DE VOLTA
Várias pessoas acostumadas à leitura de Em Linhas Gerais estavam cobrando o retorno da coluna após o recesso do final do ano. Pois bem: aqui estamos esperando manter pelo menos a periodicidade de duas vezes na semana.
SEM TORCIDA
Todos sabem do nosso engajamento na campanha de Bolsonaro para presidente. Sua vitória alimenta, ainda, ótimas perspectivas de que o Brasil vai caminhar numa estrada venturosa. Estamos na torcida pelo novo presidente.
DÚVIDAS
O mesmo não acontecerá em relação ao novo governo rondoniense. Embora ele faça parte da sigla de Bolsonaro e foi exatamente por isso que acabou sendo vitorioso, não acreditamos que ele tenha rompido com seus antigos vínculos com a velha política rondoniense à qual serviu como homem de confiança de Confúcio Moura (MDB) e Mauro Nazif (PSB). A montagem de seu staff é uma clara demonstração de que se deve esperar muito pouco do coronel e, portanto, seria inútil torcer por sua gestão.
SEM IRA
Mantenho minhas diferenças de visão com todos os políticos saídos das matrizes partidárias que mantiveram Rondônia nas piores situações de desenvolvimento político e econômico. Confúcio e Nazif foram as grifes mais destacadas dos desastres para moradores de Porto Velho e de Rondônia.
Mas se não tenho nenhum motivo para aplaudir o novo governador e sua trupe, também não tenho motivos para ter ira, para promover uma oposição raivosa como tantos jornalistas brasileiros fazem ainda hoje contra o presidente Jair Bolsonaro. Alias não vou torcer para dar tudo errado no governo rondoniense do coronel. O povo de nosso estado e da capital certamente não aguenta mais os desmandos do passado!
SEM LEI
Com a revelação do primeiro escalão do coronel Marcos Rocha não dá para fazer uma afirmação peremptória de que Rondônia vai virar a página de seu longo período de terra sem lei que permitiu o suspeito crescimento do patrimônio dos políticos ligados ao grupo de poder derrotado nas urnas.
Enquanto o desemprego cresceu em altos índices e o estado ainda tem de fazer verdadeiras pirotecnias para escapar da balbúrdia das finanças públicas, a realidade do começo desse novo governo é exatamente aquela de um estado de políticos ricos e povo pobre.
Rondônia, como sabem seus moradores antigos, é um Estado cheio de oportunidades e riquezas vítima de gestores medíocres e, por isso, à porta da falência.
SEM INVESTIGAÇÃO
A inércia e falta de determinação dos órgãos do controle externo em investigar os ralos por onde se escoam os recursos públicos em projetos faraônicos fadados ao fracasso colocam o estado nessa situação de dificuldades gigantescas mesmo nos assuntos mais prosaicos, como a questão cultural. Qual outro estado possui um teatro que demorou décadas para ser finalizado e que até hoje não serve praticamente para nada?
REMÉDIO
Não será esse velho jornalista que vai alimentar falsas esperanças na população de que o remédio para os males de Rondônia finalmente será aplicado agora. Pela composição do “staff” do coronel, o império da mediocridade permanece. E pior: uma vez mais se premia caçadores de boquinhas reconhecidos como especialistas em puxa-saquismo.
RONDÔNIA DOENTE
O coronel Marcos Rocha deixa claro nunca ter compreendido o legado dos antigos governantes a quem serviu: Rondônia está doente, moral e economicamente! Sua postura na indicação e nomeação dos membros dos escalões superiores balizou as doenças nascidas nos governos anteriores, as quais não serão banidas. Não haverá profilaxia e poderão até voltar aumentado o caos atual.
NEÓFITO
Na mídia do establishment rondoniense já ecoa tronitroantemente os apupos irresponsáveis de quem já busca o credenciamento para mamar nas gordas tetas dos gastos com a publicidade (desnecessária) que consome milhões dos contribuintes.
Esses malfadados escribas (e donos de sites caça-níqueis) sabem que o coronel neófito terá sua primeira experiência como gestor púbico e vai – levando-se em conta a relação dos nomeados – estar cercado de gente inexperiente ou que participou do butim no período demolidor da economia e das perspectivas do desenvolvimento rondoniense. São pessoas sempre prontas a ficar do lado que a vaca deita, mesmo que o leite seja minguado. A mídia rondoniense – fora as honrosas exceções – faz mal a toda a sociedade do estado.
TRÁGICOS
Não sei o leitor, mas esse colunista não acredita em propostas simplistas para impedir que Rondônia afunde-se cada vez mais no caos político e econômico. O jovem estado de Rondônia vive mais um período trágico de sua história. É o resultado dos anos de sequestro de um sistema político que nos tirou boa parte das esperanças de liderarmos uma economia pujante pelo menos em nível regional. O balizamento de mais um fracasso da “elite” política do estado está sintetizado na definição desse secretariado chinfrim do governador coronel.
CAMINHOS
E mesmo assim o colunista reafirma: vai evitar a oposição cega ao novo governador esperando que ele, quem sabe pelo processo de osmose, simbolize o que representa hoje para o Brasil o seu guru (sem o qual jamais ganharia qualquer eleição) Jair Bolsonaro, e se converta na mudança muito reclamada pelo povo rondoniense.
Para isso o coronel Marcos Rocha tem de apresentar caminhos de como vai enfrentar o desemprego, o crescimento da insegurança, a falência do ensino público, a falta de saneamento e de saúde pública de qualidade e o inchaço da folha de pagamentos com o festival de aspones e comissionados mantidos nos últimos tempos.
PERGUNTAS
O ano novo já tem uma semana e as perguntas continuam esperando respostas: Quando o MP e o MP de Contas darão algum tipo de resposta ao famigerado contrato de 14 milhões em gastos com publicidade para a Assembleia Legislativa de Rondônia? Essa fortuna não deveria ser arrancada do contribuinte assim, sem mais e nem menos! Pelos buchichos das coxias, fala-se que a assinatura desse contrato milionário pode acontecer na legislatura atual para garantir pagamentos de “despesas eleitorais”! Que horror! Alguém será preso por tamanho desvio?
BIZARRA
Certamente não foi o prefeito o autor da ideia bizarra de se fazer publicidade da Estrada de Ferro Madeira Mamoré usando um “economista” que ninguém sabe e ninguém viu, sem qualquer ligação com a história da ferrovia. Uma figura sem qualquer relevância e ao mesmo tempo paparicada em todos os nichos de poder. É a prova incontestável da péssima qualidade da “agência” que fatura os tubos na feitura da publicidade oficial. Esse tipo de coisa precisa ser estar na mira de quem tem a obrigação de defender o erário…
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