FILOSOFANDO
“Não pode ser seu amigo quem exige seu silêncio ou atrapalha seu crescimento”. Alice Malsenior Walker (1944), é uma escritora dos Estados Unidos e ativista feminista. Filha de agricultores, ela perdeu a visão de um dos olhos aos 8 anos de idade, num acidente. Isso não a impediu de se graduar em artes pelo Sarah Lawrence College, em 1965. Alcançou fama mundial com o romance A Cor Púrpura, premiado com o Pulitzer de Ficção.
INFLADA
Sempre foi assim em todos os anos eleitorais. Os candidatos evitam falar sobre assuntos mais complexos, que demandam conhecimento de gestão e domínio de dados praticamente sempre escondidos da maioria da população. Os candidatos preferem ficar sempre na planície onde mesmo não tendo conteúdo é possível brilhar no holofote da passarela eleitoral.
E assim até agora nenhum candidato expôs o que pensa e o que pretende fazer para modificar a máquina pública municipal inflada que, não importa quem ganhe, nos levará ao agravamento da crise, hoje percebida apenas em seus contornos dramáticos, como o aumento do desemprego e o fechamento de diversos pontos do comércio de Porto Velho, onde cresce todo dia o número de placas de “Aluga-se” em pontos comerciais extintos.
GESTÃO ONEROSA
As administrações (vá lá!) municipais portovelhenses do último decênio foram perdulárias. A atual não conseguiu (ou não quis) reduzir sua dívida orçamentária, diminuir o seu custo. Na gestão anterior, quando havia dinheiro a rodo, o custo da administração (?) sofreu, de acordo com as denúncias publicadas na mídia e (algumas) investigadas no âmbito dos órgãos do controle externo, os efeitos dos desvios de verba pública.
Dinheiro em profusão vindo das chamadas verbas de compensação (dadas pelos consórcios das hidrelétricas do Madeira) foram utilizados de forma irresponsável em compras de veículos (boa parte de representação) e na manutenção de despesas inventadas por políticos que, como sempre, se recusam a diminuir os próprios gastos a fim de desonerar a máquina pública.
ASSUNTO ESPINHOSO
Na gestão atual – e não é só quem tem veículo próprio que sente isso no bolso – a estratégia escolhida foi aumentar ao máximo a arrecadação, ou através de um nefando sistema de multas ou pelo endurecimento da política fiscal, com o enrijecimento dos mecanismos de cobrança de eventuais passivos tributários a descoberto.
O resultado é visível e está espalhado por toda Porto Velho.
Empresas extremamente sufocadas pelas circunstâncias socioeconômicas, acabam ficando sem condições de manter-se em funcionamento e em razão disso param de produzir e comercializar seus produtos. Isso provoca um considerável decréscimo na base tributável, vez que quanto mais empresas fechadas menor é o número de contribuintes, de sorte que a política fiscal é altamente contraproducente.
A CONTA
Este é verdadeiramente um assunto da mais alta relevância sobre o qual os candidatos a prefeito têm obrigação de se manifestar. E até agora ninguém falou nada. É verdade que também as entidades representativas da classe produtora ficam distante desse debate, de forma inexplicável. A conta, como sempre, cai no lombo do povo que, por desinformação não reage e pode até mesmo votar de novo nos seus algozes.
E paga como? Com o desemprego, com os preços elevados no segmento varejista e dos serviços, em mais aumento dos tributos na queda da atividade econômica que obriga os empreendedores a efetuar demissões em massa.
INDEFINIDO
Quem terá condições, entre os candidatos, de apresentar modelos de solução para esse cenário desanimador? Exatamente por me preocupar com essa realidade plausível em Porto Velho não definirei o meu voto até que possa conhecer as propostas dos pretendes e avaliar quem terá condições de fazer uma gestão responsável dos recursos arrecadados, tendo também capacidade de endurecer as políticas contra a corrupção. Chega de mediocridade na condução da prefeitura de Porto Velho.
PROCEDIMENTO
Nem bem a campanha eleitoral começou e já está a caminho, segundo uma fonte credível, uma representação pedindo que o Ministério Público Eleitoral abra um procedimento contra o deputado-candidato a prefeito de Porto Velho, Leo Moraes, por propaganda eleitoral antecipada. Querem que o MPE investigue se o deputado usou o seu “gabinete móvel” para realizar propaganda antecipada em favor de sua candidatura. Não se sabe se o MPE já instaurou a investigação. Na esfera eleitoral, este procedimento tem o mesmo efeito de um inquérito civil.
CAÇA AO VOTO
Mais uma revelação de fonte bem informada, dessa vez sobre os meandros da Câmara Municipal. Procurando melhorar a imagem diante do descrente eleitorado de Porto Velho vereadores estão articulando nesse momento a realização de novas audiências públicas para, dizem, discutir temas de interesses dos moradores da capital. Um desses temas seria – sempre de acordo com a fonte – a revisão do Plano Diretor que, como consta, nem foi ainda enviado à Câmara.
Aliás, esse é mais um dos capítulos que ninguém sabe e ninguém viu dessa gestão mequetrefe. O zoneamento da cidade de Porto Velho é algo que não existe na realidade. A falta de ordenamento do solo no município é uma das causas do assunto do deslizamento de barranco no rio Madeira, onde carretas e outros veículos foram arrastados pelo rio. Agora dizem vozes ligadas à prefeitura que a área estava interditada. Como, caras-pálidas???
DESCONFIANÇA
É apenas (ainda) uma suposição, mas fonte palaciana afirmou que o governo acredita que pelo menos 30% das pessoas afastadas pelo auxílio-doença que continuam recebendo o benefício está irregular. Se isso for verdade, temos ai mais uma comprovação de que a Previdência é mesmo uma espécie de “casa da Mãe Joana”.
Para mudar essa situação, o governo pretende aumentar a realização de perícias fazendo voltar ao trabalho gente encostada há muito tempo. Dilema: com a falta de peritos na Previdência será difícil alcançar esse objetivo.
TRÂNSITO
Marca indelével dessa gestão municipal nas ruas de Porto Velho: Lentidão irritante nas horas do rush e, mesmo assim, a fábrica de multas em franca expansão. Qual candidato se compromete a resolver esse cenário e fechar a fábrica existente apenas para arrecadar mais do cidadão-contribuinte-eleitor?
CARTA
Ontem foi o dia da imprensa amestrada destacar a tal “carta” da Dilma Roussef ao Senado e (pasmem!) ao povo brasileiro. O que deveria merecer destaque são os depoimentos de Marcelo Odebrecht. Segundo se afirma, coisas pesadas foram ditas contra a (Deus nos livre) presidenta afastada, a ponto de poder levar a autora da carta para o xilindró
Add Comment