FILOSOFANDO
“Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado”. Platão, filósofo e matemático grego, nascido provavelmente em 427-428 a.C e morreu em 348 a.C.
COMO DANTES
A homenagem do legislativo a Confúcio acabou suspensa. Deveria ter acontecido na tarde da segunda feira. A coluna chegou a tratar do assunto, como algo acontecido. É que a decisão de postergar a tal homenagem só foi anunciada quando a coluna já tinha sido fechada. Mas esse praticamente não muda nada. Aliás, em Rondônia aquele ditado antigo do “Tudo como dantes no quartel de Abrantes” se aplica como uma luva.
DOIS ANOS
O texto a seguir foi originalmente escrito pelo colunista em 31 de maio de 2014. E ao lê-lo hoje a gente constata claramente sua atualidade, numa clara confirmação de que nada mudou. Veja o leitor por si mesmo:
ANCORA MORAL – Pense a maioria o que quiser, diga a maioria o que disser, não mudarei minha convicção. Rondônia só deixará de ser o que é – uma terra onde as riquezas produzidas pelo suor da parte honesta e trabalhadora são saqueadas pelos parasitas do Estado e pelos ladrões privados eternamente impunes – quando a mentalidade da população e de seus representantes for profundamente mudada.
E digo mais: o PMDB já teve duas oportunidades para dar início a essa mudança de mentalidade. Primeiro com Valdir Raupp, depois com Confúcio. O barbudo de Rolim teve origem nas das camadas mais pobres. No governo loteou cargos para familiares, valorizando e mantendo também conhecidas aves de rapina, que deram início aos grandes escândalos, como o “Frangogate” e o escândalo da Ceron, isso só para citar alguns.
Confúcio, o filosofo de araque de Ariquemes, teve a oportunidade de ser a nossa tão esperada âncora moral. Mas não se lembrou de seu passado político, dos tempos da Câmara dos Deputados.
Seu governo chega ao fim com o sabor das práticas populistas com muitos personagens pegos por operações da PF chafurdados no lamaçal em que aqueles espertalhões acostumados a surrupiar o dinheiro público surfam alegremente.
DISFARÇADA
Certamente isso não saiu da cabeça do presidente da Assembleia, deputado Maurão de Carvalho. Mas com certeza, alguém do corpo diretivo do parlamente estadual não deve ser adepto da política de transparência total das instituições públicas, no que se refere aos gastos de seus titulares.
E assim, mesmo lendo o Diário Oficial daquele Poder é impossível saber as justificativas das diárias concedidas aos deputados estaduais. Lá consta apenas que o parlamentar recebeu as diárias relativas ao “processo número tal”, sem especificar aonde foi, as justificativas da viagem, etc. Ainda há burocrata resistindo à lei da transparência e do acesso à informação.
MAIS DA METADE
E como já era esperado, a Assembleia Legislativa rondoniense terá uma semana de dificuldades para conseguir quórum para deliberações nesta primeira semana de junho. É que informe de fonte credível da Casa garantia, ontem, que pelo menos 15 deputados viajaram para Aracajú (SE), onde irão participar do Congresso da Unale. Parece não existir, de fato, preocupação com a redução de custos por parte dos nobres parlamentares. E pelo zumzum dos bastidores a maioria dos representantes do povo viajou àquele estado do nordeste levando acompanhante.
MUITO DINHEIRO
Na verdade se for levado em conta que o orçamento do legislativo estadual para esse ano é da ordem R$ 205.971.452,00 a nossa Assembléia dispõe de recursos diários de 560 mil reais. Então uma esticadinha ao nordeste para 15 sortudos representantes da população custa uma ninharia.
SE QUISER
Amado Rahal, o médico considerado o melhor dirigente do Hospital de Base, por vários anos, só não será candidato a prefeito se não quiser. Amado sempre participou das campanhas eleitorais, apoiando candidatos da órbita do ex-governador Ivo Cassol, mas antes teve uma experiência pessoal como candidato, numa campanha modesta onde, mesmo assim, obteve uma votação expressiva sem se eleger.
