Em Linhas Gerais

Segurança Publica em Rondônia esta um caos – por Gessi Taborda

 SORRIA! SE PUDER

Taborda4Recebi a primeira conta de luz desse novo ano. Veio com acréscimo. Aliás, todas as demais contas vão seguir a mesma batida.

As primeiras projeções sobre as principais variáveis macroeconômicas da economia brasileira para 2015 nos permitem antever baixo crescimento da produção, estagnação na oferta de empregos, preços administrados em alta, juros elevados, perda de receita e contenção fiscal tanto da União, quanto de praticamente todos os Estados da federação, aceleração no processo realinhamento dos preços básicos e redução dos salários reais. Ufa!

 NO PALCO

Bandeira2O pano de fundo desta nova realidade é a cena externa. Apesar de nossa rica biodiversidade e do tamanho de nosso mercado interno somos ainda um país periférico, exportador de commodities, com baixa produtividade da força de trabalho, sem autonomia tecnológica e emitente de uma moeda fraca e não conversível. O Brasil é incapaz de manter, por longo um tempo, um déficit em suas transações com exterior, da ordem de 4% do PIB como ocorre atualmente, ou financiar suas reservas apenas com capital de risco, que exige juros elevados.

Em seu estágio atual, o capitalismo constituiu uma arquitetura pela qual as corporações e os grandes centros financeiros dominam completamente o processo de tomada de decisões, se sobrepondo aos Estados nacionais, aos parlamentos e às vontades populares.

 FAMÍLIAS MAIS POBRES

Bandeira2O conflito distributivo entre lucros, salários e juros tende a ser ganho pelos rendimentos financeiros, em detrimento dos salários reais. A carga crescente de impostos e os juros caríssimos embutidos no financiamento ao consumo retiram renda disponível das famílias mantendo estagnada a curva do consumo. A meta do governo já explicitada é crescer a atividade econômica, através da geração de excedentes exportáveis agrícolas e industriais.

 PERDA DE LEGITIMIDADE

confucioEmbora praticamente ninguém escreva sobre isso na imprensa rondoniense é preciso refletir: o governador Confúcio Moura, eleito  para mais um mandato com uma votação consagradora, principalmente na capital rondoniense, já está vivendo um processo de perda de legitimidade. Decorrência de um quadro controverso em que foi apresentado como o suposto personagem das ações da quadrilha que – durante seu primeiro mandato – agiram como bucaneiros saqueadores de recursos públicos, descobertos em ações da Polícia Federal, como a Operação Plateias.

 MAIS VOLÁTIL

confucioVivemos um fim de ciclo. Nesse panorama, as manifestações populares deverão surgir ainda no primeiro semestre, como decorrência da sequência de escândalos e pelo aprofundamento da crise social.  Essa correlação de forças políticas prevista para este ano na sociedade rondoniense vai exigir do governo Confúcio, uma maioria estável no Poder Legislativo, E isso, como a gente está careca de saber, poderá aumentar o tamanho do balcão de negócios em que o governo se transformou no primeiro mandato. Se Confúcio sucumbir a essa situação, o governo vai ficar ainda mais volátil e instável. É só esperar para conferir.

 EXPLICAÇÃO

confucioDurante a campanha o governo reeleito se vangloriou muitas vezes de que o índice de desemprego rondoniense era menor do que o índice nacional. E esta ideia continua prevalecendo nesse início de ano.

A principal causa do baixo desemprego recente no nosso estado não é mais pelo dinamismo do mercado de trabalho, principalmente pela indústria da construção civil (que já perdeu seu dinamismo), mas a desistência de muitos brasileiros em idade ativa de procurar uma ocupação.

 INSEGURANÇA CRESCENTE

inseguranca-publica2As manchetes cantadas pela imprensa neste princípio de semana confirma a acelerada deterioração da nossa segurança pública. Nem cadeirante escapou de ser agredido a facadas, e até sitiante foi encontrado morto na zona rural. Isso tudo sem falar das ocorrências sobre tráfico e venda de drogas, de policial morto e até o caso bizarro de um adolescente que ligou para a polícia denunciando-se a si próprio, como registrou o rondoniaaovivo.com, site informativo de Porto Velho.

