FILOSOFANDO
“Em política, meu caro, sabe tão bem quanto eu, não existem homens, mas ideias; não existem sentimentos, mas interesses; em política, ninguém mata um homem: suprime-se um obstáculo. ponto final.” Alexandre Dumas (1802/1870) foi um romancista francês, nascido próximo de Paris. Era neto do marquês Alexandre Antoine Davy de la Pailleterie e de uma escrava (ou liberta, não se sabe ao certo) negra, Marie-Césette Dumas. Seu pai foi Thomas Alexandre Davy de la Pailleterie, mais conhecido como General Dumas, grande figura militar de sua época.
MARCOS ROGÉRIO
Ninguém da mídia local destacou, no entanto de acordo com nossos olheiros espalhados pelo estado rondoniense cresceu, e muito, a tietagem popular e política ao deputado Marcos Rogério (DEM-RO), relator do processo de cassação de Cunha. “Apenas fiz meu trabalho pautado pela ética”, repete a quem o elogia pela postura. Na intimidade, o parlamentar de Rondônia não esconde seu objetivo para 2018: disputar a vaga para o Senado.
CHARADA
No âmbito dos chamados organismos de investigação e controle externo existe nesse momento um grande interesse em decifrar a charada explícita em torno do ex-prefeito Roberto Sobrinho pelo viés da campanha que realiza imaginando poder voltar à prefeitura da capital, tida como muito cara demais para quem está num partido desgastado e sem financiamento de campanha pelas fontes antigas e tradicionais, vetadas na legislação em vigor.
VIDA FRANCISCANA
O petista (como não podia deixar de ser) vive afirmando no seu discurso eleitoral que não houve enriquecimento ilícito com ele. Vende a ideia de uma vida franciscana. Destaca inclusive ter adquirido sua luxuosa vivenda no Jardim das Mangueiras antes de se tornar prefeito. Tudo isso deixa embatucado investigadores de fortunas misteriosas.
DESAFIO ACEITO
E eles pretendem encarar como desafio saber de onde vem todo o suporte econômico que sustenta não só a campanha como a batalha judicial do petista para derrubar a inelegibilidade, tendo advogados tidos como os mais caros do estado estão ao seu serviço.
Estranho para um candidato que a menos de duas décadas não passava de um simples pé-rapado habitante de um conjunto residencial popular… Ah, não se pode esquecer que nesse curto período algumas sinecuras premiadas caíram no colo do personagem que antes vivia apenas dos estipêndios da Assembleia, tais como um mando duradouro no Sintero e até uma Secretaria municipal importante.
INELEGIBILIDADE
A apreciação pelo Judiciário rondoniense do caso de inelegibilidade do candidato do PT, Roberto Sobrinho, decidida no âmbito da Justiça Eleitoral, volta à pauta na próxima semana, conforme adiantou fonte da coluna. Como se sabe o candidato que já foi prefeito por duas vezes conseguiu relaxar a decisão da justiça rondoniense que determinou a retirada de seu nome do rol dos candidatos em condições legais de participar da disputa.
SIMPLES AVENTURA
Exatamente por ter obtido essa “suspensão” parcial, no STJ, dos efeitos da condenação sofrida por improbidade administrativa praticada em sua gestão como Executivo municipal, Roberto continua fazendo campanha, inclusive no horário eleitoral gratuito (??) da televisão. A decisão liminar do STJ não afastou a inelegibilidade do ex-prefeito petista. Até o momento é difícil não classificar a tal “campanha” como “uma simples aventura” que pode no máximo se tornar uma vitória de Pirro.
Com o assunto voltando à pauta do judiciário na próxima semana a expectativa é de uma decisão final resgatando a sentença anterior de excluir o candidato inelegível, cessando assim o enorme prejuízo que essa bizarrice causa nas possibilidades do eleitor fazer sua escolha com segurança.
PESQUISA
Esperada com expectativa muito grande a divulgação, na próxima semana, da segunda pesquisa do Ibope sobre a corrida dos candidatos a prefeito de Porto Velho. Certamente a nova pesquisa vai refletir os dias das campanhas desenvolvidas nas ruas, nas redes sociais, no rádio e na televisão.
Se ela não apontar um crescimento substancial de candidaturas que ficaram em posição ruim na primeira sondagem deverá ocorrer um realinhamento de figurantes desse teatro, ou seja, de candidatos a vereador. Naturalmente haverá vários nomes procurando se desligar daquelas campanhas destinadas ao naufrágio, buscando outras onde haja pelo menos seja possível conseguir uma boia de salvação.
REJEIÇÃO
Entre os estrategistas da campanha do candidato chapa-branca a atenção deverá voltar-se principalmente para dados sobre o tamanho de sua rejeição. Sem conseguir demonstrar que nesse período de campanha conseguiu reduzir a extraordinária desaprovação revelada na primeira pesquisa do Ibope pode acontecer um desânimo da militância (??) colocando em risco as possibilidades de garantir presença no Segundo Turno.
AINDA NÃO
Ouvi na tarde de ontem de um colunista político ligado a uma emissora de TV rondoniense que a Lava Jato chegou ao seu ponto máximo ao indiciar o ex-presidente Lula, a mulher dele, Marisa Letícia, e mais seis pessoas por envolvimento em esquema de corrupção. O colunista da ELG não concorda. Estou entre os que acreditam existir muito mais coisas. Esse negocinho de tríplex e mudança com armazenamento na Granero é muito pouco para um personagem declarado como o “Comandante Máximo” da corrupção que quase colocou o Brasil na lona com o envolvimento de estatais e empreiteiras.
SEM SURPRESAS
Até para esse escrevinhador de província não foi surpresa alguma esse primeiro indiciamento de Lula. Desde quando surgiu o “Mensalão”, para o colunista o envolvimento de Lula nas ações que apuram o esquema de corrupção era bem provável.
Outros indiciamentos deverão acontecer. Esse de agora não chega a ser nem a ponta do iceberg. Certamente o MPF demonstra que a tese do “eu não sabia” não colaram e nem vão colar. Acreditar na total honestidade de Lula é uma ingenuidade. Assim como acreditar que Roberto Sobrinho, depois dos desastrados oito anos no comando da prefeitura, vai conseguir afastar sua inelegibilidade como num passe de mágica e retornar a mandar na capital rondoniense.
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