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Expedito diz que vai inserir Rondônia no circuito da pesquisa científica

Candidato tucano diz que vai “tirar do papel” Fundação de Pesquisas científicas e tecnológicas

Área das mais importantes como forma de promover mais crescimento econômico e melhorias na saúde, principalmente da rede pública, a pesquisa científica e tecnológica será efetivamente estimulada e incentivada num eventual governo do candidato da coligação Frente Muda Rondônia, Expedito Junior. Único entre os postulantes ao cargo de governador a tratar do tema em seu plano de governo, o tucano afirma que vai “tirar do papel”, a Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas, Tecnológicas e Pesquisas do Estado de Rondônia (Fapero).

Criada pelo governo atual nos primeiros seis meses de sua administração, por sugestão do economista Roberto Mangabeira Unger, ex-ministro de assuntos estratégicos no governo do presidente Lula, a Fundação nunca passou na verdade de mais uma jogada de marketing, na tentativa de mostrar um governo criativo e inovador. Contratado como uma espécie de consultor de luxo do atual governo, que pagava passagens de ida e volta aos Estados Unidos, onde reside, Mangabeira Unger sumiu de Rondônia depois que o governo envolveu-o em escândalo, ao acomoda-lo num apartamento alugado de pessoas acusadas pela polícia de serem ligadas ao tráfico de drogas, ao custo de R$ 6,5 mil mensais, embora o economista notório apenas o utilizasse uma vez ao mês.

De acordo com um pesquisador da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), a lei estadual que criou a Fundação gerou na verdade um natimorto, ao vincula-la à Secretaria do Planejamento, com orçamento de “até 1% das receitas estaduais”. Segundo ele, o advérbio “até”, faz com que 0,0000001% seja enquadrado no critério para a obtenção de bolsa.

Nos seis primeiros meses de atuação a Fundação funcionou numa casa emprestada, até ser desalojada por falta de pagamento. Atualmente está sediada em frente ao Palácio de Governo, na antiga Casa do Bispo, o que na opinião do professor e pesquisador da Unir, que prefere não ter o nome citado, “é bem adequado, porque o pesquisador que não conta com apoio pode se queixar na casa do bispo”.

Passados dois anos e meio desde a criação da Fapero, só em dezembro do ano passado foram assinadas as primeiras outorgas aos pesquisadores que tiveram seus projetos aprovados, nos quais o Estado deveria investir R$ 800 mil. Na oportunidade, o governo anunciou a publicação de outro edital até março deste ano, para atender cerca de 200 projetos e para os quais seriam disponibilizados R$ 20 milhões de reais. Quase nove meses depois, não se tem notícia do edital nem sobre o andamento dos primeiros projetos

Para o candidato Expedito Junior, a pesquisa científica e tecnológica deve ser inserida “num contexto de política de governo e não por capricho, orgulho ou vaidade pessoal. Nós vamos publicar editais logo nos primeiros dias de governo e queremos a participação de nossos pesquisadores que estão em hospitais, como Cemetron, Ipepatro, Centro de Pesquisa em Medicina Tropical, professores da UNIR, pesquisadores da Embrapa, Ceplac, de faculdades particulares, enfim, vamos incentivar o desenvolvimento científico e produtivo em nosso Estado”, afirmou Expedito, acrescentando que a falta de seriedade nesse tipo de trabalho afasta as pessoas bem intencionadas.

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