A FALTA DE GESTORES
A coluna bem que poderia – para fugir dos temas mais espinhosos – dedicar-se a publicar factóides produzidos pela prefeitura de Porto Velho (Prefeitura e Consórcio firmam acordo que ajudarão a resolver problemas em distritos; Prefeitura de Porto Velho define ações que serão realizadas no “Dia C”), ficando de bem com o time do prefeito e, talvez, até agradando aos leitores que ainda não compreenderam o mal que representa para o futuro de Porto Velho esse tipo de mandatário.
SÓ FACTÓIDES
A cidade entra na fase de seu primeiro centenário sem nada de impactante, de grandioso para mostrar. Os factóides fabricados na prefeitura são apenas a tentativa de tapar o sol com a peneira.
Mas eles não conseguem esconder o problema crônico: Porto Velho tem políticos, mas não tem gestores na política. Isso vem desde quando Valadares foi titular nomeado do cargo.
Mauro terminará seu mandato e a cidade seguirá pelo primeiro centenário adentro com seus problemas recorrentes. Só temos perspectivas positivas no longo prazo.
PARA ONDE
Com esse tipo de prefeito que não consegue sair do lugar, é difícil responder para onde vai Porto Velho. Fora os presentes da natureza, não há nenhum marco para causar forte emoção nesse primeiro centenário.
Imaginava-se que Mauro Nazif – eleito fazendo um monte de promessas – ia trazer momentos de euforia e de muita alegria para uma cidade vítima do tal Beto Ali Babá, que fez da prefeitura algo parecido com a mitológica caverna. Mas o cenário não mudou. Estamos completando o primeiro centenário e o resultado é uma realidade de frustrações e decepções.
INCOMPETÊNCIA
Factóides não são nem notícias. O ex-deputado Nazif deveria ter consciência disso. Afinal, como parlamentar sempre foi um algoz incansável de vários chefes de Executivo e hoje, como é praxe na política, se alia a quem combateu sem ao menos corar.
Nazif já passou da metade de seu mandato e não conseguiu sequer cumprir determinadas obrigações legais.
Agora mesmo sofreu mais uma suspensão, pelo TCE, da licitação na área da coleta e destinação do lixo urbano. O Conselheiro Wilber Coimbra, não gostou do que viu. Certamente tinha um cágado trepado na árvore.
DESNUDADO
Estou impressionado com a candidata Jaqueline Cassol. Embora nunca tenha disputado nenhum cargo eleitoral ela mostra um traquejo surpreendente.
Com sua participação nos debates e nas entrevistas, mostra de forma mais evidente que “o rei está nu”, mais nu do que o filósofo Diógenes com sua lâmpada procurando um homem honesto.
E o rei que deixou de ser humilde, expõe sua prepotência, soberba, egocentrismo e dissimulação, afundando ainda mais o abismo diante de seus pés.
É DO BARALHO
A área econômica do governo (?) Dilma Rousseff vangloria-se de que, depois de cinco meses de recessão, a produção industrial cresceu… 0,7%! E bate o bumbo.
PERGUNTA
Entre os candidatos ao governo de Rondônia quem é que tem capacidade intelectual para comandar o estado?
IMPORTANTE
E quem disse que o tema do casamento gay é importante para que os candidatos expressem sua opinião? Quero ouvir dos candidatos, em todos os níveis, opiniões sobre temas mais relevantes para a atual conjuntura do Brasil.
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ASSUNTO EVITADO
Fora à manifestação constante do deputado José Hermínio colocando a corrupção como grande preocupação política rondoniense; os candidatos majoritários praticamente não tratam desse assunto em seus programas. Preferem o caminho das promessas fáceis para a saúde, a segurança, a educação, etc, etc, etc.
Corrupção é assunto tabu. Afinal, muitos dos que concorrem ao poder rondoniense tem algum tipo de passagem por esse lado negro da política do estado.
MILHÕES PERDIDOS
E assim, o eleitorado continua sem saber quantos milhões Rondônia perde a cada governo pelas atividades de corrupção.
No programa gratuito (faz-me rir!) da TV ninguém topa fazer uma dissecação sobra essas somas astronômicas retiradas do orçamento e da economia estadual, por má fé ou falta de gestão.
Os crimes praticados contra o erário provocam perdas de vidas humanas na rede pública de saúde, perdas da juventude para o crime, por falta de oportunidades na educação e na geração de empregos.
Rondônia certamente estaria muito melhor se não sofresse tantos ataques do esquadrão de corruptos presentes em sua vida pública ao longo dos últimos anos. E mesmo sendo esse um sério problema do estado, nenhum candidato mostra o esboço de (se é que tem) seu programa anticorrupção.
REDE CONSOLIDADA
Quem acompanha o desenrolar dos fatos políticos de nosso estado e conhece bem seus personagens principais, sabe que ao longo dos últimos anos se formou uma rede de atividades corruptas que, gravitando dentro e no entorno do poder, promove negócios escusos, depreda os recursos naturais, usam firmas fantasmas em maracutaias no fornecimento de serviços e produtos para o governo.
Esses gatunos e parasitas atuam na lavagem de dinheiro e na evasão fiscal, impedindo o estado de cumprir com seu papel indutor do desenvolvimento econômico e social, pela absoluta falta de recursos.
O povo deveria fazer um pacto em seu próprio favor, não votando de jeito nenhum em candidato suspeito (pelas evidências conhecidas) de roubar os recursos públicos para si e para seu grupo. Também não deveria votar de jeito nenhum naqueles candidatos que são meros laranjas ou membros de famílias notórias na prática da corrupção.
BENEFÍCIOS
Se o próximo governo rondoniense assumir o compromisso de combater a corrupção, isso traria enormes benefícios para a população e até para o ambiente econômico do estado. Graças a essa tolerância com a corrupção, Rondônia sofre hoje com um volume altíssimo (que o governo esconde) de sonegação, isso sem falar nas decisões sem nexo que geram uma evasão fiscal estimada próxima do bilhão.
Se toda a receita que vai para o ralo em virtude dos escândalos de corrupção, da evasão fiscal e simples sonegação fosse aplicada em setores como Segurança, Saúde e Educação nossos cidadãos não teriam de ficar jogados em corredores de hospitais; não ficariam (como hoje) à mercê dos bandidos e nem nossas escolas ficaram sem professores num sistema de educação abaixo da crítica.
ALERTA
Os abutres de plantão rondam a candidatura emplumada na esperança de manterem-se para si os melhores e mais influentes cargos no próximo governo. Está chegando a hora do candidato dizer que não vai ter essa gente do seu lado. Se colocar no seu ninho esse tipo de gente, vamos ampliar a desordem sentida no estado.


























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