FILOSOFANDO
“Aceitar uma civilização como ela é significa praticamente aceitar a sua deterioração.” GEORGE ORWELL (1903/1950), ensaísta político, jornalista e escritor inglês, nascido na Índia Britânica, autor de “A Revolução dos Bichos”, romance em que satirizou o socialismo soviético.
TODO MUNDO SABE
A promiscuidade política é praxe antiga até mesmo num estado novo como Rondônia. Então, quando toda a caixa preta da delação dos executivos da Odebrecht estiver esmiuçada as lideranças mais importantes do estado também não irão escapar desse pantanal de propinas e pixulecos. Até nomes que não estão mais no Poder deverão surgir na longa relação dos suspeitos. Todo mundo por aqui sabe da promiscuidade entre políticos e empreiteiras, ou empresas contratadas para serviços terceirizados, como prática usual voltada ao enriquecimento ilícito e desvios de milhões para o ralo da corrupção.
ESQUECIDOS
Bom, em se tratando da corrupção bancada pelas grandes empreiteiras no Estado é previsível que até mesmo quem anda completamente esquecido no noticiário político sobressaia-se quando vier as revelações de todo o leque político rondoniense que recebeu sua cota de propina no tempo das grandes obras executados por aqui por essas enormes empreiteiras.
ROTINA DE HOJE
Aliás, essa ainda é a rotina atual, aferida no âmbito da polícia judiciária, em investigações responsáveis por colocar na prisão (pelo menos por alguns dias) vários personagens do legislativo e até do executivo. Pena que efetivamente os políticos frequentadores desse prostibulo continuam por ai – em sua maioria – leve, livres e soltos; gritando a pleno pulmões que o crime compensa.
Certamente é esse sentimento de impunidade a motivação principal para casos promíscuos, como esse agora em investigação pela PF em relação ao IPAM, instituto de previdência municipal portovelhense.
Isso era o que comentava ontem uma fonte: “o caso do IPAM é apenas a ponta de um iceberg num mar cheio deles”. Alguns ainda boiando em segmentos como o coleta de lixo; da informatização e até das compras da merenda escolar, todos precisando passar por uma investigação profunda.
BOCA LIVRE
Dessa vez o convite para a tradicional confraternização promovida pelo casal Raupp (o senador Valdir e a Deputada Marinha) veio intermediado por Rone Souza, novo responsável pela ponte entre dos políticos com a mídia. O jantar vai acontecer amanhã. Para esse ano, o local escolhido é o restaurante Caravela do Madeira, no bairro da Arigolândia, às 20 horas. Como sempre, será um evento com a presença de enorme contingente de pessoal ligado a todas as mídias.
REVISÃO
Podem apostar. O prefeito Hildon Chaves, assim que tomar posse, dará início à revisão de todos os contratos de terceirização firmados na gestão da “Turma do Quibe”. Inicialmente na mira do novo prefeito entrará aquele que abriu brecha para contratações abusivas e em grande quantidade no segmento da limpeza pública, levando pessoal do quadro efetivo a ser colocado para escanteio. Com a revisão de todos os contratos, especialmente os de prestação de serviço e fornecimento de materiais, será possível – de acordo com fontes – garantir uma economia expressiva nas despesas municipais.
JUROS
Um economista local explicou para a coluna como será possível reverter a tendência de piora do cenário econômico no Brasil. Segundo esse economista (que prefere ficar no anonimato) a proposta do governo de anunciar medidas para o aquecimento da economia, numa espécie de pacote micro-econômico é uma bobagem. Em sua opinião, para ativar a economia, diante da tendência declinante da inflação, é necessário reduzir fortemente e com coragem os juros, sem inibição, sem covardia e sem gradualismo.
FORÇA-TAREFA
Aumenta pressão para que o Supremo Tribunal Federal acelere a análise dos processos que envolvam políticos com a Lava Jato. Pode até criar uma força-tarefa.
RUMORES
Eram insistentes, no dia de ontem, os rumores de está sendo preparada uma força-tarefa para uma operação conjunta do Ministério Público para investigar novos indícios sobre o esquema de folhas de pagamento recheadas de gafanhotos numa instituição municipal. Pode acabar culminando com a prisão até de quem ainda está comemorando a reeleição.
CAIXA-PRETA
Se Hildon Chaves realizar uma auditoria sobre a frota de veículos da prefeitura, incluindo-se os de representação, acabará assustado com a “caixa-preta” do consumo de combustível e dos custos de manutenção. Ate na prosaica lavagem das “viaturas” os números, disse fonte, são de assustar qualquer um.
ASSEMBLÉIA OCUPADA
Pelo menos uma centena de servidores públicos do segmento da segurança pública transformou a sede do Legislativo estadual numa espécie de hospedagem. Delegados, policiais civis e agentes penitenciários passam o dia e dormem pelos espaços da Assembleia na esperança de que o governador mande o Plano de Cargos, Carreiras e Salários dessas categorias para aprovação dos deputados.
O governador Confúcio já avisou que não irá atender as reivindicações. Afinal, diz, também Rondônia tem de controlar gastos com pessoal e atender reduzir gastos públicos diante da aprovação pelo Senado da PEC sobre esse assunto.
NEGLIGÊNCIA GRAVE
A ocupação da Assembleia por esses servidores é, para dizer o mínimo, uma grave negligência contra o direito dos cidadãos à segurança, especialmente numa época de festas de final de ano, quando tradicionalmente aumentam os números de furtos e assaltos. Sem esses agentes da segurança públicas realizando suas obrigações, o combate ao crime torna-se ainda mais frágil. A ocupação – como se sabe – é consentida e até estimulada por deputados que se identificam com o estilo político da esquerda. Com a palavra o Secretário de Estado da Segurança Pública.
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