Tanzânia investiga doença misteriosa que matou três pessoas

Sintomas se assemelham aos da leptospirose; autoridades de saúde dizem que enfermidade é tratável

A Tanzânia, nação com 63 milhões de habitantes no leste da África, anunciou nesta segunda-feira, 18, que identificou uma doença misteriosa que causou a morte de três pessoas e infectou outras 20 na região de Lindi, no sudeste do país. Uma equipe de médicos está na localidade desde a semana passada para investigar os casos e informou, preliminarmente, que se trata de uma doença causada por uma bactéria presente em roedores, semelhante à leptospirose.

Porém, não se trata de leptospirose, tampouco de covid-19, ebola ou doença de marburg, febre hemorrágica causada por um patógeno da mesma família do ebola e quase tão mortal quanto seu primo mais conhecido, identificada pela primeira vez em Gana no domingo 18.Os testes para estas enfermidades deram negativo.

Em visita à região, a ministra da Saúde tanzaniana, Ummy Mwalimu, informou que a doença era causada por uma bactéria excretada por animais selvagens, como ratos ou raposas, e transmitida através da água ou alimentos contaminados pela urina destes animais. “A boa notícia é que esta doença é evitável e tratável”, disse a ministro, apelando ao público para permanecer calmo.

A maioria dos doentes se recuperou da doença, cujos sintomas incluem hemorragias nasais, febre, dores de cabeça e fadiga, mas dois permanecem em isolamento, disse ela, além dos três óbitos.

A presidente da Tanzânia, Samia Suluhu Hassan, disse na semana passada que a doença “estranha” poderia ter sido causada por “interações crescentes” entre humanos e animais devido à degradação ambiental. A Leptospirose é uma doença bacteriana que ocorre em todo o mundo. Nos humanos, é frequentemente suave, mas pode causar insuficiência renal.

Outras doenças de causas desconhecidas estão sob análise pelas autoridades de saúde no mundo, como a hepatite misteriosa em crianças e a doença meningocócica na Flórida, além da varíola dos macacos, cuja causa é conhecida, mas não a origem do surto.

FONTE: REVISTA OESTE