A negociação envolve líderes de diferentes campos políticos. A ampliação da verba para campanha é uma agenda que une a base governista
O Congresso articula a derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira (17) para, com isso, garantir que o fundo de financiamento de campanha eleitoral seja de R$ 5,7 bilhões no próximo ano.
A negociação envolve líderes de diferentes campos políticos. A ampliação da verba para campanha é uma agenda que une a base governista, independentes e a oposição a Bolsonaro.
O presidente, que pretende concorrer à reeleição em 2022, se beneficia da derrubada do próprio veto. Bolsonaro se filiou ao PL, partido que integra o centrão e ocupou a 8ª colocação no ranking das siglas que mais receberam dinheiro na campanha de 2018.
Aliados do Palácio do Planalto afirmam que a derrubada do veto também viabiliza um discurso para Bolsonaro culpar o Congresso pelo valor recorde do fundão —se esquivando de um desgaste com apoiadores.
O uso de dinheiro público para financiar campanhas eleitorais opõe grupos de sustentação de Bolsonaro. Para a base ideológica, ele precisa sinalizar contra o fundo. Ao centrão, coalizão de partidos que passou a integrar a base do governo após a liberação de cargos e emendas, o presidente precisa garantir recursos para a eleição.
Após vetar o mecanismo que eleva o fundo para R$ 5,7 bilhões, o presidente encaminhou o projeto de Orçamento de 2022, prevendo R$ 2,1 bilhões para o fundo eleitoral do próximo ano. Esse foi o patamar defendido pelo ministro Paulo Guedes (Economia).
FONTE: FOLHAPRESS
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