FILOSOFANDO
“As pessoas que se julgam importantes não passam de pretensiosos mentecaptos que não aceitam sua patética insignificância e o fato de que tudo que fazem é insignificante e inconsequente.” WILLIAM THOMAS (1849/1912), pioneiro do jornalismo investigativo, tendo sido um dos mais polêmicos da imprensa inglesa na era vitoriana.
PERSEGUIÇÃO POLÍTICA
Ainda estamos longe, muito longe, da verdadeira república no Brasil. Apesar de vivermos numa democracia que se consolida, ainda somos rodeados pela prática do privilégio nas instituições públicas e – como não poderia deixar de ser – da insidiosa campanha de perseguição a quem não aceita ser cooptado pelos interesses de quem executa e fortalece práticas antirepublicanas.
A perseguição política é uma das formas mais covardes de se manipular e pressionar servidores, que manifestam opinião e ideia que desagradam quem está no poder.
NA PRÓPRIA PELE
Ao longo das décadas de exercício do jornalismo sofri – como tantos outros colegas de profissão – perseguições nesse sentido. Lembro hoje, só para citar um exemplo, de que como na gestão do ex-presidente da ALE, de triste figura, “irmão Valter”, essa perseguição começou de forma sutil e chegou à ação desmedida de tentar a remoção e a transferência (Mesquita de Figueiredo foi um dos perseguidos) de desafetos e críticos como esse escriba da coluna.
ROTINA
Agora, em pleno encerramento da longa carreira de servidor sofro novamente intimidações para reforçar aquela máxima: manda quem pode, obedece quem tem juízo. Os tempos são outros, quando penso no que vivi nos anos de chumbo da ditadura. Mas ainda é muito perigoso para quem – com a profissão de jornalista – não se alinha e não compactua com as ações desmedidas de politicagem praticadas por quem acredita ser mesmo blindado a qualquer tipo de medida de freio aos abusos por órgãos do controle externo. Nessa altura do campeonato só posso lamentar a insistência de alguns “representantes do povo” andando na contra mão da vida e da própria democracia, esquecendo que o ideal é a isonomia e não a utilização do autoritarismo para a prática da perseguição covarde.
UM TRILHÃO
Na manhã de ontem foi registrada a marca de R$ 1 trilhão no painel do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), paga pelos brasileiros. Em 2016, o montante de R$ 1 trilhão foi alcançado em 5 de julho.
NOVO JULGAMENTO
Quem ainda aposta que tudo ficou encerrado com a decisão do TSE, deve ter cautela e não comemorar o resultado como definitivo. Há chances de reversão ou mudança na sentença do TSE que absolveu a chapa Dilma/Temer. A Rede, partido de Marina, tem um recurso tramitando no STF. Ainda vai entrar na corte outra peça robusta contestando a sentença de absolvição: a que está sendo preparada pela PGR. O julgamento da chapa presidencial ainda não acabou.
PROVAS DEMAIS
Na hora que for tratar do caso, vai ser difícil para o STF não levar em consideração o relatório do ministro Herman Benjamin, que inclui planilhas de pagamentos, extratos bancários, conversas por email e etc. São tantas provas que não dá para apagar ou varrer para debaixo do tapete.
CHUMBO GROSSO
Tem um monte de políticos com mandatos em Rondônia incapazes de identificar o que vem por aí. Entre alguns transformados em “perseguidores” de desafetos, o cerco – segundo fontes muito bem informadas – está se fechando cada vez mais. O inchaço de comissionados nas folhas pagas com dinheiro público será uma das justificativas para a realização de novas operações policiais.
Quem tiver cautela deve ajustar o cinto e segurar a cabeça. Políticos marcados e previamente avisados sabem do significado do alerta. Afinal alguns ainda estão vendo o sol nascer quadrado. Novos alvos estão na mira do tsunami previsto para acontecer.
PLANEJADO
E dessa vez tudo vai seguir um roteiro planejado nos mínimos detalhes com muita antecedência. Camarada acostumado a frequentar púlpitos como “santificado” acabará como estrela da nova edição dos homens de preto. O esforço identificado hoje para controlar a mídia com a generosa distribuição de verbas pode servir de maior estímulo ao desfecho de nova operação.
Promover perseguições pontuais pode ser uma grande besteira, especialmente para quem tem culpa no cartório.
PROSPECÇÃO
Aparentemente calmo, já existe grande movimentação em relação à sucessão do próximo ano, mas nada de definições. Nessa fase de prospecção de candidaturas, as conversas políticas prosperam os bastidores, de todos com todos.
INSUSTENTÁVEL
É o que acontece quando alguém exerce o poder imaginando-se blindado contra tudo. A situação de Temer é cada vez mais insustentável. Não tenham dúvidas de que a denúncia da PGR, que deve ser entregue ao STF na próxima semana será bombástica. Comenta-se que a denúncia acusará Temer de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução à Justiça, mas pelos elementos que vêm sendo colhidos pode entrar também lavagem de dinheiro. E não se pode relevar que não é Eduardo Cunho que pode implodir o presidente Temer. O perigo parece maior vindo de Lúcio Funaro tido como o homem do dinheiro de Temer.
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