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Primeiro-ministro da Crimeia calcula que reparo de ponte levará ‘um mês e meio’

Construção liga a área continental da Rússia à península, anexada da Ucrânia após o referendo realizado em 2014

O primeiro-ministro da Crimeia, Serguey Aksyonov, previu nesta segunda-feira (10) que o reparo da ponte danificada em uma explosão, pela qual a Rússia culpa a Ucrânia, levará cerca de “um mês e meio”.

“Já estamos trabalhando. Acredito que haja obstáculos no caminho, e faremos isso no menor tempo possível”, disse o premiê da Crimeia a uma emissora de televisão pública.

Aksyonov também previu que em 16 de outubro será possível retomar o tráfego rodoviário para caminhões na ponte, que liga o continente à península ucraniana anexada.

Quanto aos carros particulares, ele estimou o tempo de espera em no máximo uma hora devido à explosão ocorrida no sábado na ponte de 19 km. O primeiro-ministro também anunciou que quatro navios começarão a operar na terça-feira (11) para facilitar o traslado pelo estreito de Kerch, que separa os mares Negro e Azov.

Por sua vez, o vice-primeiro-ministro russo, Marat Khusnullin, afirmou que os danos sofridos pelos pilares da ponte serão consertados até o fim desta semana e que, para isso, os operadores trabalham 24 horas por dia.

Além disso, ele assegurou que o governo russo procura uma alternativa para o transporte de mercadorias pelos territórios anexados do sul da Ucrânia, as regiões de Kherson e Zaporizhzhia.

A rota alternativa para a ponte tem cerca de 359 km de extensão, dos quais 180 já estão sendo reparados pelo Ministério dos Transportes da Rússia.

Um dos objetivos da campanha militar russa na Ucrânia era justamente criar um corredor terrestre entre o território russo e a península, que depende dele para a subsistência de grãos, água e eletricidade do sul da Ucrânia.

Um caminhão que explodiu no início da manhã de sábado (8) causou um incêndio em sete tanques de combustível de um trem-tanque e provocou o desabamento de dois trechos da parte automobilística da ponte, na qual também ficou danificado cerca de 1 km de via férrea.

A ponte, a mais longa da Europa e declarada um alvo militar por Kiev, foi inaugurada em 2018 pelo próprio presidente russo, Vladimir Putin, ao volante de um caminhão Kamaz.

Putin acusou no domingo (9) os serviços secretos ucranianos do que chamou de “ato terrorista”, após o qual ordenou bombardeios maciços contra as principais cidades do país vizinho, incluindo a capital, Kiev.

Além disso, ao se reunir com o Conselho de Segurança da Rússia, Putin ameaçou realizar novos bombardeios contra a infraestrutura civil ucraniana se os ataques contra o território nacional por Kiev, que não assumiu nem negou a responsabilidade pelo ataque à ponte, se repetirem.

A esse respeito, Aksyonov expressou nesta segunda-feira a confiança de que os bombardeios maciços, descritos como “escalada inaceitável” pela ONU, continuarão nos próximos dias.

FONTE: AGÊNCIA EFE

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Gomes

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