Em Linhas Gerais

Maioria dos grandes partidos ainda não sabe o que vão fazer em 2018 – por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

Eu me amo porque se eu não me amar quem vai me amar?” MANUEL BANDEIRA (1886/1968). Foi um grande poeta, crítico de arte, tradutor, acadêmico e crítico literário. Seu nome completo era Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho.

EXPLICAÇÃO

Não, não foi nada muito grave e aposentadoria mais aprofundada. A coluna de quinta-feira não saiu pelo fato de que na quarta o coluneador ter ficado em repouso médico. Mas hoje, sábado (25), estamos ai. Obrigado pela compreensão, leitores.

TEM CHANCES

Leitor da coluna perguntou se esse escrevinhador acha que o senador Ivo Cassol teria chances de voltar ao governo rondoniense, vencendo o pleito de 2018. O cenário, na opinião do colunista, ainda está longe de ser definido, embora o ano esteja no fim. Há uma lerdeza natural na definição consolidada de quem vai concorrer à sucessão no estado. Mas respondendo à indagação: Ivo Cassol tem chances sim, se conseguir que sua provável candidatura não sofra impedimentos por parte da Justiça Eleitoral.

INFLUENTE

Mesmo tendo condenação na Justiça, o político miliardário do estado é ainda uma forte influência em todas as regiões. Rondônia nunca ficou totalmente contra Cassol. E, como se vê, Ivo pode até não ser letrado, mas é esperto e sortudo. Vai terminar o mandato de Senador apesar da condenação e de todos os dramas sofridos na seara do judiciário.

GESTOR

A política tem suas próprias regras e seu próprio tempo. Hildon Chaves, o prefeito de Porto Velho, é a comprovação disso. Debutou no exato tempo em que o eleitorado da capital rondoniense buscava um grande gestor para substituir prefeitos políticos que só cometeram desastres na condução dos negócios do município, especialmente no segmento dos transportes e do saneamento básico.

Esta mesma situação é facilmente sentida nesse momento. Nesse momento a população sonha em conseguir um GESTOR para chefiar o estado a partir de 2019. A falta de alternativas para realizar esse sonho é enorme. Até agora nenhum pretenso candidato conseguiu expor alguma ideia factível, algum projeto para o Estado. O campo ainda está aberto e pode ser povoado por qualquer tipo de personagem.

CONCORDA?

A economia voltou a crescer e os analistas falam que a recessão acabou. O desemprego começa a diminuir e é assim nos últimos 4 meses. A inflação despencou para um nível de 3%, raro nos anos pós Real. O setor externo apresenta saldos crescentes. Os juros vêm sendo reduzidos, atingindo agora quase a metade do que estavam na transição do impeachment. E assim aumenta o buchicho de que Michel Temer começa a sonhar com uma reeleição apesar do enorme noticiário negativo e abuso da política clientelista para livrá-lo das investigações das denúncias formuladas pela PGR.

CONHECIMENTO

Nunca o governo fez um esforço político tão grande para modificar critérios da previdência social. Deputados cooptados para ficar do lado governo podem nem entender muito sobre o que significa a Previdência e mesmo assim votarão bovinamente de acordo com o desejo do governo. Será que seu deputado – aquele em que você votou na esperança de que ele fosse seu representante em Brasília – tem conhecimento desse assunto?

APOSENTADOS

Previdência não é um aglomerado de números, e sim um conjunto de valores e de famílias que dependem desses recursos para seu sustento. A taxação dos aposentados representa 1% da folha de benefícios do fundo. Os recursos desembolsados nas aposentadorias concedidas após 2004 possivelmente não superam R$ 40 milhões nesses 13 anos; e várias delas decorrem de invalidez, devendo-se ter todo o cuidado para não haver injustiças.

CONFRONTO

É claro: Rondônia faz parte do Brasil e não está imune à crise. E nem assim ainda presenciamos um diálogo construtivo para que esse estado premiado pela natureza recupere o desenvolvimento perdido, de forma sustentada. A crise deveria estimular o confronto de ideias proativas entre as lideranças civis e políticas, especialmente entre os personagens interessados em entrar na corrida sucessória.

NOMES DE SEMPRE

Vivemos uma época de truques objetivando enganar ainda mais o eleitorado, especialmente o segmento daqueles menos informados, menos interessados. É a época em que partidos mudam de nome para simbolizar a renovação e nada mais. Fala-se na possibilidade do surgimento de novos nomes. No plano nacional aparece agora o do apresentador Luciano Huck que não tem perfil algum para se transformar no chefe da nação.

Em termos locais, os nomes que se apresentam são personagens que basicamente representam a antipolítica – com personagens conhecidos, especialmente através da mídia, ou populistas tradicionais.

 MUITAS VIDAS

Além dos problemas de imagem da própria sigla e do desgaste de dirigentes como o senador Valdir Raupp, há outros fatores capazes de melar mais uma vez o projeto pessoal de Maurão: a construção de alianças. Sem elas o PMDB corre o sério risco de não fazer o número desejável de deputados e até de perder espaço no nível do Senado. O partido de Valdir Raupp tem muitas vidas, principalmente por nunca ter insistido em candidaturas próprias, nem quando o mar não estava tão encapelado como agora.

SÓ EM MARÇO

Partidos como o PT, como o DEM e (agora) até o PSDB ainda não sabe o que irão fazer. Para o partido de Roberto Sobrinho é preciso esperar o desfecho de Lula com suas batalhas judiciais. Os outros deverão esperar a passagem das águas de março e as definições sobre as janelas a serem abertas.

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