FILOSOFANDO
“Ninguém promete tanto quanto aquele que não pretende cumprir.” Francisco Gómez de Quevedo y Villegas (1580/1645), Poeta espanhol.
AS VOLTAS DO MUNDO
Lembram aquela chata do PT do Paraná, aquela de narizinho empinado? Bastou passar 33 dias após ela falar contra o impeachment dizendo que o Senado não tinha moral para julgar a petista Dilma Roussef que destruiu a economia brasileira, jogando no abismo o desenvolvimento brasileiro que agora vai demorar décadas para se recuperar para se tornar ela, Gleisi Hoffmann, e seu marido, Paulo Bernardo, réus por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no Petrolão. A denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi aceita por unanimidade pelo STF. São as voltas que o mundo dá.
ALHEIAMENTO
Estamos apenas a 3 dias da eleição. O último grande evento antes da votação do domingo está marcado para hoje, o debate entre os candidatos a prefeito marcado para logo mais, à noite, na TV Rondônia, afiliada da Rede Globo. Inegavelmente esse será o debate de maior audiência, podendo definir a tendência da votação de amanhã, como acreditam vários analistas políticos.
A coluna não conseguiu captar junto à chamada “vozes da rua” nenhum indício de que finalmente vivemos um momento de empolgação ímpar em relação a essa disputa tão fundamental para sinalizar os rumos da administração municipal a partir do próximo ano. É perceptível um prejudicial alheamento dos cidadãos-contribuintes-eleitores em relação ao pleito. Essa situação é pior ainda quando se trata da escolha dos próximos componentes da Câmara Municipal.
DESENCANTO
Não se realizou nenhuma pesquisa de intenção eleitoral na capital rondoniense nessa reta final para medir o tamanho do desinteresse popular. Mas mesmo sem índices cientificamente aferidos a situação é preocupante, como comentaram fontes partidárias que procuram monitorar tendências e comportamentos do eleitorado todos os dias objetivando propor e corrigir táticas de abordagem do eleitorado nessa reta final.
Quem tem feeling apurado nessa seara sente o desencanto dos eleitores com a política, especialmente por não acreditar no resultado (seja ele qual for) das urnas como meio de mudar alguma coisa na sua vida cotidiana. Tudo leva a crer que os eleitores de Porto Velho irão votar no domingo sem a empolgação das eleições passadas.
HÁ ESPERANÇAS
Se é possível sentir esse alheamento do povo em relação ao pleito eleitoral nas ruas e nos bares, também é possível afirmar que há na população uma réstia de esperança por dias melhores, por uma gestão mais satisfatória na condução dos negócios e da vida do município.
Essa constatação leva à crença que o resultado do debate de hoje (o último antes da votação) poderá definir posições do enorme contingente de eleitores ainda em dúvidas sobre quem deve receber o seu voto no domingo.
XARADA
Saber qual serão os dois ungidos pelo eleitorado para disputar o segundo turno é uma xarada digna de uma esfinge. Nem os dados da pesquisa prevista para ser divulgada antes do domingo poderá responder a esse mistério se não medir a reação do eleitorado após o último debate. A verdadeira pesquisa será o resultado as urnas de domingo que, diz o Tribunal Regional Eleitoral, deve ser conhecido por volta das 22 horas.
INQUIETAÇÃO
Nos comitês de campanha o cenário é de inquietação com a embolada disputa entre os candidatos com chances de ir para o segundo turno. Nesse momento, dizem observadores, há os nomes de pelo menos quatro concorrentes com chances de participar da próxima disputa, excluindo-se o nome do representante do PT que para a Justiça Eleitoral continua sem condições legais de participar do pleito.
CANSAÇO
Não há nenhum concorrente com chances de ir para o segundo turno liderando as pesquisas com muita vantagem em relação aos outros candidatos.
Então é preciso considerar certas demonstrações visíveis no cenário eleitoral que fatalmente irão pesar no resultado final da votação de domingo. Os eleitores de Porto Velho não escondem que estão cansados das legendas e dos políticos tradicionais.
Isso pode representar um risco para quem carrega as bandeiras de legendas como PMDB, PSB, PT, PSDB. O sentimento de repulsa a essas legendas pode dar uma votação decepcionante aos que navegam nesses barcos.
CARIMBADAS
Diante dessa tendência um candidato como Williames Pimentel – embora disputando cargo eletivo pela primeira vez – pode ser identificado como alguém carimbado pelo rótulo de Valdir Raupp (no momento em clima de desgaste como réu da Lava Jato), com quem sempre colaborou e de quem sempre recebeu as indicações para os cargos desempenhados na esfera pública.
DESCOLADO
Quem deveria ser premiado com esse cansaço do eleitor com os chamados políticos tradicionais deveria ser Hildon Chaves.
Só que desconhecido das disputas políticas, Hildon é candidato por outra sigla tradicional, o PSDB.
E não dá para se afirmar que eleitor está seguro em votar em nomes completamente desconhecidos e ancorados numa legenda tradicional como a tucana. Hildon deveria convencer o grande público de que está descolado dos cardeais tucanos.
RADICAIS
Impossível prever quem vai para a campanha de segundo turno. Mas dá para especular quem estará fora. Mais uma vez a tendência do eleitorado é desprezar candidatos dos chamados partidos menores, rotulados de radicais ideológicos, como é o caso do Psol.
Também não Ribamar Araújo não terá força popular para ir ao segundo turno. Além de estar no PR, uma sigla menor, o deputado Ribamar é visto pela maior parte do eleitorado como um político tradicional, com décadas de atuação onde acabou corroborando com decisões de governantes fracassados em cargos de alto escalão.
RENOVAR
Nada impede a construção de um resultado imprevisível nas urnas de domingo. O eleitor certamente ainda se sente desestimulado pelas poucas opções capazes de se enquadrar nos seus maiores propósitos.
É preciso não esquecer que no âmago do eleitorado há o desejo de abrir caminho para a renovação ou mudança significativa da gestão municipal. E as urnas podem expressar esse sentimento.
BAND-AID
Volta ao diálogo dos bastidores do governo a ideia da privatização de serviços fundamentais. Confúcio, o governador, nunca escondeu seu encantamento por coisas desse tipo. É bom reafirmar agora que a Saúde é um dos preceitos constitucionais. Delegar a administração de hospitais a terceiros é estancar sangria com band-aid – vencido e superfaturado.
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