E com tudo isso não surge nenhuma luz no fim do túnel para inaugurarmos uma verdadeira política de segurança pública no estado. Aliás, o que tem surgido é exatamente o contrário, como o gasto paralisado pela vigilância do conselheiro José Wilber, do Tribunal de Contas, pela suspensa de um edital maroto para torrar centenas de milhões dos cofres públicos com o (pasmem, leitores) aluguel de carros para a PM e a Polícia Civil.

 DESCASO

inseguranca-publica2A falta de vontade política, a omissão e descaso do governo transformaram nosso estado e, em particular, o município de Porto Velho, em uma área de altos índices criminais. Agora o cenário é esse: morrem policiais, morrem pessoas simples do povo até por balas perdidas, morrem bandidos em confrontos cada vez mais corriqueiros.

Há um crônico déficit de efetivos de policiais militares o que implica em pouca ostensividade dos agentes nas ruas e na comunidade, tornando o meliante em criminoso mais ousado. Junto a isso há a legislação que praticamente não pune o marginal menor ou aquele considerado de baixa periculosidade.

O aumento da violência é a principal justificativa usada pelo prefeito de Vilhena para cancelar a realização do carnaval desse ano. Mais uma evidência do descontrole no combate ao crime no estado.

 INDIGNAÇÃO

Bandeira2Antes das eleições, o Tribunal de Contas da União considerou o setor elétrico em situação quase falimentar. “O estrago, de R$ 61 bilhões, daria para construir três usinas de Belo Monte”, apontou. A indignação com a crise elétrica deveria ser igual ou maior do que a evidenciada com o caso Petrobras. O estrago pode chegar a R$ 100 bilhões, pois não se computou ainda a perda de valor da Eletrobrás e das empresas privadas do setor.

 SEM COMENTÁRIOS

Porto VelhoQuantas vezes o leitor ouviu nos últimos anos a conversa de que Porto Velho teria 100 por cento de coleta de esgotos? O assunto, assim como a novela da transposição, foi mote de campanha de todo tipo de político, ou seja, do vereador ao candidato do governo, passando por candidatos a senado e a deputados. Falaram, falaram e até hoje ainda vigora o ultrapassado e perigoso sistema de fossa. E agora, depois das eleições, o assunto não motiva mais comentário de nenhuma das “excelências” premiadas com o voto do eleitorado.

 OUTRA ENGANAÇÃO

Porto VelhoEssa é do tempo em que Valdir Raupp foi governo de Rondônia. O Aeroporto Internacional Jorge Teixeira – isso mesmo: IN-TER-NA-CIO-NAL – deveria ser um empreendimento para contribuir com a expansão do ambiente de negócios com viés para os países andinos, gerando renda e empregos em Rondônia. Até hoje não embarque e desembarque nem para a Bolívia e muito menos para o Peru. Embora ainda sustente o nome de “internacional” o aeroporto vive problemas presentes e não tem planos para o futuro. Mas disso, claro, nem o poderoso senador barbudo de Rolim de Moura dá qualquer tipo de explicação. Até quando a empulhação vai continuar ninguém sabe e ninguém viu.

 COISA FEIA

CesarUm leitor reagiu a nota recentemente publicada na coluna dando conta de que o prefeito Cesar Cassol – potencial candidato em 2018 – não é nada daquela “Brastemp” descrita Em Linhas Gerais. O leitor disse que Rolim nunca foi tão mal administrada. A nota da coluna foi baseada em informe de fonte da “Cidade dos Governadores”. A coluna se penitencia e dá razão ao leitor. Ontem chegou informe oficial da prefeitura daquela cidade, dando conta que só agora a administração de Cesar Cassol conseguiu quitar salário de dezembro para algumas categorias de servidores, como os da Saúde. Esse fato comprova que a gestão de Cesar está longe, muito longe de merecer aplausos

Em Linhas Gerais

Gessi Taborda[email protected]

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