FILOSOFANDO
“A imprensa brasileira sempre foi canalha. Eu acredito que se a imprensa brasileira fosse um pouco melhor poderia ter uma influência realmente maravilhosa sobre o País. Acho que uma das grandes culpadas das condições do País, mais do que as forças que o dominam politicamente, é nossa imprensa. Repito, apesar de toda a evolução, nossa imprensa é lamentavelmente ruim. E não quero falar da televisão, que já nasceu pusilânime.” MILLOR FERNANDES (1923/2012), foi desenhista, cartunista, dramaturgo, escritor, poeta, tradutor e jornalista brasileiro.
RARAS EXCEÇÕES
Millôr Fernandes talvez não pudesse imaginar que seu pensamento exposto acima fosse tão atual. Mas é uma realidade. Para o colunista há certo conforto em acreditar que há as honrosas exceções dentro do segmento da imprensa onde nem todos os veículos são meros caça níqueis ou instrumentos de canalhas que vendem blindagem e proteção.
RESPEITO
As autoridades – em sua grande maioria – não gostam nadica de nada de serem confrontados ou criticas pela mídia. Preferem a docilidade da blindagem muitas vezes comprada com dinheiro do próprio contribuinte, através de manobras nada republicanas para a distribuição de recursos e cargos (regiamente pagos) fora do roteiro da realização de Concurso público. As autoridades brasileiras não procuram se dar ao respeito perante a opinião pública mas mesmo assim exigem apoio às suas traquinagens e submissão bovina da mídia amestrada com dinheiro público (pela viés da publicidade) e distribuição de cargos comissionados.
TURISMO
É claro que nenhum dos integrantes dessa caravana parlamentar que voa essa semana para o importante destino turístico que é Foz do Iguaçu ficará confortável com a imprensa que questiona esse gasto absurdo do dinheiro público. Pelo menos, pelo que se informou, 13 nobres parlamentares rondonienses farão a revoada para Foz com passagens, diárias não só para eles mas também para agregados e aspones que irão de carona. É claro que esse é um assunto que o leitor não verá em todas as mídias…
Todavia, é preciso reconhecer, que nas camadas mais inferiores do Legislativo brasileiro, seus integrantes apenas seguem exemplo vindo de cima, do parlamento nacional.
VIVEM VIAJANDO
Um levantamento feito pela publicação “Aparte” confirmou que os deputados federais realizaram até maio desse ano 116 viagens consideradas desnecessárias. De acordo com dados disponíveis no site da Câmara Federal, 76 dessas missões, pagas com dinheiro público, foram ao exterior. Eles tiveram a oportunidade de conhecer 15 países e quatro continentes. A duração média dessas viagens é de uma semana e o destino mais programado é (rárárárárá!) Nova Iorque. Alguns “representantes do povo” que aproveitaram essa mordomia foram mandados para Brasília com o voto dos rondonienses.
DESISTENTES
Dados oficiais revelam uma realidade crucial: 14 milhões de desempregados e um número indefinido de trabalhadores que não entram mais nas estatísticas porque desistiram de continuar procurando emprego e não achar. E para aqueles que conseguem um novo emprego não conseguem se recolocar com o salário que ganhavam antes, tem de aceitar muito menos. As promessas ou ofertas de emprego são pela metade da remuneração. Uma situação, para não dizer outra coisa, perversa.
SUGESTÃO
Dois leitores da coluna fizeram, por e-mail à coluna, sugestão ao prefeito Hildon Chaves em relação ao intenso trabalho que a administração do novo prefeito está realizando na recuperação de ruas onde o asfalto está muito danificado ou simplesmente desapareceu com as últimas chuvas: Que os reparos, principalmente em ruas de grande tráfego sejam feitos à noite e não horário de pico, dificultando o fluxo do trânsito.
PELO CONTRÁRIO
Uma figura lombrosiana completamente desacreditada pela opinião pública de Rondônia (talvez ai esteja o cerne da comprovação de que todos apoiados por ele acabam perdendo a eleição) andou piscitaciando em redes sociais que esse colunista faz oposição ao presidente da Assembleia, deputado Maurão de Carvalho, a quem são dirigidas constantes críticas pela coluna.
FALTA DE ALERTA
Ledo engano inventado por um ser abjeto incapaz de compreender a responsabilidade social do verdadeiro jornalismo e de entender a diferença entre analise política e mero puxa-saquismo. Exatamente o contrário das vociferações do pascácio, esse jornalista tem por Maurão respeito por sua figura humana, considerando-o um nome em condições de aspirar o governo do estado.
SEM ENGANAR
O problema do Maurão é exatamente esse de não perceber como é enredado pelos personagens mais interessados em mantê-lo enganado, porém feliz com observações sem nenhum lastro. Da outra vez coube a esse escriba alertar primeiramente o deputado de que no último momento Ivo Cassol ira puxar o seu tapete. Hoje os alertas da coluna são praticamente corroborados pele festejada coluna de Robson Oliveira.
Na disputa passada Maurão acreditava que se não fosse ungido por Ivo Cassol para a disputa sucessória teria seu aval para disputar o Senado.
QUESTÃO DE ACREDITAR
Como alertado pessoalmente pelo escriba, acabou também sendo rifado nessa aspiração. Preferiram colocar a mulher de Ivo Cassol como candidato ao Senado. É exatamente o que acontece agora: o jornalista apenas reproduz as sensações captadas no jogo sucessório. Maurão pode até não acreditar, mas ainda não tem qualquer garantia de que seu projeto vai vingar dessa vez pelo PMDB. Mas, tudo bem, em política, parafraseando Magalhaes Pinto, tudo pode mudar como as nuvens.
TAPANDO O SOL
Não, o colunista nada tem de pessoal contra qualquer membro do legislativo estadual. O que a coluna tem feito é exatamente alertar sobre o quadro de desgaste do poder legislativo no estado (há, claro, sintomas graves dessa realidade em outros Poderes) gerando críticas sistemáticas, sincronizadas com os fatos. Ora, onde já se viu gastar o tempo e o dinheiro público para coisas como audiência pública sobre a Baleia Azul, num estado em que os próprios botos do rio Madeira estão desaparecidos?
CONSTATAÇÃO
São coisas desse tipo que desgastam o poder legislativo e os próprios deputados em relação à eleição de 2018… Ora, isso não deveria gerar nenhum desejo de perseguição política ao colunista que, como se vê, apenas constata a grande debacle eleitoral, cada vez mais próxima…
Add Comment