FILOSOFANDO
“Numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário”. George Orwel (1903/1950), pseudônimo de Eric Arthur Blair, escritor e jornalista inglês, defensor da filosofia do anarquismo e dono de profunda consciência contra o totalitarismo e injustiças sociais.
VÔO DE GALINHA
Avaliação de economistas ouvidos pela coluna nesta semana para explicarem o aumento pontual nas vendas de fevereiro, de acordo com a pesquisa mensal do comércio (PMC) divulgada pelo IBGE, com o índice de 1,2% dá conta de tudo “não passa de um vôo de galinha, já que fevereiro teve um dia útil a mais e a pesquisa não incluiu veículos e material de construção”.
As perspectivas para os próximos meses, disseram, são de continuidade na contração de vendas do varejo. “Para o cenário futuro não pode ser descartada a influência do desenlace do processo de impeachment nas expectativas dos consumidores”, disse um dos economistas ouvido pela coluna.
DE VOLTA AOS 60
O Brasil está voltando décadas no tempo para se tornar uma economia agroexportadora como era até a década de 60, antes da forte industrialização no país. A ruína gradual de plantas industriais conjugada com explosão irresistível do agronegócio já vem de anos. A novidade é que o processo está se intensificando em 2016.
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SOJA RONDONIENSE
Um dado em especial traduz esse reencontro com o passado agrícola: até aqui em Rondônia, na previsão de fontes do setor agrícola, a safra estadual da soja, a rainha das commodities brasileiras, crescerá neste ano estonteantes 16%.
VIROU
Leitores dá coluna já tinham sido informados em tópico da última semana que se Dilma perdesse na comissão de impeachment da Câmara poderia preparar a trouxa para descer a rampa. E pelo andar da carruagem, com os acontecimento de ontem, com partidos desembarcando do “Titanic” de Dilma e dos petralhas, só um milagre pode salvar a presidente petista no domingo. O jogo pesado comandado por Lula vai ter efeito contrário. Na hora “h”, votos que o governo contabilizava como seus vão engrossar os favoráveis ao impeachment. Só os políticos ingênuos aceitarem sucumbir juntos com a nau petralha.
LUIZ CLÁUDIO
Deputado federal de primeiro mandato, o rondoniense Luiz Cláudio pode estar na relação daqueles que porão ponto final precoce na sua carreira política. Isso, claro, se achar que fez um bom negócio em receber benesses de um governo em fim de carreira. E, claro, não vai conseguir sequer amenizar a tragédia que vai se abater na vida de seu patrono, o (ainda) senador Ivo Cassol.
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VIVALDINO
Ontem já circulava nos meios políticos que o deputado Lindomar Garçon decidiu abandonar a postura de indeciso no jogo do impeachment. Se antes havia praticamente certeza de que, para não votar, Lindomar Garçom iria se ausentar da votação com a desculpa de ter contraído uma doença, hoje há uma afirmação de que o pretendente a uma candidatura de prefeito de Porto Velho vai estar em Brasília, para votar a favor do afastamento de Dilma.
Garçom deve ter pressentido que ficar do lado de Dilma e dos petralhas é entrar numa zona de alto risco para quem pretende continuar na vida pública disputando mandatos eleitorais.
QUESTÃO DELICADA
Os deputados estaduais de Rondônia estão mais voltados para assuntos do varejo, como a CPI interessada em por na alça de mira o Friboi que, pelo depoimento de um dos seus CEOs na última reunião da comissão não demonstrou nenhum temor em ser alvejado.
E assim evitaram tratar da questão delicada da prisão de vários deputados (alguns ainda foragidos) na semana que passou. Continuam sem atinar que novas prisões resultantes das várias operações de combate à corrupção verificada nos últimos anos na Casa, sob a gestão de vários ex-presidentes, vão acontecer.
VENTOS DA MUDANÇA
A cada dia que passa há mais indícios de que os ventos vão mudar com as instituições de Justiça seguindo a nova determinação de tolerância zero com os corruptos e a corrupção. Na semana que está chegando ao fim foi possível ouvir de fontes do MP demonstrações de inconformismo com o que está sendo considerado um novo esquema para jogar dinheiro público o ralo nebuloso negócio do ar condicionado do futuro palácio da instituição. Também estão vasculhando com lupa o segmento seguimento de informática e publicidade que, convenhamos, não tem a menor justificativa.
HERMÍNIO NÃO DISPUTA
Já existe uma baixa na relação dos pré-candidatos a prefeito de Porto Velho. O deputado José Herminio segredou a gente muito próxima que não vai disputar a corrida sucessória, confirmando informe da coluna de que não teria espaço para entrar na briga pelo seu novo partido, o PDT. O deputado que já foi presidente da Assembleia confirma que “não exigiu do PDT” coisa alguma para filiar-se à sigla. Confessou ter escolhido o partido por ser “muito simpático” ao clã Gurgacz e entender que “o Senador Acir é uma liderança sem contaminação”.
DAY AFTER
O clima na Câmara Federal está pavoroso, com deputados perdendo as estribeiras, trocando empurrões e xingamentos. A pergunta que não quer calar: após a votação do impeachment, as animosidades cessam e as feridas cicatrizam, ou a divisão política ficará ainda mais profunda e acentuada?
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MALOGRO DEFINITIVO
A declaração de simpatia pela pré-candidatura de Leo Moraes (PTB) na corrida sucessória da capital rondoniense, feita pelo presidente regional do PSDB, ex-senador Expedito Júnior, é uma constatação de que malogrou mesmo o esforço para lançar Mariana Carvalho na disputa. Leo, o jovem deputado, deve ter soltado rojão com a possibilidade de formar chapa conjunta com os tucanos que indicariam o seu vice.
ARTICULAÇÃO
Edgar Tonial, que vem a ser o Edgar do Boi, decidido a disputar a sucessão municipal de Porto Velho pelo PSDC, articula uma frente de pelo menos 3 partidos para aumentar sua competitividade no imbróglio eleitoral dando-lhe chances reais de substituir Mauro Nazif. Os nomes desses partidos (que inclusive podem contribuir para aumentar seu tempo na TV) estão sendo mantidos em sigilo.
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