FILOSOFANDO
“A Justiça pode irritar-se porque é precária. A verdade não se impacienta, porque é eterna.” Ruy Barbosa (1849/1923), Jurista brasileiro.
MELHORANDO
O presidente da Anfavea, Antonio Megale, disse estar confiante de que a economia voltará a crescer em 2017, favorecendo a retomada das vendas internas de veículos. Megale disse que a associação manteve previsão de queda de 19% nos licenciamentos até o final do ano.
META
A gestão Temer já demitiu alguns milhares de petistas apadrinhados pelo lulopetismo em cargos perfeitamente dispensáveis e mesmo assim regiamente pagos pelo contribuinte. O governo quer demitir 23 mil petistas ainda este ano. É verdade que ele ainda está longe de atingi-la, mas o trabalho começou logo que ele assumiu como presidente interino. Agora, como efetivo, será questão de tempo. Essa poda vai atingir em cheio nomes conhecidos do petismo aboletados em cargos federais desde o primeiro governo do Lula.
ASSUSTADOS
A maior parte dos vereadores portovelhenses na batalha pela reeleição não esconde o temor diante de uma análise comprovando que os votos recebidos em eleições anteriores estão minguando. Até os vereadores de nomes mais expressivos estão revendo para baixo suas expectativas de votação: já entenderam que vão receber menos votos do que o esperado no início da campanha.
MAL AVALIADOS
Aliás, a previsão agora é de que os vitoriosos nas urnas serão eleitos ou reeleitos com votações mínimas históricas. Aquelas votações extraordinárias e surpreendentes irão para o beleléu. Dessa vez as urnas irão refletir o cansaço dos portovelhenses com os nomes tradicionais na disputa pelas cadeiras da Câmara Municipal. Aqueles sempre apontados como lideranças na disputa do voto de vereador estão avaliados negativamente e podem até se surpreender com a reprovação do eleitorado.
CURIOSIDADE
A maior parte dos analistas do cenário eleitoral da capital rondoniense acredita na presença do candidato à reeleição de Prefeito, o médico Mauro Nazif, no segundo turno. O que aguça a curiosidade desses analistas é especular sobre quem vai garantir a segunda vaga naquela disputa.
Um grupo de políticos com quem conversei disseram que na disputa pela segunda vaga há três nomes brigando: o candidato do PMDB, Williames Pimentel, o candidato do PTB, Léo Moraes e (isso mesmo) o candidato do PT, Roberto Sobrinho, se conseguir manter-se na disputa mesmo estando inelegível.
CONTROVÉRSIA
Certamente quem disputa uma reeleição de prefeito é, em circunstâncias normais, franco favorito para estar numa disputa de segundo turno, quando não tem condições de vencer no primeiro turno. Mas em se tratando de Mauro Nazif essa ideia permite controvérsias, especialmente por ser Mauro Nazif um dos prefeitos com o maior índice de rejeição das capitais brasileiras, de acordo com o “Ranking dos Prefeitos” elaborado pelo Ibope. De acordo com a publicação desse ranking Nazif só é superado em rejeição pelos prefeitos de Goiânia, Paulo Garcia, e São Paulo, Fernando Hadad, ambos do PT.
Com esse índice enorme de desaprovação o risco de Nazif não garantir sua ida para o segundo turno é uma possibilidade real. Isso não inibe seus correligionários da prefeitura de espalhar pelas redes sociais que “Nazif pode vencer no primeiro turno”.
SUPERCOMPETIDORES
Com a constatação de que o prefeito Mauro Nazif transita num mar revolto exatamente pela alta desaprovação desse seu primeiro governo, teoricamente os eleitores poderão definir a partir dessa próxima semana uma tendência de concentrara em torno de três candidatos principais, de onde um poderá ser guindado ao pódio como o “supercompetidor” da reta de chegada.
As candidaturas mais estruturadas nesse momento, e não por acaso as com possibilidades de garantir presença no segundo turno, são as do PMDB, como Williames Pimentel (que precisa ser mais trabalho no sentido de perder a carranca e ganhar simpatia) e Leo Moraes (onde ainda não souberam a aproveitar o carisma de Rahall, seu vice).
Na verdade a campanha visivelmente mais profissional é a do petista Roberto Sobrinho, com dificuldades de se transformar num supercompetidor em virtude da insegurança jurídica advinda de suas condenações e inelegibilidades no âmbito da Justiça.
FIGURAÇÃO
As outras candidaturas registradas nesse pleito de Porto Velho não transmite a quem assiste a disputa uma certeza de que entraram na corrida para ganhar.
Estão pelo visto fazendo apenas figuração. Há quem está na campanha como quem não disputa para ser prefeito. É apenas o pseudocandidato do passado com discursos despolitizados, só falando de si mesmo com propostas superficiais.
Como se estivesse usando o palanque municipal para antecipar a campanha parlamentar de 2018. Uma maneira de divulgar seus nomes. Esses candidatos que não atraem eleitores e nem ganham apoios ou doações, de antemão são cartas foras do baralho na definição do segundo turno.
DESINTERESSE
Além de debates de candidatos em entidades representativas de segmentos da sociedade, os participantes da campanha eleitoral para comandar o município já se enfrentaram num debate televisivo, promovido por um canal de baixo índice de audiência.
Todas essas atividades midiáticas não conseguiram modificar significativamente um dado eleitoral preocupante: o baixo interesse do eleitor pela disputa em Porto Velho. Na verdade esse mesmo fato se constata em algumas cidades do interior rondoniense, como dizem nossos olheiros.
O voluma do desinteresse pelo pleito já foi maior, mesmo assim, a 23 dias da primeira votação, uma parte significativa do eleitorado de Porto Velho ainda não se posicionou em relação aos 7 candidatos, fazendo com que nesse momento a disputa prossiga sem polarização e sem uma definição clara de quem tem competitividade suficiente para ir ao segundo turno.
SEM VOTAR
É muito fácil perceber a crescente insatisfação do eleitor rondoniense com os políticos e os rumos da política. Quem segue de perto a marcha eleitoral concorda que o número dos eleitores que não votam deve crescer em todo o estado. Alguns analistas chegam a arriscar um índice: 32% aproximadamente deverão votar nulo/branco ou então absterem-se.
Se as previsões se confirmarem, quem mais sentirá o peso das dificuldades de se eleger serão os candidatos debutantes, de menores recursos econômicos e menos conhecidos na comunidade. Esse tipo de candidato que sonha em ser vereador vai sair da campanha do mesmo jeito que entrou, ou seja, por baixo.
DESIGUAL
Embora desejável, nesse sistema curto de campanha sem doações de recursos oriundos de pessoas jurídicas, com os novatos enfrentando uma situação desigual, não dá para esperar uma grande renovação dos quadros das câmaras municipais.
Afinal, vereadores disputam a reeleição com estruturas de gabinetes e mandatos, com quotas de combustíveis pagas pelas Câmaras Municipais, com verbas para comunicação e outras mordomias cargo. Isso sem contar que os detentores de mandato são muito mais conhecidos do que quem debuta na disputa pela zona de rebaixamento.
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