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Bolsonaro não estuda demitir Onyx, garante porta-voz da Presidência

Ministro-chefe da Casa Civil vem sendo alvo de “fritura” no governo desde que perdeu o comando da articulação política do governo no Congresso

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou nesta segunda-feira (1º) que o presidente Jair Bolsonaro não pretende demitir o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Nos primeiros seis meses de governo, três ministros já foram demitidos. O primeiro foi Gustavo Bebianno, que comandava a Secretaria-Geral da Presidência, o segundo, Ricardo Vélez Rodrígues, no Ministério da Educação. A última exoneração foi a de Carlos Alberto dos Santos Cruz, que chefiava a Secretaria de Governo.

Onyx vem sendo alvo de “fritura” no governo desde que perdeu o comando da articulação política e a supervisão da Subchefia para Assuntos Jurídicos.

O futuro do ministro é incerto. Bolsonaro transferiu a articulação política da Casa Civil para a Secretaria de Governo há 12 dias. Agora, o responsável pela negociação do Palácio do Planalto com o Congresso será o general Luiz Eduardo Ramos, que assumirá nesta semana a Secretaria de Governo no lugar de Santos Cruz.

A Casa Civil também perdeu a Secretaria para Assuntos Jurídicos, que faz a análise de decretos e projetos de lei, além do comando da Imprensa Nacional. Oficialmente, o governo Bolsonaro defende Lorenzoni e ressalta que, apesar da desidratação de sua pasta, ele ficou com o comando do PPI (Programa de Parcerias e Investimentos), que concentra as concessões de infraestrutura do governo e planos de desestatizações.

Na prática, porém, as concessões são tocadas pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que não abre mão de estar presente em cada um dos leilões que o governo realiza nas instalações da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. A coleta dos resultados do PPI, portanto, já tem dono.

Nos últimos dias, Onyx enfrenta uma queda acentuada e contínua no número de reuniões com parlamentares, ministros e até mesmo com o próprio presidente. Em abril, por exemplo, o ministro chegou a participar de ao menos 19 reuniões com Bolsonaro. Em junho, o número despencou para três.

FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO

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