FILOSOFANDO
“Quem fica na ponta na ponta dos dedos não se conserva de pé durante muito tempo.” Lao Tsé (804-531 a.C). Chinês fundador do Taoísmo.
FRUSTRADOS
Um empresário do setor de turismo contou à coluna como saiu frustrado do Debate da Fiero – onde ficou até o fim – com a irrelevância do receituário dos candidatos a prefeito de Porto Velho para fomentar o setor, completamente deixado a Deus dará pelos últimos gestores municipais.
“Falaram do óbvio e das míticas esperanças, como a reativação da Madeira Mamoré com o também mítico financiamento dos consórcios das hidrelétricas do rio Madeira”. E não deram sequer um pio “sobre a construção de um Centro de Convenções em Porto Velho”, desabafou. Sem uma obra dessa importância e sem um local adequado para a exposição de nosso artesanato e outras manifestações populares da cultura local não se pode falar em fomento do turismo na cidade, acentuou o empresário.
BÚSSOLA
A pobreza na elaboração de propostas e programas da maioria dos candidatos não permitiu aos mesmos apresentarem nos debates realizados até agora a bússola esperada para dinamizar setores específicos como o turismo e, também, a produção de alimentos e a agricultura familiar precária existente.
Aliás, até agora somente o candidato do PSDB, Hildon Chaves, mencionou a importância fundamental de dar a Porto Velho um Ceasa. Enquanto a cidade continuar privada desses marcos estruturantes, tudo por aqui continuará à deriva constatada facilmente na precariedade urbana da capital rondoniense.
PARECE DEFINIDO
Faltando pouco mais de uma semana para a eleição o quadro da disputa pela prefeitura de Porto Velho parece definido, pelo menos numa questão: vai ter uma a eleição de segundo turno.
Nem mesmo a decisão judicial que confirma a impossibilidade do candidato petista concorrer, por estar inelegível, nessa reta final do primeiro turno vai mudar esse cenário. Mas ainda é temerário afirmar qual será os dois candidatos que terão de se confrontar na outra rodada eleitoral.
SEM PAIXÃO
Uma analise fria, sem paixão, do cenário desse momento estimula a projeção de que o jovem candidato do PTB, Léo Moraes vai chegar na liderança com sua presença garantida no turno vindouro. O problema é saber quem ficará com a segunda vaga na disputa.
Certamente a diferença de votos entre os dois concorrentes que disputam a segunda posição será muito pequena após a divulgação dos resultados do dia 2, o primeiro domingo de outubro.
OTIMISMO GERAL
Quando se trata de política não há certeza imutável. Diante das últimas aferições de pesquisas divulgadas pela mídia rondoniense – e também pela tardia retirada do candidato petista da disputa – parece que a conclusão óbvia é que a segunda vaga do segundo turno terá uma disputa ferrenha entre o atual prefeito Mauro Nazif e o candidato do PMDB, Williames Pimentel.
O crescimento da campanha de Pimentel registrada na última pesquisa do Ibope divulgada pela TV Rondônia animou de vez seus estrategistas que passaram a atuar com o único objetivo de encostar e ultrapassar o prefeito Mauro Nazif. Há um otimismo geral de que o candidato do PMDB vai garantir seu lugar no segundo turno.
ZEBRA
Mesmo assim não se pode descartar o surgimento de uma “zebra” nessa reta final. O efeito eleitoral verificado nesse momento no pleito de São Paulo, onde as análises dão conta de que João Dória já passou a Marta Suplicy pode ocorrer também nesse cenário portovelhense.
SORTE
Aqui também temos um concorrente que começou do zero – afinal, nunca tinha sido candidato a nada – e pode estar crescendo mais do que o previsto. Se na capital paulista Dória começou pequeninho e chega nesse momento a superar a ex-petista, senadora e ex-prefeita Marta Suplicy, aqui também pode acontecer alguma zebra.
O problema é que no caso do tucano rondoniense há uma diferença básica: a qualidade de sua coordenação e de seu marketing. Hildon jogou o tempo inteiro apenas com a sorte. Fazer uma virada nesse momento é muito difícil, mas não impossível. Afinal ainda restam debates (especialmente o TV Rondônia) em emissoras de maior audiência.
COISAS DE RONDÔNIA
Vai ficar difícil para a divisão de capturas da Polícia rondoniense explicar porque não consegue prender políticos condenados e foragidos como o ex-deputado Marco Donadon, depois de divulgado o nome do corrupto como principal doador da campanha (também impugnada) de sua cunhada, candidata a prefeitura de Vilhena. Ficou fácil rastrear o paradeiro do ladrão de colarinho branco. É só rastrear o caminho do dinheiro doado… Não precisa ser nenhum Sherlock.
INDECISOS
Um dado interessante da última pesquisa do Ibope (espontânea) deve ser levado em consideração nesse momento pelos candidatos à prefeitura de Porto Velho. O índice dos que declararam não saber em quem votar foi de 22%. Some-se a essa percentagem o índice (19%) dos que declaravam pretender votar em branco ou simplesmente anular o sufrágio.
Isso dá um índice de 41% do eleitorado que estava indeciso. A definição da eleição de primeiro turno está nas mãos desse contingente. É uma pena que a coluna não teve acesso ao índice de eleitores que na pesquisa estimulada declararam que poderiam mudar o voto.
DISPUTA
Três servidores disputam a vaga do Congresso no CNJ. Um por conta própria, outro apadrinhado de Eduardo Cunha, e o terceiro da cota de Renan Calheiros.
COERÊNCIA
Jair Bolsonaro ameaça sair do PSC – e levar com ele os dois filhos deputados. São por baixo 1,3 milhão de votos. Porque o partido se aliou ao PCdoB no Maranhão. Bolsonaro cobra posição rápida.
RECUO
O presidente da OAB, Cláudio Lamachia, elevou o tom das críticas aos defensores da volta do financiamento privado de campanha, entre eles o presidente do TSE, Gilmar Mendes: “É um recuo inaceitável. Com o fim do investimento empresarial, hoje temos as campanhas que estão no campo das ideias e não midiáticas”, destacou.
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