Acho importante fazer esse relato para encorajar pessoas diabéticas a não cometer erros que eu cometi, achando que a doença estava totalmente sobre controle. Estou aqui escrevendo mais a uma vez a coluna sofrendo aquele dor intermitente na perna ferida, numa ferida difícil de cicatrizar por causa do diabete descompensado.
Sou diabético há vários anos. Fiz por muito tempo um tratamento rígido e vivi sem problemas. Mas depois de anos com a doença sobre controle passei a seguir tratamentos alternativos – além de seguir o receituário médico – com remédios de raizeiros. Imaginando que estava tudo muito bem comecei a relaxar na dieta, comendo de tudo, tomando sorvetes, café com chantilly e até tomando praticamente toda semana alguns cálices de vinho. E deixei de lado a rotina de fazer exames periódicos, de procurar os médicos especialistas.
Resultado: aqui estou eu com muitas, com uma ferida que não fecha, precisando baixar a glicemia para poder fazer uma cirurgia de catarata, etc, etc.
ANJOS DA GUARDA
Esse relato é para estimular quem tem essa doença e imagina estar com ela controlada a não deixar de lado os cuidados fundamentais, com a dieta, os remédios e os hábitos sadios. Não vale a pena imaginar o contrário: o diabetes é uma doença sem cura, que pode matar silenciosamente.
Tive sorte de não ultrapassar o limite. Graças aos excelentes médicos Eduardo Wanssa e Cipriano Ferreira da Silva Júnior (que estão funcionando como autênticos anjos da guarda), certamente voltarei a ficar com a doença sobre controle e poderei continuar por mais algum tempo desempenhando o jornalismo. Teria sido melhor não ter relaxado com a doença. Teria sido melhor respeitar o diabetes, atendendo suas exigências. Se você é diabético ou tem algum com essa doença na família procure não cometer as besteiras que fiz para viver uma vida de conforto.
ROMARIA
Ontem foi grande a romaria na Assembleia Legislativa. Gente vinda de todas as regiões do interior procurando, claro, garimpar uma boquinha junto ao deputado eleito com, como imagina, seu apoio. Mas, claro, é uma romaria inútil. A Assembleia não tem tantas vagas no seu quadro para atender aquela ruma de gente. É certo que muitas vagas ficarão livres com a exoneração de quem tinha algum “emprego” ligado a ex-deputado, não reeleito no último pleito. Mas essas vagas são insuficientes para atender a demanda.
EM RECESSO
A maior parte dos deputados não apareceu na Assembleia no dia ontem. E esse cenário, após a posse a eleição da mesa, não deverá se alterar muito nos próximos dias. Afinal, o recesso parlamentar dos deputados estaduais só terminará no próximo dia 15.
EMPOSSADO
É agora é real. Everaldo Fogaça voltou a ser vereador. Sua posse ocorreu só esta semana porque na semana passada ela não pode acontecer uma vez que Léo Moraes só deixou o cargo no último dia de janeiro, para ficar com o salário integral de janeiro, que já tinha embolsado. Fogaça pretende cumprir uma agenda capaz de catapultar seu nome para grandes disputas futuras. Ele não diz, mas afoito como poucos, certamente pode estar de olho numa disputa para o executivo municipal.
TROIKA
O vereador Fogaça parece disposto a encaminhar uma solução para a manada de elefantes brancos (apelidados de viadutos) deixadas na capital pelo famigerado Bob Ali Baba. É uma boa iniciativa, mas, pelo visto, fadada ao fracasso. Para tratar desse assunto o vereador quer contar com a troika que viu a criação da manada sem fazer absolutamente nada, nem mesmo protestar. O colunista não acredita que Valdir Raupp, Marinha Raupp e Nilton Capixaba sejam nomes apropriados para opinar sobre essa maracutaia.
