Resenha Politica

Pesquisas colhidas pelos partidos sobre as eleições para governador em Rondônia têm apontado uma indefinição enorme do eleitor – Por Róbson Oliveira

ENERGISA 

A convite da direção rondoniense da Energisa, estivemos na sede da empresa para conhecer os investimentos programados para os próximos dez anos no estado, além das explicações sobre a composição do que é cobrado mensalmente aos consumidores de Rondônia. Embora a coluna tenha sido crítica   à   empresa em diversas ocasiões e, em particular pelo que é cobrado por quilowatts, somente agora tivemos a oportunidade de conhecer a realidade da fornecedora de energia de Rondônia.

SURPRESA 

Para surpresa deste cabeça-chata, de início, soubemos que em cada três empregos formais criados no estado, um é pela Energisa. E o quilowatts cobrado entre as companhias, o de Rondônia é um dos menores do país, sendo maior apenas do que o cobrado pela empresa do Amapá.

EFICIÊNCIA 

Com a rede estadual completamente automatizada, hoje uma queda de energia eventualmente ocorrida em qualquer município ou localidade rural é restituída com maior brevidade em razão da eficiência da empresa nos investimentos com tecnologia da informação. Inclusive na forma de acionar as equipes de reparo. O atendimento ao público também seguiu as inovações técnicas ao colocar   à   disposição do consumidor plataformas digitais que dispensam a reclamação presencial na empresa.

CRÍTICAS 

Cada explicação dada a este escriba pelo dirigente da empresa, André Luís Cabral, revelava o volume de investimentos internalizados na economia de Rondônia sem que a população percebesse a importância destes recursos para a economia estadual. Mas as críticas e a rejeição   à   empresa sobressaíram mais do que as vantagens acima apontadas. E qual a razão? O próprio dirigente reconhece que erraram na comunicação direta com a população rondoniense ao optarem em reorganizar todo o sistema obsoleto herdado da Ceron. Além dos gargalos administrativos, a exemplo das dívidas com fornecedores.

RABICHOS 

Como vários municípios expandiram seus bairros de forma desordenada, em algumas situações através de invasões, a única forma na época para estes moradores contarem com energia elétrica era através do rabicho. Um situação precária e que seria temporária passou a ser contínua, o que se configura em crime. Os rabichos ainda são muitos provocando perda de receita, o que impacta nos preços cobrados por quilowatts para todos os demais consumidores. Na medida que o furto da energia diminui também diminui o impacto nos boletos de todos os consumidores. É hoje o principal ponto de tensão que implica diretamente nas críticas   à   empresa. O que este cabeça chata não sabia é que mesmo caro o quilowatts, as contas altas que pagamos são compostas em sua maior fatia por impostos e isenções concedidas pelo poder público e que nem sempre atendem ao interesse público. A Energisa é uma empresa privada que visa o lucro sim, mas quando a energia elétrica era reserva legal do estado o lucro era diluído entre poucos privilegiados por atender interesses políticos nem sempre confessáveis.

PESOS E MEDIDAS 

A coluna continua sendo crítica aos serviços de qualquer empresa concessionária do serviço público que atente contra a população, entre elas a Energisa. Não significa que fechemos os olhos para um setor responsável atualmente por um em cada três empregos formais criados no estado e ligar um sistema elétrico antes complexo de forma competente, levando luz com potência suficiente para conforto dos rondonienses, inclusive durante os temporais. As constatações feitas nesta coluna, portanto, não significam abrir mão da visão crítica que sempre permeou a coluna. Como em cada medida tem um peso, no caso, usamos o que convencionamos de dois pesos e duas medidas.

LIMITE 

É grave a denúncia do vereador cacoalense Paulo Teixeira (PTB) de que o prefeito Adailton Fúria (PSD) estaria utilizando indevidamente máquinas e insumos da prefeitura em sua chácara. Caso seja comprovado (o vereador apresentou imagens da suposta irregularidade), revela que autoridades continuam passando do limite no exercício das suas funções públicas, o que tem trazido a esses agentes públicos dores de cabeça judiciais. Alguém tem que conter a fúria deste alcaide, visto que em tese, configura-se improbidade.

INCENTIVANDO 

Diferente de várias primeiras-damas, a da capital, Ieda Chaves, tem cumprido uma agenda elástica junto   às comunidades mais carentes e desempenhado um papel importante ao lado do prefeito nas ações sociais, sem ocupar cargo nem receber remuneração pública.

CANDIDATÍSSIMA 

Em razão destes trabalhos Ieda Chaves vem sendo estimulada a disputar uma vaga na Câmara Federal, embora o projeto ainda não esteja entre suas prioridades. Em papo com a coluna a primeira dama disse que fica agradecida aos dirigentes de partidos que a convidam para empreitada, mas não descarta os convites nem alimenta falsa esperança. Segundo ela, o incentivo leva   à   reflexão e o momento é de mais reflexão do que decisão. Trocando em miúdos: é uma forte candidata. Apesar de não revelar.

PESQUISA 

Pesquisas colhidas pelos partidos sobre as eleições para governador em Rondônia têm apontado uma indefinição enorme do eleitor. Nos cenários que a coluna conseguiu acesso o número de indecisos e dos que não votam é maior que a soma dos nomes pesquisados. Isto mostra que há um espaço enorme para as mais variadas candidaturas, mesmo que os mais conhecidos apareçam melhor posicionados nos cenários ora pesquisados. Não há favoritos.

LEGISLAÇÃO 

Todos os prováveis candidatos estão ansiosos em relação  à  nova legislação eleitoral que vai nortear as eleições de 2022. A Câmara Federal aprovou um texto que vem sendo bombardeado por todos e, em especial, o Senado Federal. Se até o dia 1 de outubro (data corrigida pelo atencioso e qualificado leitor Jesualdo Pires), data fatal que estabelece a anualidade da lei para entrar em vigência, nada for votado pelos senadores, as eleições vindouras serão regulamentadas pela atual legislação eleitoral em vigor. A mesma que os deputados federais modificaram na Câmara Federal para atender seus interesses inconfessáveis.

JOÃO PAULO

A situação do hospital João Paulo II, devido ao tratamento desumano com pacientes no chão, revoltou um vereador de Paulinho Macário, do interior de Rondônia. Em discurso na Câmara Vereadores de Buritis o edil soltou o verbo contra o governador Marcos Rocha (sem partido) pelas péssimas condições do JP da capital. O governador prefere dar tchau a poeira do que adeus ao tratamento degradante da saúde estadual. Com a palavra ‘Zé do gorro”.

AUTOR: RÓBSON OLIVEIRA –  COLUNA RESENHA POLITICA

  • A opinião dos colunistas colaboradores são de sua inteira responsabilidade e não reflete necessariamnete a posição da Folha Rondoniense

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