FILOSOFANDO
“As pessoas envelhecem porque desistem dos seus ideais. É nesse momento que a alma enruga.” ANTONIO TABORDA (1930/2006), pai do jornalista Gessi Taborda, sempre respondendo de forma arguta às perguntas de seus interlocutores, especialmente as feitas pelo seu filho.
UM LÍDER
Na coluna que publiquei em 25 de abril de 2015 disse que nossa obrigação, como eleitores de Porto Velho, era fazer de tudo para não errarmos novamente no voto, na hora de escolhermos o novo prefeito da capital. E naquela coluna acrescentei como essa tarefa era difícil, relembrando que o eleitorado da cidade vinha se dando mal nas escolhas em sucessivas eleições; deixando sempre para muito longe a concretização do sonho de ter um capital capaz de orgulhar não só seus moradores, mas todo o Estado e (porque não dizer) até o país.
Talvez tenha chegado essa hora tão esperada. Talvez, com a eleição de Hildon Chaves finalmente o eleitor colocou ponto final na contumaz permanência de prefeitos mequetrefes na prefeitura da capital rondoniense. Talvez Hildon Chaves seja o líder que tanto esperamos.
NÃO PARTICIPAREI
Estou particularmente feliz por ter abraçado a campanha de Hildon Chaves, mesmo sem conhecê-lo direito. Atuou como fiador dessa decisão o (agora) vice Edgar (do Boi) Tonial, esse sim bem conhecido do escriba. Não tenho motivos para sobressalto. Acabei me convencendo de que Hildon Chaves (debalde ter disputado pelo PSDB) está mesmo disposto a enfrentar os desafios de fazer de nossa cidade o orgulho dos rondonienses e até dos brasileiros de todo o país.
Por tudo isso, bem que gostaria de estar presente à cerimônia de sua posse ao cargo máximo da administração de nossa tão desprezada Porto Velho, no primeiro dia de janeiro de 2077. Todavia, por uma necessidade especial de família não comparecerei. Estarei fisicamente fora de Porto Velho. Isso não impede que em espírito esteja também me congraçando com todos os conterrâneos esperançosos de que Hildon seja mesmo o líder de fato tão esperado pela comunidade rondoniense.
CARACTERÍSTICAS
Em outras mudanças no comando da cidade também imaginei que Porto Velho estava recebendo seu primeiro grande líder. E não demorou muito para, como a maioria das pessoas, sentir-me frustrado com essas esperanças. Dessa vez estou mais confiante. Hildon Chaves foi, posso garantir, mais convincente em se mostrar como o líder pronto a abraçar uma causa (transformar Porto Velho) e mobilizar a maioria da população para o mesmo o mesmo fim.
Não sou de apostar as minhas fichas em qualquer um ator da política. Em relação aos candidatos do último pleito foi o que fiz em relação ao Hildon Chaves. Ele me inspirou confiança neste momento turbulento que temos na política e nos cenários macro e microeconômicos.
PASSADO ILIBADO
Acabei – como a maioria do eleitorado de Porto Velho – convencido por seu passado ilibado, sem conluios, desprovido do jogo de interesse que cerca os Partidos há décadas. Alguém que não seja subserviente a interesses escusos, no jogo do toma lá da cá. Levei em consideração também a figura do empresário vencedor, capitão da empresa que começou praticamente do nada e virou uma potência.
Claro que para chegar a essa conclusão, também levei em consideração depoimentos de amigos jornalistas, como o do Robson Oliveira, talvez o profissional mais próximo do prefeito que vai assumir na abertura do novo ano.
SEM ESQUECER
Nesse momento em que os potins estão cheios de indagações e também afirmações sobre o possível gabinete a ser levado para a prefeitura como auxiliar de Hildon Chaves é natural registrar-se sobressaltos, especialmente de uma tendência já vista no passado de deixar de lado ingredientes que seriam fundamentais, a começar pelo reconhecimento dos chamados “camaradas da primeira hora”.
Hildon não deve esquecer, sob qualquer hipótese, o risco de se deixar contaminar com atitudes escusas – até mesmo de supostos companheiros – que beneficiam poucos (as paróquias de sempre) em detrimento de muitos.
DO QUE PRECISAMOS
A cidade precisará que seu novo prefeito seja uma pessoa que demonstre ter sensibilidade diante das necessidades da comunidade; planejar-se; porém, sendo flexível, adaptado a mudanças constantes, com habilidade na avaliação de situações e rapidez na tomada de decisões; e exemplificar na prática o que pregou na teoria, demonstrando que se pode confiar no que ele disse.
LÍDERES DE FANCARIA
Desde que o prefeito de Porto Velho passou a ser escolhido pelo voto não tivemos – e a verdade sem escamoteação – não tivemos um sucesso na escolha do melhor. Até hoje faltou-nos um verdadeiro líder, um administrador comparável a nomes ilustres revelados em outras capitais do Brasil.
Até agora, tanto Porto Velho como o estado de Rondônia estiveram à mercê de líderes de fancaria. São eles os grandes responsáveis os responsáveis pelo quadro de estresse e afastamento que submete os rondonienses à humilhação em relação ao restante do Brasil.
A DICA DE ARISTÓTELES
O governo da “Turma do Quibe” chega ao seu final como um suspiro de alívio para quem mora na capital rondoniense. Principalmente depois desse último ato de cancelar o Natal na cidade. No estado, ainda permanecerá até o final de 2018 esse governo frouxo do “Filósofo Caipira” que deprecia a governança estadual e acaba sendo motivo de piadinhas, deboches e boatos que pululam nas redes sociais.
Para Hildon Chaves, ocupando agora com os detalhes para a posse do primeiro dia de Janeiro, fica o ensinamento de Aristóteles: “O homem prudente não diz tudo o que pensa, mas pensa tudo quanto diz”
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