FINALMENTE
Graça Foster, até então a inabalável presidente (ou, como prefere Dilma, presidenta), está em queda iminente. A executiva não resistiu às pressões decorrentes da Operação Lava Jato, que investiga desvios bilionários na estatal de petróleo. A presidenta Dilma Rousseff, até então, vinha defendendo a permanência da presidenta da estatal, mas, segundo fontes, jogou a toalha. Quem está cotado para assumir a direção da petroleira é Henrique Meirelles, que já foi presidente do Banco Central. Para o senador paranaense Roberto Requião, o ex-presidente do Banco Central é a verdadeira encarnação de Mamom (dinheiro) e representante do capital vadio (mercado).
EXTINÇÃO
Em se tratando de Mauro Nazif é difícil de acreditar. Mas uma fonte com livre trânsito no paço municipal contou ontem à coluna que o prefeito está preocupado com o encolhimento dos recursos do caixa da prefeitura, diante da redução do FPM e dos cortes nos valores das transferências previstas. Diante desse cenário nada animador o prefeito pode propor a extinção de pelo menos duas secretarias tidas como meros penduricalhos e cabides de empregos.
FILOSOFANDO
Citando o filósofo Platão (O castigo dos bons que não fazem política é ser governados pelos maus) o jovem advogado Breno Mendes é figura sempre presente nas redes sociais para fortalecer sua imagem como uma das alternativas para a disputa da prefeitura de Porto Velho em 2016. Ele está convidando lideranças da sociedade civil portovelhense para apresentar sugestões sobre uma plataforma mínima fundamental ao gestor do município que queira solucionar os grandes entraves ao desenvolvimento da capital rondoniense. Breno não é o único nome de seu partido com tal pretensão.
MALDADES
Assim que terminar o recesso do parlamento estadual os novos deputados terão como primeiro desafio se posicionar contra o pacote de maldades que, segundo fontes, deve ser apresentado pelo governo. Segundo fonte, o pacote consiste na extinção de gratificações para servidores da saúde, educação, dentre outras categorias do funcionalismo público.
Há expectativa também de que o governo encaminha já na abertura do ano legislativo mensagem pedindo autorização da Assembleia para antecipação de receita de recebíveis em alguns milhões de reais. Quem viver verá.
NO FIM, SOLIDÃO
Ledo engano imaginar que o poder seja coisa duradoura. Estamos cheios de exemplos aqui mesmo no nosso Estado. Quem poderia esperar que o outrora poderoso Mário Calixto acabasse com o império destruído e sem poder, sequer, viver em Porto Velho.
Há muitos outros casos, como o recente em que o personagem principal foi o outrora arrogante deputado “irmão Valter”, hoje isolado com a perspectiva de terminar os dias na cadeia.
Mas um caso bem ilustrativo desse tipo de desdita, em nível nacional, é de José Eduardo Andrade, que morre agora praticamente sem nenhum registro.
BAMERINDUS
José Eduardo Andrade Vieira foi um homem incomum: nasceu rico, viveu por dinheiro, sacrificou-se pelo poder e morreu solitário. Desconfiado por natureza, desvendava o mundo à sua maneira, sob a aba do chapéu texano, com arrogância, Foi dono do Bamerindus, 3º maior banco do País na década de 90, e aquele que mais poder acumulou unindo dinheiro do próprio bolso e política, quando elegeu-se Senador da República, e tornou-se, por um período de tempo, tanto ministro da Indústria e Comércio como da Agricultura de Fernando Henrique Cardoso.
PAUSA NA COLUNA
Em razão deste escriba ter de se submeter a uma internação hospitalar, para tratar da descompensada diabetes, a coluna ficará suspensa por alguns dias, enquanto o colunista estiver sob os cuidados de médicos e enfermeiras para trazer essa teimosa doença à normalidade. Presto aqui, dese logo, meus agradecimentos ao Dr. Eduardo Wansa e aos demais profissionais do Hospital das Clínicas, onde estarei internado pelos próximos e (espero) poucos dias.
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Jornalista
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