PARA PENSAR
“Deus pode ser brasileiro, mas vive em Miami porque sabe que isto aqui não vai pra frente. Afinal, a superação do subdesenvolvimento depende de taxas de crescimento do PIB superiores a 5% ao ano durante, pelo menos, três décadas consecutivas”. Flávio Saliba, jornalista de Belo Horizonte, MG.
ERRO DE IMAGINAÇÃO
Recebi manifestações de vários leitores da coluna, tendo como foco a nota publicada ontem, considerado Mauro Nazif como protagonista da cena política de Porto Velho e que, diante da vacilante oposição, assim deverá se posicionar na disputa de sua sucessão, no próximo ano.
O erro que o “doutor” Mauro pode cometer é o de imaginar que depois de tudo, todo mundo é besta e só ele é o esperto. Esse, na verdade, costuma ser um erro de imaginação muito comum aos “políticos” locais. Foi praticado até mesmo contra o próprio Mauro, tratado por oponentes, erroneamente como se viu, como um mero idiota. Se Nazif fosse o idiota que seus concorrentes imaginam não teria chegado aonde chegou, não seria o prefeito de Porto Velho.
DESLUMBRADO
Quem está no poder acaba se esquecendo da dose de simancol, diante do deslumbramento natural. O camarada tornando-se insensível para a realidade. Vítima de delírios passa a se ver como a tal “brastemp” e passa imaginar que todos seus críticos e opositores não passa de gente besta.
A mais ou menos que parece acontecer nesse momento com o prefeito. Só essa visão estrábica pode justificar a publicidade oficial massificada na mídia das “100 obras” em toda a cidade.
Se houvesse o costume dos órgãos de controle externo fazer uma análise da publicidade paga com o dinheiro do contribuinte, certamente quem autorizou sua produção e teria de devolver o dinheiro jogado fora aos cofres públicos. É meramente eleitoreira a tal propaganda que, claro, não resiste nenhuma análise técnica que possa justificá-la.
ESCRAVOS DA HIPOCRISIA
Para nós, meros mortais que por uma questão profissional e consciência nos ocupamos de observar o cenário político do estado, é cada vez maior a sensação de que vivemos um momento em que estamos no mato sem cachorro. É simples avaliar como a falta de uma oposição digna desse nome no estado nos escraviza a esse discurso hipócrita tão importante para as figuras bizarras da vida publica desse jovem estado.
HIPOCRISIA OU BURRICE COLETIVA?
Ouro Preto do Oeste fazendo festa pelo retorno de um prefeito suspeito de práticas de corrupção (que chegou a ficar no xilindró); beneficiado por um Judiciário lento e tolerante com aqueles personagens de casos de desvios de dinheiro público.
Vilhena preparando-se para receber quem passou uma temporada na Papuda, em Brasília, caso do Natan Donadon, condenado por corrupção pesada. Isso é hipocrisia ou burrice coletiva. É, o rondoniense está no mato sem cachorro.
A CONFUSÃO DA CAPITAL
Porto Velho é a mais sofrível das capitais brasileiras. Graças ao domínio da hipocrisia, à falta de oposição consequente e consciente, estamos nós, os moradores da cidade, nessa confusão interminável de chamada gestão pública, responsável pelo IDH vergonhoso que nos coloca como uma das cidades mais esculhambadas do Brasil.
Só mesmo por descuido do nosso povo continuamos vítimas de uma cidade que não cuida das mínimas exigências urbanas e, claro, está muito distante de soluções para o saneamento básico, a cultura, a educação, o lazer e vai por ai afora.
Nosso trânsito não vai melhorar enquanto quem estiver no comando desse segmento for mero curioso premiado com o emprego por submissão política e não um especialista reconhecido nas rodas científicas e acadêmicas.
ESPERTEZA TEM LIMITE
Se o médico Mauro Nazif conhece um pouco mais a historia política desse país, certamente iria se lembrar de um pensamento de Aureliano Chaves, o mineiro que foi vice-presidente da República.
Bem dizia o saudoso Aureliano Chaves que “a esperteza, quando é demais, cresce, vira bicho e engole o esperto”.
BARULHO DA LATA
Nazif vive um momento de tanta confiança na sua capacidade de convencimento de seus discursos de mercador de ilusões que não escuta o barulho da lata, pelo menos nessa polêmica do transporte coletivo, criada a partir da “solução emergencial”, com a escolha de uma empresa pelo sistema de “convite” e não de concorrência pública séria.
CEREJA
O prefeito parece acreditar ser a cereja que enfeitará como enorme confeito o bolo da disputa sucessória no próximo ano. Se tivesse usando a dose natural de simancol, Nazif iria identificar que está diante de uma cilada que pode resultar na sua derrocada, mesmo com essa oposição capenga e mais perdida que cego em tiroteio.
NO FORNO
Depois de toda a bandalheira por que passou a população de Porto Velho pelas sacanagens praticadas no governo que antecedeu Mauro, deixando entre toda a herança maldita a visível manada de elefantes brancos, Mauro Nazif tem como maior entrave a um novo mandato exatamente esse desgoverno que praticamente seguiu o mesmo roteiro da escória do passado, motivo pelo qual não conseguiu nem mesmo superar a depressão dos tempos em que a prefeitura ganhou o apelido de “caverna do Ali Babá”. A batata está no forno, assando…
APATETADOS
O governo está entrando em sua reta final como se andasse em círculos. A mistureba de gente medíocre, ordinária e com tendências a seguir o script das corrupções acabou deixando suspeitas de desvios até em áreas como a da “cultura” (?) e do espetáculo, onde fora isso não se mostrou sequer capacidade para marcar de forma inesquecível o primeiro centenário da Capital.
Diante da falta de uma “Oposição” inteligente e coordenada, Nazif pode descambar para o a descida da ribalta pela idiotice daqueles que imaginam um poder que o factóide na verdade não tem para dar consistência a um governo com a marca da indolência.
QUESTÃO DE RESPEITO
Levy: “CPMF é imposto pequenininho”. Pequenininho é o respeito que ele e este desgoverno têm pelos cidadãos honestos que pagam os desmandos petralhas!
Ultimamente Dilma só fala em golpe, mas o golpe maior foi ela mesma que deu nos eleitores, mentindo descaradamente sobre a situação econômica e fiscal do Brasil.
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