Agora está sendo estimulado a disputar o pleito e, como se informou, tem conversado com outras legendas para obter o suporte necessário à participação nessa corrida. Se entrar no jogo, a diretriz de Amado para a campanha será, segundo fontes, focada no debilitado setor do saneamento básico, “o que mais necessitará de atenção do próximo gestor de Porto Velho”.
EXONERAÇÕES
O anunciado rompimento entre o prefeito Mauro Nazif, da capital rondoniense, e o governo do peemedebista Confúcio Moura (o PMDB reafirma que terá candidato próprio na disputa desse ano) está provocando, segundo fontes, a exoneração de servidores comissionados ligados à sigla do governador e de Valdir Raupp, o senador.
PRECOCE
Da nova safra de políticos rondonienses no cenário federal, certamente o deputado Marcos Rogério (DEM) é quem mais age com maturidade (precoce) política, demonstrando isso com seu papel na relatoria da Comissão de Ética em relação ao processo contra Eduardo Cunha, o presidente (suspenso pelo STF) da Câmara. O relatório foi entregue ontem, sem mencionar as acusações de recebimento de propina e mesmo assim sendo favorável à perda do mandato de Eduardo Cunha.
FATO NOVO
Ao contrário dos outros deputados rondonienses de primeiro mandato, Marcos Rogério escolheu um caminho de independência, mudando de partido e sabendo ocupar espaços importantes para garantir visibilidade e ser um nome competitivo na disputa do governo em 2018. Certamente Rogério vai colocar esse projeto diante de um cenário em que os grandes partidos estão carentes de nomes não desgastados perante o eleitorado. Ele, pelo visto, tem mais chance de ser o fato novo de 2018, mais até do que Mariana Carvalho, a linda tucana do PSDB indecisa na disputa da prefeitura de Porto Velho esse ano.
VIROU PODRIDÃO
Balanço contábil da Transpetro, onde Sérgio Machado atuou por mais de uma década, admitiu uma perda de R$ 256 milhões. Mas a Transpetro está totalmente apodrecida. Machado revelou como funcionava a corrupção nas diretorias da estatal. Além disso, denunciou também dois ex-presidentes da Petrobras – Sergio Gabrielli e Graça Fortes, ambos envolvidos no esquema. Por fim, acusou também Lula e Dilma. É uma delação é tanto… E vai acabar de vez com Renan Calheiros, que arranjou a nomeação de Machado para o importante cargo e faturava alta percentagem do butim, como se dizia outrora.
RIQUEZA PERIGOSA
Certamente, não foi proventos recebidos como ex-governador de Rondônia ou como Senador que fizeram de Valdir Raupp um homem rico, muito rico, em tão pouco tempo.
Agora, no alvo das investigações da Lava Jato, apontado por relações nada republicanas até com o Banco do Brasil, o conhecido Barbudo de Rolim terá uma grande oportunidade de explicar como conseguiu obter esse dom de Midas.
ESTUPRO COLETIVO
O pior de tudo é a falta de foco na análise desse drama. Ninguém falou nada sobre a responsabilidade da família. Essa garota certamente não teve uma família estruturada. Por isso escolheu a bandalha.
Faltou-lhe orientação de pai e mãe, faltou-lhe, penso, freio. Que família deixa uma menina de menos de 15 anos envolver-se com a marginalidade, frequentar a balada em áreas de degradação total, e não sabe ou nem quer saber de nada? São estes os pais modernos? E não são responsáveis por nada?
SOCIEDADE SEM FUTURO
Enquanto não se entender que sem a recuperação dos valores familiares, da importância da família na educação de nossos jovens, esse tipo de tragédia não vai parar. É claro que o time de homens que praticou (se é que praticou) essa barbárie não pode ficar impune.
Mas certamente estamos diante de mais um exemplo claro de que você colhe exatamente o que plantou. É tão simples entender isso, mas as pessoas continuam achando que o sistema da vida familiar antiga, quando os pais verdadeiramente davam o pão e o ensino, é coisa ultrapassada e a verdade é outra. Sem família a sociedade não tem futuro.
Add Comment