Operação Nova Mutum, iniciada pelo estado no dia 19 de outubro, visa retirar camponeses de fazendas invadidas na região de Abunã.
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a Polícia Militar (PM), através da Operação Nova Mutum, não faça mais a reintegração de posse na fazenda onde policiais foram mortos a tiros há um ano, durante uma emboscada em Porto Velho.
A Operação Nova Mutum começou no último dia 19 de outubro, terça-feira, e tem o objetivo de cumprir mandados de reintegração de posse em 8 fazendas com conflitos agrários, entre elas a propriedade onde dois PM’s foram assassinados em outubro do ano passado.
No entanto, na última quinta-feira (21), uma liminar da ministra Cármen Lúcia (STF) determinou que a PM suspenda a reintegração da área dessa fazenda até o julgamento da ação.
Em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (22), o coronel da PM-RO, Alexandre Luis de Freitas Almeida, diz que vai acatar a decisão da ministra, porém o estado deve tentar reverter a ordem judicial.
Motivo da operação
Ainda segundo o comandante da PM, a operação foi deflagrada com objetivo de retirar invasores que estariam cometendo diversos crimes nas propriedades invadidas.
Entre as principais atividades ilegais, apuradas pela operação, estão desmatamento, morte de gado e venda clandestina de lotes.
“É muito crime ambiental, áreas devastadas, com extração de madeira e venda de lotes, sem nenhum tipo de documentação, fazendo com que mais famílias (às vezes de boa índole e inocência) juntasse todo seu recurso financeiro e aplicasse em algo que seria ilegal. Havia necessidade da PM fazer uma ação no local”, diz.
O foco da ação, coordenada pela Polícia Militar (PM), deve ficar principalmente na região de Abunã, região com frequentes casos de invasões de propriedades, vítimas torturadas e executadas.
A PM diz que a Defensoria, psicólogos e médicos PM’s estão acompanhando a operação para dar suporte às famílias que estão sendo retiradas das fazendas invadidas.
Os camponeses retirados das áreas invadidas estão sendo levados para a Vila da Penha, na Escola Santa Lúcia.
A operação está programada para se estender até o dia 25 de outubro, podendo ser prorrogada.
Dos 7 mandados autorizados para a operação, apenas a fazenda onde houve ataque contra os policiais não vai poder ser reintegrada.
FONTE: G1 RO – GLOBO.COM
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