Ao Jornal da CBN 2ª Edição, o coordenador da Lava-jato afirmou que ainda tem uma contribuição importante na operação.
Em entrevista ao Jornal da CBN 2ª Edição, o coordenador da Lava-jato no Paraná disse que não pretende concorrer ao cargo de procurador-geral da República. Ele afirmou que ainda tem uma contribuição importante na operação que está conduzindo e destacou que a Lava-jato não está perdendo fôlego.
Deltan Dallagnol também negou ter dado tratamentos diferentes a acusações contra políticos. Perguntado sobre as críticas de que tem amenizado comentários sobre suspeitos de corrupção aliados ao presidente Jair Bolsonaro, o procurador disse que apenas pode cobrar por ações. Deltan afirmou que, seja quem for o corrupto, deve ser responsabilizado.
‘Eu não tenho preferência político-partidária, a minha atuação é por uma causa, a causa anticorrupção. Seja quem for o corrupto, ele deve ser igualmente responsabilizado’, declarou.
Sobre o caso Fabrício Queiroz, o procurador disse que, pelo que acompanhou pela imprensa, é um caso grave e que merece uma resposta firme do Ministério Público, mas seria indelicado se manifestar sobre o que outro agente do MP, em outra investigação, deve fazer.
Deltan Dallagnol avaliou que ‘as engrenagens do nosso sistema são feitas para não funcionar contra gente poderosa’.
Sobre o projeto de lei anticrime apresentado pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, o coordenador da força-tarefa da Lava-jato no Paraná disse que a primeira impressão é ‘muito boa’, mas todo projeto está sujeito a um aperfeiçoamento e contribuições do Legislativo. ‘O nosso sistema de justiça, em regra, produz impunidade’, criticou.
O procurador acrescentou que o projeto ataca três frentes: garante mais efetividade da Justiça, endurece o tratamento penal de integrantes de organizações criminosas e melhora instrumentos de investigação.
FONTE: CBN
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