Em Linhas Gerais

Pesquisas na capital, confundem mais, do que orientam o eleitor- por Gessi Taborda

 FILOSOFANDO

Sabemos muito pouco o que nós somos e menos ainda o que podemos ser.” Lord Byron (1788/1824), é considerado um dos maiores poetas britânico. Foi revolucionário e tinha o título nobre de Barão.

 FIM DA INTERINIDADE

A primeira fala de Michel Temer após a sentença do Senado cassando Dilma definitivamente foi curta. Serviu principalmente para demonstrar que agora sim, como presidente definitivo até o final de 2018, ele pretende impor seu estilo, sua orientação e suas propostas, desde a área política até novos programas de governo, especialmente na área social.

Encerrado o capítulo do impeachment, a preocupação de Michel Temer será tomar medidas destinadas a remover a sensação de governo provisório e dar continuidade à construção da credibilidade para os próximos dois anos. Como parte de sua estratégia para dar feição própria ao governo, Temer avançará, decretando a abertura ao capital privado de todos os setores possíveis.

 FIRME

Depois de voltar da China, Temer terá mais autoridade, pois passa a ser presidente da República, e não interino. Vai ser muito mais firme na determinação para aprovar as medidas que nos levem o mais rápido possível ao equilíbrio fiscal. Mas, dizem os analistas, não anunciará pacotes. Vai comunicar gradualmente as novidades. Para evitar críticas de que não tem sensibilidade social, instituirá um prêmio para prefeitos com melhor desempenho em projetos na área.

 VARIAÇÕES DAS PESQUISAS

Depois da divulgação recente da pesquisa realizada pelo Ibope sobre a eleição em curso, onde sete candidatos disputam o comando da prefeitura municipal de Porto Velho, já está sendo divulgada pela mídia uma nova pesquisa, atribuída a um instituto menos notório, chamado de “Brasil Dados”.

E os dados dessa última pesquisa traz uma mudança brusca nos índices colhidos pelo Ibope, colocando o prefeito Mauro Nazif na liderança da corrida eleitoral, logo ele que na pesquisa do Ibope estava ombreado com o candidato Leo Moraes, do PTB, ao mesmo tempo que ostentava o mais impressionante índice de desaprovação de um prefeito da capital rondoniense, desde que os prefeitos passaram a ser escolhidos pelo voto direto do povo.

 PIMENTEL

E a colocação do candidato Williames Pimentel, do PMDB, debutante na disputa por votos na segunda posição, com apenas 7 pontos a menos do candidato à reeleição, é outra variação difícil de ser aceita, especialmente por não ser visível no cenário eleitoral da cidade nenhum fato capaz de causar impacto tão rápido na mudança de percepção do eleitor.

É no mínimo inusitado o rápido salto do candidato do partido de Valdir Raupp, ultrapassando o jovem candidato do PTB que passou, de acordo com essa pesquisa da Brasil Dados para a posição de empate com Ribamar Araújo, deputado que representa a sigla do PR.

 CONTROVÉRSIAS

Outros índices apurados por essa pesquisa do nada notório “Brasil Dados” alimentarão, certamente, outras controvérsias. Enquanto o Ibope chegou a apurar que havia pelos menos 51% de indecisos, agora esse índice seria de apenas 13,20%. Difícil explicar como esse cenário mudou tanto em tão pouco tempo.

Assim como fica difícil explicar a queda do candidato petista, Roberto Sobrinho, que na primeira pesquisa divulgada pelo Ibope mantinha a liderança com 22 pontos percentuais caiu assim de repente para 4,81% na pesquisa do tal “Brasil Dados”, registrada no Tribunal Eleitoral no último dia 21 de Agosto.

 MOTIVAÇÕES ESCUSAS

Essas discrepâncias entre a pesquisa do Ibope e essa do “Brasil Dados” alimenta as desconfianças sobre a lisura dos institutos de pesquisas, dando força à especulação de que sempre é possível encontrar alguém capaz de conseguir “pesquisar” para atender interesses de quem paga mais.

 POTENCIALIZAÇÃO

Afinal, perguntam eleitores mais interessados nas avaliações da campanha ao depararem com a discrepância dos índices das duas pesquisas: Qual a é a correta e qual não devem ser vista com desconfiança?

Primeiro é preciso levar em conta os fatores que potencializam a formação de opinião sobre os candidatos. Alguns coordenadores de campanha dizem que no pleito desse ano a Internet, pelas redes sociais, é o fator mais importante para impactar as tendências, especialmente pela velocidade da comunicação.

Então, de acordo com esse raciocínio é possível acontecer com grande rapidez a volatividade dos dados coletados nas duas pesquisas.

A coluna não tem como apontar nenhum dos candidatos usando tão produtivamente as redes sociais da Internet. Assim, tal argumento não tem a força da verdade inquestionável.

 INTENÇÕES

É claro que as pesquisas não tem o condão de “adivinhar” o resultado eleitoral. Quando muito, as pesquisas apontam apenas a intenção de voto.

Os resultados – divulgados por fontes diversas – podem servir apenas atrair recursos para as campanhas, especialmente quando as doações minguaram demais.

É certo que daqui até o momento da ida do eleitorado às urnas a direção do eleitorado sofrerá mudanças com as estratégias adotadas pelos candidatos em suas campanhas. Mudanças bruscas refletirão o surgimento (se surgir) de fatos políticos impactantes. A pesquisa não é, como alguém pode imaginar, uma bola de cristal infalível. Seus resultados são mais decorrentes dos acontecimentos do passado do que de promessas e perspectivas para o futuro.

 CACIQUES

Os programas de televisão veiculados pelos candidatos na corrida para vencer a eleição municipal da capital rondoniense são, para dizer o mínimo, sofríveis. Textos ruins, assuntos da planície cotidiana, imagens mal filmadas e aparição do candidato num cenário de solidão. Não é o caso do PMDB, onde pelo menos um cacique anda aparecendo em apoio a Williames (que nome!) Pimentel. Trata-se do governador Confúcio Moura elogiando o antigo Secretário de Estado da Saúde.

 PARADA

Vários caciques vão aguardar até meados de setembro para botar a cara na propaganda eleitoral de seus partidos. Querem avaliar primeiro os humores nas ruas bem como as chances dos candidatos. Gente como a sempre bela deputada Mariana Carvalho, como o matreiro Ivo Cassol devem avaliar que campanha só começa a apontar tendências depois da “parada” ou desfile de 7 de Setembro.

 SUGESTÃO

Quem será o “gênio” responsável pelo roteiro das andanças do candidato Leo Moraes, do PTB (o mais jovem na disputa) na corrida sucessória da prefeitura de Porto Velho?

Logo no primeiro programa televisivo ele aparece debaixo de chuva num ponto de ônibus sem abrigo. No programa de terça apareceu catando lixo nas vias públicas… Até agora nada falou sobre propostos para transformar a cidade e tirá-la da péssima posição em que foi colocada no Ranking do Datafolha, como a pior capital do Brasil. Será que as aparições escatológicas do jovem candidato conquistam eleitores arredios aos políticos?

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