O PCC foi protagonista de uma fuga em massa do presídio Pedro Juan Caballero, no Paraguai
Os governos de Brasil e Paraguai anunciaram nesta quinta-feira a assinatura de um acordo para combater o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que nasceu em São Paulo e se espalhou pelos Estados e outros países.
O PCC foi protagonista de uma fuga em massa do presídio Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Ao lado do ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Sergio Moro, a ministra da Justiça do Paraguai, Cecilia Pérez, afirmou que os países ratificaram “a cooperação na luta contra o crime organizado e a demarcação de linhas específicas nas ações contra o PCC”.
Os ministros trocaram informações sobre as facções que atuam nas prisões de ambos os países, com objetivo de melhorar a segurança dos sistemas penitenciários. Pérez visitou a Penitenciária Federal de Brasília recentemente. O presídio possui um sistema disciplinar diferenciado dos demais por conta do regime de segurança máxima.
“Queremos saber como são administradas as prisões de segurança máxima no Brasil, pois o crime organizado nas fronteiras está se expandindo”, disse a ministra.
O Ministério da Justiça do Brasil já havia se oferecido para auxiliar a captura dos fugitivos do presídio paraguaio. Pérez admitiu que a fuga só foi possível com o auxílio de agentes penitenciários.
No fim do ano passado, ela havia sinalizado a possibilidade de uma fuga em massa no local, após receber informações de relatórios de inteligência.
Cerca de 32 agentes penitenciários, incluindo o diretor e o chefe de gabinete foram presos, acusados de libertar prisioneiros, frustração de execução criminal e associação criminosa. Onze detentos foram recapturados.
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