Vice-presidente disse que suposta ameaça de golpe já foi negada pelas partes envolvidas e que não passa de ‘fogo de palha’
Ao comentar a suposta ameaça do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta quinta-feira (22) que o Brasil “não é uma república de bananas” e garantiu que vão haver eleições em 2022. “Isso não existe, é um absurdo. É lógico que vai ter eleição. Quem é que vai proibir eleição no Brasil?”, disse.
Segundo reportagem publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, Braga Netto teria mandado avisar ao presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), que não haveria eleição em 2022 caso não fosse aprovado o voto impresso. A notícia foi desmentida por Braga Netto.
Mourão disse não acreditar na ameaça de golpe. “`Primeiro, porque a reportagem ouve pessoas que não se sabe quem são. O aviso teria sido dado por mensageiros e não sabemos quem são”, disse. O vice-presidente acrescentou que tanto Braga Netto quanto Lira já negaram o suposto episódio. “Eu conheço o ministro há muito tempo, sei que ele não manda recado. Além disso, esse é um assunto que não lhe diz respeito.”
“Em segundo lugar, se algo chegasse dessa forma ao deputado Lira, ele reagiria de imediato e colocaria esse assunto de forma pública”, afirmou Mourão. “Por fim, as Forças Armadas não abandonam o tripé da legalidade, da legitimidade e da estabilidade. As Forças Armadas existem para que a gente tenha um ambiente estável e seguro.”
Voto impresso
O vice-presidente disse, ainda, que a denúncia é um “fogo de palha”. “No final das contas, cria uma situação que não é boa para o país”, afirmou. Mourão disse que ele próprio é francamente favorável ao voto impresso auditável. “Nós usamos uma urna de primeira geração, enquanto a Argentina usa uma de terceira geração. Então acho que temos que evoluir nossa urna.”
Após a repercussão da reportagem, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luis Roberto Barroso, afirmou que conversou na manhã desta quinta-feira (22) com Lira e Braga Netto. Segundo Barroso, ambos negaram as ameaças à realização das eleições no ano que vem caso não exista a impressão do voto nas urnas eletrônicas.
FONTE: R7.COM
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