Em Linhas Gerais

2018 – Abalo da imagem dos políticos estimula desejo de ver Hildon na disputa – por Gessi Taborda

FILOSOFANDO

Se o povo não pode confiar em seu governo para fazer o trabalho para o qual existe – proteger a população e seu bem-estar – tudo está perdido.BARACK OBAMA (1961), foi o 44º Presidente americano, o primeiro afro-americano a ocupar o cargo. Graduado em Ciência Política pela Universidade Colúmbia, e em Direito pela Universidade de Harvard

SEIS POR MEIA DÚZIA

Novos nomes – especialmente os tidos como competitivos – resistem a entrar na política. Isso acontece aqui mesmo em Rondônia. Faltando pouco mais de um ano para o pleito de 2012 o único nome verdadeiramente novo cogitado para a disputa foi a do promotor Heverton Guimaraes, conhecido flagelo dos corruptos rondonienses, após ter conduzido mais 16 operações de combate a esse mal existente na gestão pública do estado e em sua política. Mas até o momento sua participação no processo sucessório é mera especulação.

 NÃO AOS APELOS

Outros potenciais candidatos novos resistem ao apelo para participar da refrega. Então, vivemos o seguinte dilema sobre renovação política em Rondônia: a falta de oferta de novas opções e não de demanda do eleitorado. Tudo pode terminar na troca de seis por meia dúzia.

 POTENCIAL

Recentemente o prefeito de Porto Velho orientou seus comandados a não falar sobre sucessão estadual, especialmente sobre o nome de Hildon Chaves como um potencial candidato ao governo rondoniense. Hildon foi coerente consigo mesmo quando, durante toda a campanha em que foi eleito prefeito, repetia a célebre frase “Estou político mas não sou político. Sou um gestor”.

 A VELHA POLÍTICA

E talvez exatamente por isso o nome do prefeito de Porto Velho está sempre nos comentários sucessório. A imagem da classe política local – tanto quanto a nacional – está abalada como nunca se viu antes, mesmo sabendo-se que nas duas últimas décadas essa imagem nunca foi positiva, especialmente nas fronteiras do legislativo.

 É LEMBRADO

O nome do prefeito será – mesmo que ele pessoalmente não queira – sempre lembrado para ocupa o vácuo existente num cenário onde – não dá para negar – a velha classe política (toda encalacrada com sérias denúncias de corrupção e sonegação) ainda respira.

 OS RISCOS

Se bem que seja algo desejável a renovação política, alijando as velhas e tradicionais raposas, com os seus vícios irremovíveis, há o risco de acabar trocando seis por meia dúzia, enquanto problemas culturais mais profundos ameacem o eventual sucesso dessa troca, na medida em que um outro lado da questão acabe ficando relegado ao descaso e desinteresse. O sistema político brasileiro está errado! É conveniente que seja mantido por aqueles que ganham muito dinheiro.

 FALTA QUALIDADE

O que dificulta conseguirmos a renovação desejada no comando do governo e nas instituições políticas? Ora, precisamos melhorar a qualidade de nossos eleitores. E talvez seja por isso que os dirigentes da vida pública fazem tão pouco para melhorar a escolarização de nossos habitantes, a começar pelos jovens.

 DISCERNIMENTO

Trata-se da qualidade do eleitor, já que de democracia estamos falando, que, por sua vez, imbrica com a péssima escolaridade pública, refletindo na incapacidade de discernimento de um eleitor, cuja avaliação, em massa, é ainda a do analfabeto funcional, vulnerável à implantação de sucessivos populismos predadores, cuja voracidade pelas benesses materiais, que os cargos públicos facultam, e o desinteresse e falta de apetite cívico em enxergar e equacionar um dos grandes desafios do país estão aí, exibindo as suas garras, traduzidas em apetites, nada republicanos.

 CONTESTADOR

Aí está o grande desafio, que os países mais avançados já perceberam e que consiste em implantar uma escolaridade básica publica competente, tendo como resultado um eleitor mais consciente, mais contestador e capaz de distinguir o joio do trigo, para não acabar se tornando cúmplice e vítima, ao mesmo tempo.

 CORRUPÇÃO

Já que a corrupção é intrínseca, como parte do lado obscuro da índole humana, a maneira de reduzi-la, não eliminá-la, será cultivar a escolaridade, que permita o preparo para a verdadeira cidadania, capaz de tornar uma sociedade mais desenvolvida e competitiva.

Resta-nos sonhar com o milagroso surgimento de um Estadista, capaz de focar o seu olhar em horizontes mais remotos do que os próprios bolsos e umbigos.

 MÉDICO SEM CULPA

Gente gritando indignada com o a decisão judicial que permitiu ao médico cassado, Roger Abdelmassih, condenado por estupros a uma pena de mais de 180 anos, cumprir a sentença em prisão domiciliar.

E por que acontecem esses absurdos, em que criminosos condenados ganham benefícios muito antes de cumprida a pena? Porque a lei permite. É preciso ficar indignado não só com esses casos, mas com as leis esburacadas, com os legisladores que não sabem o que fazem. Ou sabem.

 POUCOS RECURSOS

A prefeitura de Porto Velho decidiu – muito antes de Crivella no Rio de Janeiro, a reduzir drasticamente o corte nas verbas de patrocínio de eventos festivos como o Carnaval. Imagina-se que para o ano a situação ainda será mais drástica. Não há, como garantiram fontes, recursos suficientes para cobrir os valores da festa de Momo para o próximo ano.

 CORTE TOTAL

Até políticos (especialmente na vereança) são favoráveis ao corte total. “Considerando a atual situação que se encontra a saúde, segurança e a educação pelo estado afora, nenhum governante deve patrocinar qualquer evento que não seja benéfico a toda a comunidade e não só a uma pequena parcela que de tal participa”, disse um vereador com a garantia de que nome não seria revelado.

 COMO ANTIGAMENTE

Os presidentes de escolas de samba e bloco carnavalescos terão, pelo visto, de correr atrás do patrocínio da iniciativa privada. Para nós da velhíssima guarda dá para lembrar o tempo em que as escolas e blocos de grande envergadura saiam com dinheiro próprio pedido antes do carnaval de porta em porta e a prefeitura não contribuía com nada.

 

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