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UM JOGO BUROCRÁTICO E PREVISÍVEL – POR SILVIO PERSIVO

O primeiro jogo de qualquer copa do mundo, em geral, não é uma das melhores ocasiões para se ver um bom futebol. Como o dono da casa sempre joga é preciso que haja um golpe de sorte para se ter duas equipes fortes em campo e é preciso que também se supere o nervosismo da estreia. No caso atual, o Catar, apesar de ter se procurado dotar o país de tudo que o dinheiro pode dar não há como comprar uma coisa essencial: talento. Em um país com uma população pequena e sem tradição de futebol o que foi feito, é preciso dizer, foi o possível. Porém, apesar de ser muito, não se esperava, nem se espera, que a seleção do país vá muito longe. Daí, o primeiro jogo contra o Equador ser um teste de onde poderia chegar, mas era mais do que previsível que esta primeira partida fosse um jogo sem grande brilho, amarrado, por causa da motivação dos dois times. O Equador precisava da vitória, é verdade, no entanto, entrou quase com a certeza de que a teria e só precisava manter depois do primeiro gol. 

E, logo no início, fez. O VAR frustrou a estratégia ser posta em ação no começo do jogo. E sem este gol de início o Catar se sentiu com capacidade para buscar a iniciativa. Até tentou. Sempre pelo centro onde o time equatoriano é forte, compactado e roubava as bolas para tentar o contra-ataque, que, para um time de jovens, era uma boa situação até pela fragilidade da defesa do Catar. Verdade que o time da casa é bem estruturado, bem treinado, em muitos momentos chegou mesmo a ser ousado. Pena que parece com o time do Ceará, que desceu da série A este ano: tem uma dificuldade imensa de fazer gols. Tudo contribuiu para ser um jogo modorrento. E num jogo assim, que beneficiava o time equatoriano, depois de uma roubada de bola, no meio, de Mendez, foi feito um passe em profundidade que resultou no pênalti. E, de pênalti, o veterano Enner Valencia fez o primeiro gol da Copa. O segundo viria de uma arrancada de Caicedo que passou para Preciado cruzar e, novamente, Valencia marcar aos 30 minutos do primeiro tempo. Era do que precisava o Equador e, é preciso assinalar, se acomodou. No segundo tempo o time ´so esperou mais atrás para tentar explorar o espaço que aparecesse. E apareceu e perderam. Os donos da casa ficaram com a posse de bola e uma festa de vermelho dos torcedores enquanto o Equador cumpriu seu objetivo. E a Copa começou sem grande brilho. 

AUTOR: SILVIO PERSIVO 

  • A opinião dos colunistas colaboradores são de sua inteira responsabilidade e não reflete necessariamente a posição da Folha Rondoniense

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