Resgate encontrou mais três corpos, incluindo os de duas crianças; 100 pessoas estavam no local na hora do acidente
O número de mortes devido a um deslizamento que atingiu um acampamento turístico a nordeste de Kuala Lumpur, na Malásia, no início da manhã de sexta-feira (16) subiu para 24 depois que profissionais de resgate encontraram neste sábado (17) mais três corpos, incluindo os de duas crianças.
De acordo com a Defesa Civil de Selangor (estado onde ficam Kuala Lumpur e a região da tragédia), nove pessoas ainda estão desaparecidas.
As equipes de resgate mantêm as buscas neste sábado no acampamento Batang Kalu após interromperem os trabalhos na noite de sexta-feira devido ao mau tempo em meio à temporada de monções na Malásia.
“Temos que ter cuidado, porque há uma forte corrente de água que complica o trabalho de resgate, o terreno é muito instável”, afirmou o chefe do departamento de Defesa Civil, Norazam Khamis, à imprensa local.
Norazam disse que as chances de sobrevivência das pessoas desaparecidas são “pequenas” por causa da falta de oxigênio e do peso da terra.
Ao menos 61 pessoas foram resgatadas, incluindo 20 professores de uma escola primária e suas famílias, além de uma mulher grávida de seis meses. Cerca de 100 pessoas estariam no acampamento durante a noite no momento do deslizamento.
Wan Azizah Wan Ismail, esposa do primeiro-ministro malaio, Anwar Ibrahim, visitou hoje os sobreviventes internados no hospital de Selayang.
A Defesa Civil do país informou que o deslizamento de terra veio de uma encosta de cerca de 30 metros de altura e atingiu uma área de aproximadamente 450 mil metros quadrados.
Não se sabe o que causou o deslizamento, que ocorreu em uma região montanhosa e arborizada. Embora seja a época das monções na Malásia, boletins meteorológicos apontaram que apenas chuvas leves foram registradas na noite da tragédia.
O ministro do Desenvolvimento malaio, Nga Kor Ming, afirmou que o acampamento funcionava sem uma licença específica para este fim. Ele ordenou o fechamento de todos os acampamentos considerados “de alto risco”, próximos de rios, cachoeiras ou encostas, por sete dias.
FONTE: AFP
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