Em coletiva, Marcelo Tostes afirmou que assessoria jurídica de candidato pediu perícia particular de documento
O advogado Marcelo Tostes, da campanha de Pablo Marçal (PRTB), falou na manhã deste domingo (6) sobre os próximos passos do candidato em relação ao laudo falso que indicava um suposto uso de cocaína por Guilherme Boulos (PSOL). Em coletiva de imprensa, Tostes detalhou que a assessoria jurídica de Marçal pediu um novo laudo e que o candidato vai responder no tempo determinado pela Justiça.
“A gente não foi devidamente intimado. Quem foi intimado foram alguns advogados do candidato. Ele vai responder no tempo determinado. Nós mandamos fazer um novo laudo, vamos aguardar esse laudo”, afirmou.
O advogado informou que o documento foi recebido por Marçal pelas redes sociais. “Ele recebeu esse documento e fez a inserção nas redes sociais. Nós também estamos tomando as providências no sentido de buscar uma perícia feita pelo candidato a respeito da veracidade ou não do documento”, explicou.
Durante a coletiva, Tostes reforçou que tentou contato no STF (Supremo Tribunal Federal). “Tentamos contato no Supremo, mas não existe ninguém hoje [domingo] de plantão, então nós vamos nos manifestar no processo. Não vamos criar problema mais com o TRE, vamos cumprir a ordem que foi determinada”, disse.
Questionado sobre a confiança na perícia da Polícia Civil de São Paulo, o advogado de Marçal disse que não teve acesso ao documento. “Não estamos falando que não confiamos, mas a gente não teve acesso a essa perícia”, afirmou.
Nesse sábado (5), a Polícia Técnico-Científica de São Paulo concluiu que a assinatura do médico José Roberto de Souza, que teria assinado o suposto laudo, é falsa. O médico morreu há dois anos.
Os peritos compararam a assinatura do médico em documentos como o passaporte, identidade e fichas de identificação civil. “É falsa a imagem da assinatura em nome do médico José Roberto de Souza, lançada no receituário objeto de exame, descrito no capítulo “Peça de Exame”, posto que tal assinatura não apresenta as mesmas características gráficas dos exemplares observados nos documentos descritos”, concluíram.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o relatório da perícia foi encaminhado à autoridade policial, que instaurou um inquérito para apurar todas as circunstâncias relativas aos fatos.
Pablo Marçal postou o documento na sexta-feira (4) nas redes sociais. Nele, o médico que teria atendido Boulos em janeiro de 2021, teria encaminhado o político ao psiquiatra, em critério emergencial, por “quadro de surto psicótico grave, em delírio persecutório e ideias homicidas”. Os supostos sintomas também incluíam “confusão mental e episódio de agitação”.
“Ele publicou simplesmente o documento que ele recebeu. O questionamento sobre se era um documento falso ou não veio depois, e nós já agimos no sentido de buscar a veracidade. Buscamos uma perícia particular do documento”, ressaltou o advogado de Marçal.
FONTE: R7.COM
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