CARACAS (Reuters) – O governo da Venezuela repudiou na noite de terça-feira a ameaça “imperial” de sanções feita pelos Estados Unidos, que avisou que irá impor “fortes medidas econômicas” se o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, levar adiante uma controversa Assembleia Constituinte para reescrever a Constituição do país.
Maduro disse que seu país seguirá adiante com a eleição dos constituintes, prevista para 30 de julho, depois de qualificar de “vulgar” e “insólito” o comunicado de Washington.
“Ninguém dá ordens à Venezuela”, afirmou Maduro. “Aqui, mandamos os venezuelanos, não manda (o presidente dos Estados Unidos, Donald) Trump, nem (o presidente da Colômbia, Juan Manuel) Santos, nem Michel Temer”, acrescentou.
Horas antes, o chanceler Samuel Moncada anunciou uma “revisão profunda” das relações com os Estados Unidos, que, segundo fontes, estuda outras penalidades contra funcionários venezuelanos, incluindo o vice-presidente do partido governista, Diosdado Cabello, e o ministro da Defesa, Vladimir Padrino.
“Fazemos um chamado aos povos da América Latina e ao Caribe e aos povos livres do mundo a entender a magnitude da brutal ameaça contida neste comunicado imperial e a defender a soberania, a autodeterminação e a independência”, disse Moncada, lendo um comunicado.
No domingo, a oposição venezuelana informou que 7,6 milhões de venezuelanos votaram em um plebiscito não oficial para repudiar a Constituinte, que acreditam significar a consumação de uma “ditadura” em seu país.
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