Em Linhas Gerais

Será os deputados sabem que a competência para legislar sobre assuntos da mineração é da União e não do Estado?

 FILOSOFANDO

A dúvida é o princípio da sabedoria.” Aristóteles (384/322 a.C), foi filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande. Seus escritos abrangeram assuntos da física, da lógica, do governo, da poesia, da música, da retórica, da biologia, da ética e da zoologia. É tido como uma dos fundadores da filosofia ocidental.

 DIA DA AMAZÔNIA

A data será comemorada no próximo dia 5. Tomara que não passe, como tantas outras, em brancas nuvens por essa Rondônia que tanto sofre com a devastação. Quem sabe os candidatos à prefeitura de nosso estado possam dizer o que pensam fazer para preservar biomas no perímetro das cidades, evitando o que acontece, por exemplo, com a capital rondoniense onde ninguém parece respeitar nada, nem os fundos de vale.

 DE ASSUSTAR

Personagens identificados como defensores do meio ambiente, do patrimônio histórico ficam cada vez mais assustados (e revoltados) com o descaso dos governantes. Na Internet, por sua rede social, sobressai-se nesta batalha travada em Porto Velho não algum político com mandato, mas sim um biólogo e acadêmico da Unir, Manoel Português, autor de várias denúncias (especialmente no Facebook), onde não perdoa sequer o 5º BEC, apontado por ele como responsável por ações que destruíram marcos históricos na área do cemitério de Santo Antônio.

 DOM QUIXOTE

Esse D. Quixote moderno de Porto Velho deveria ser ouvido dentro de uma programação (se algum órgão público entender que a data é importante) destinada a marcar esse Dia da Amazônia. Quem sabe assim, Manoel Português pudesse ampliar suas denúncias e suas batalhas contra as omissões do Iphan (verdadeiro cabide de emprego em Rondônia), contra as hidrelétricas apontadas por ele como agressoras do meio ambiente colocando em risco a vida do próprio Rio Madeira.

 BIOMA

O Dia da Amazônia é uma data para reforçar a importância do bioma, que sofre com o avanço da pecuária, de plantações e da extração ilegal de madeira, entre outras. As consequências, no entanto, não ficam restritas à nossa região, já que as áreas naturais da Amazônia contribuem para o equilíbrio climático e para a distribuição de chuvas do país.

 RIOS VOADORES

Aqui em Rondônia mesmo leigos em matérias do clima percebem claramente as mudanças ocorridas nos últimos anos. Nunca o estado sofreu um período de seca tão severo como agora. Nunca o Rio Madeira esteve sob um risco claro de definhar-se. E exemplos não faltam, como esse desbarrancamento de parte de sua orla, ilegalmente ocupada por empresas de logística de transporte.

É nessa região que são formados os rios aéreos, ou rios voadores – massas de ar carregadas de vapor d’água. A floresta amazônica atrai a umidade evaporada pelo oceano Atlântico e, por meio da evapotranspiração das árvores, cria correntes de ar que transportam essa umidade em direção ao Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Por tudo isso medidas facilitadores de atividades do garimpo informal, do desmatamento e de qualquer destruição do bioma onde vivemos tem de ter um ponto final.

 FALTA DE PROTEÇÃO

Talvez a redenção do nosso bioma só venha a acontecer pela ação de defensores da natureza do tipo de Manoel Português, agindo com a coragem de denunciar e cobrar das tais “autoridades competentes” que ponham um ponto final nos processos agressivos, especialmente das áreas lindeiras do Madeira.

Pois ao que parece, essa não é a preocupação do segmento político, especialmente daqueles que detém mandato eletivo.

 PROPOSTA DEMAGÓGICA

Se não fosse assim, certamente deputados estaduais não teriam se esforçado tanto para apoiar a garimpagem de ouro no nosso precioso Rio Madeira, que tanto sofre com o processo de degradação e envenenamento praticado pelo garimpo clandestino e artesanal. Afinal, os deputados sabem que a competência para legislar sobre assuntos da mineração é da União e não do Estado.

Tomam essas inciativas pensando apenas nos interesses eleitorais, na possibilidade de ficar bem com garimpeiros que, por falta de consciência, se encantam com essas manobras demagógicas, mesmo que elas não possam prosperar. E tomara também que os candidatos a prefeito exponham no debate eleitoral o que pensam sobre esse assunto e qual o destaque ele tem nos programas a ser executados, caso vençam a eleição.

VAI PESAR

Os senadores rondonienses Acir Gurgacz e Valdir Raupp, ambos envolvidos nesse momento com candidaturas de prefeitos criadas nas suas órbitas, podem até não acreditar que o eleitorado rondoniense não levará em consideração as posições assumidas pelos dois apoiando Dilma, ao convalidar o entendimento anticonstitucional permitindo que a petista possa continuar com seus direitos políticos após perder o mandato de presidente pelo julgamento do Senado.

Pode até ser que em se tratando da disputa municipal seus pupilos não sofram o respingo da decepção do eleitorado rondoniense manifestado em memes viralizados nas redes sociais a partir de ontem. Todavia, concorda a maioria dos analistas políticos de que essa posição dos dois senadores vai funcionar como um tiro no pé na disputa de 2018.

DIFERENÇAS

Nem a prisão de Natanael e nem a transformação de Carlão Oliveira em foragido da Justiça destronou os dois ex-presidentes da Assembleia Legislativa da Galeria de (??) Honra dos ex-dirigentes da Casa. Já em Brasília a coisa foi diferente: meia hora depois do impeachment todas as fotos de Dilma foram retiradas do Palácio do Planalto por funcionários da casa.

NEGÓCIO RUIM

Das vezes anteriores o (ainda) candidato do PT à prefeitura de Porto Velho exibia com orgulho o apoio dos figuraças do partido de estrela. Agora a ideia é outra: não é bom negócio Roberto Sobrinho, que mesmo estando inelegível quer ser prefeito de novo, ter o apoio do ex-presidente Lula ou de Dilma para tentar a terceira reeleição.

PERGUNTA

Parafraseando Renan Calheiros, depois de tudo que aconteceu no impeachment de Dilma, o Senado é um hospício ou circo? Responda quem puder.

CUSTO

Dizem os entendidos que depois de todas as trapalhadas iniciadas ainda na gestão petista de Roberto, o custo final dos dois elevados cujas obras foram retomadas nesse ano e têm promessas de serem entregues antes do fim de 2016 é infinitamente superior à previsão inicial. E, até agora, ninguém foi punido por essa manada de elefantes brancos.

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