os taxistas pretendem enfrentar essa concorrência, deveriam seguir o exemplo da categoria em outras cidades. Por que não criarem um aplicativo próprio dando desconto ao usuário? Se deixarem os preços mais reduzidos que os cobrados pelo Uber não irão perder usuários…
CRÍTICO
O receio dos impactos na economia e nas empresas está solapando o apoio das elites do país às operações anticorrupção. A Lava Jato vive um momento crítico.
SEM ECO
Tirando o blog particular do próprio governador Confúcio Moura, a afirmação feita por Confúcio sobre a Casa da Cultura Ivan Marrocos não ecoou na mídia do estado. Pelo pouco difundido, falou-se sobre o desejo de Confúcio realizar uma reforma naquela entidade. Esse tipo de promessa deveria ser inspiradora de cuidados, principalmente ao levar-se em conta a lerdeza de outras reformas, como a do Ginásio Cláudio Coutinho que dura anos e não tem data para acabar.
AGONIZANTE
A estatal Correios, que já foi símbolo de eficiência, agoniza com o acúmulo de prejuízos que, somente nos últimos quatro anos, somam mais de R$ 5,5 bilhões. Chegou ao fundo do poço no governo Dilma, fechando 2015 com prejuízo de R$2,1 bilhões – o pior resultado desde sua criação, há 354 anos. Esta é mais uma herança do governo petista que se julga injustiçado pela imprensa quando, na verdade, apenas constata-se a verdade.
MORDOMIAS
A estatal Caerd está na mira das prováveis privatizações no estado rondoniense. Ela continua sem fazer qualquer investimento significativo na sua área de atuação. Nem por isso toma medidas para reduzir altíssimos salários pagos aos servidores da cúpula, tidos com o nível dos marajás. Até o momento ninguém confirma se algum conglomerado empresarial manifestou interesse pela estatal.
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