FILOSOFANDO
“Estou chegando aos 70 anos de vida e ainda não consegui entender essa coisa bem brasileira de ver tanta gente se ufanando da mentira e da falsidade, aplaudindo quem jogou o Brasil nas trevas das mais variadas formas de insegurança, do desemprego, do endividamento público e privado, da ruina moral da corrupção e do recrutamento de nossa juventude pela ignorância e pelas drogas”. Gessi Taborda, jornalista, autor e criador de Em Linhas Gerais.
EDITORIALZIM
Até criança da pré-escola pode dizer sem medo de errar que existe um Brasil de “antes e depois de Sérgio Moro”, o respeitável ex-juiz e atual Ministro da Justiça, o primeiro que prendeu os maiores bandidos ladrões do dinheiro público do país.
Por isso é de se lamentar vê-lo agora sob ataque de deputados federais – grande parte deles delatados na Lava Jato – com a proposta da CPI batizada de Vaza Jato. Mais bizarro ainda saber que Expedito Neto (PSD), Silvia Cristina (PDT), Jaqueline Cassol (PP) e Mauro Nazif (PSB), todos deputados eleitos pelos rondonienses, estão apoiando essa CPI vergonhosa.
Lamentável nós rondonienses precisarmos assistir a essa comédia tragicômica. Um monte de ladrões de cofres públicos tentando colocar o juiz como bandido. Só nessa republiqueta dominada por políticos que se julgam impolutos por sempre escaparem de uma Justiça idem.
Os deputados rondonienses embarcados nessa canoa construída por políticos acostumados a meter a mão no dinheiro público em diversos esquemas de corrupção são tapados e pelo visto querem encerrar suas carreiras.
O povo rondoniense também conhece o trabalho de combate à corrupção desenvolvido por todos que participaram da força tarefa da Lava Jato, com destaque para Sérgio Moro, responsável pelo mais extraordinário salto ético no ambiente judicial, político e nas relações de poder no Brasil. Ao apoiar a CPI Vaza Jato, parecem não saber dos riscos de ver desabar suas carreiras com a ira cósmica dos eleitores rondonienses que se manifestará na hora de renovarem os votos.
CORREIOS
Lideranças sindicais dos Correios anunciaram greve em todo Brasil por tempo indeterminado. Entre os serviços afetados estão transporte de objetos e entrega de correspondências. Empresa que era motivo de orgulho nacional acabou se transformando num marco da corrupção avassaladora do Brasil nos tempos da fatídica gestão petista.
LUTO
Morreu na semana que passou o ex-senador Odacir Soares. Em vida foi o mais influente político rondoniense em Brasília, mais até do que Jerônimo Garcia de Santana, também presente no panteão do Congresso Nacional com importante nome da nossa região.
O colunista foi por muitos anos assessor de Odacir, em Rondônia, tendo editado seu jornal A Folha, impresso em Brasília e de distribuição maciça em Rondônia e foi, também, responsável pelo jornalismo crítico de sua rede de rádio no Estado (a Rondônia FM) com os programas Cartão Vermelho e Hora do Povo.
Odacir sempre sonhou em governar Rondônia, mas não obteve êxito. Vítima de câncer, o ex-senador não teve velório em Rondônia e suas exéquias se realizaram em Brasília.
CÂNCER
“Um melanoma maligno evoluiu, atingindo o fígado, causando síndrome de Insuficiência hepato-renal” matou, segundo informe de sua assessoria, o cantor e compositor português Roberto Leal, de 67 anos. Roberto Leal, nome artístico de António Joaquim Fernandes, nasceu no Vale da Porca, freguesia de Macedo de Cavaleiros, cidade que pertence ao Distrito de Bragança, em Portugal, no dia 27 de novembro de 1951. Foi enterrado em São Paulo.
ANISTIA
Uma fonte credível disse que o prefeito Hildon Chaves está estudando com seus mais importantes membros do primeiro escalão um projeto de lei que permita a regularização de imóveis em desacordo com o IPTU da cidade de Porto Velho. Se concretizada, a ideia será submetida ao legislativo para ser aprovada.
A ideia é que imóveis de metragem pequena com pendências possam ser regularizados praticamente sem maiores burocracias, de forma automática.
Um projeto desses, caso aprovado, dá a Hildon Chaves munição para a reeleição ao tirar da ilegalidade milhares de proprietários de imóveis, alguns há décadas tentando se regularizar.
DESESPERANÇA
Tenho vários leitores desabafando diante do desespero de não conseguir trabalho no estado rondoniense. Não conheço números oficiais sobre quantos desempregados existem nesse promissor estado brasileiro. O desemprego não começou agora. Ele existe de forma tangível há mais de 2 anos. O que tem aumentado demais é o número dos desesperançados, que não procuram mais por não encontrarem oportunidades.
O drama fica ainda mais tenebroso pela falta de ação do governo atual em promover o desenvolvimento, os investimentos básicos para gerar empregos por não entender, pelo visto, a tragédia a que estão submetidas as famílias rondonienses.
GASODUTO
O governo do coronel Marcos Rocha fala na construção do gasoduto entre Manaus e Porto Velho como uma alternativa para mudar essa situação. Essa é uma promessa antiga que nenhum outro governador conseguiu viabilizar, isso num tempo em que as condições de investimentos eram mais visíveis.
É a palavra do governador do PSL rondoniense. O problema é que vivendo um estado de inanição a palavra e credibilidade do governador não vale muita coisa.
TURISMO
A ordem do prefeito Hildon Chaves continua voltada para transformar a orla do rio Madeira no espaço da Praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré num grande polo de turismo da cidade. Isso é bom para todos que moram aqui e para nossos visitantes. Depois de arrumado, o local vai movimentar um fluxo grande de pessoas que contribuirão para fazer crescer as divisas do setor de serviços.
Fazer daquele histórico local um setor capaz de atrair turismo é um desafio de décadas que poderá ser vencido pelo prefeito atual.
ANIVERSÁRIO
Minha cidade de origem, Limeira (SP), completou ontem, domingo, 193 anos de fundação.
ABUSIVO
Praticando reajuste abusivo nas contas de energia em toda a Rondônia, a sucessora da Ceron privatizada, a Energisa, está motivando uma verdadeira avalanche de ações na Justiça propostas por consumidores revoltados. Em centenas de casos o reajuste superou a marca dos 200%. Além buscar proteção na Justiça, é enorme o número de consumidores buscando refúgio na instalação de sistemas de energia solar. Esse parece o melhor meio de escapar da satânica ânsia da Energisa em escalpelar os consumidores rondonienses.
AUTOR: GESSI TABORDA – COLUNA EM LINHAS GERAIS – JORNALISTA
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