A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou nesta segunda-feira (17) um pacote de quatro acordos de delação, assinados com executivos que atuaram na antiga Hypermarcas, para homologação do Supremo Tribunal Federal (STF). As tratativas envolvem a multa mais alta da história da PGR aplicada a um único delator, no valor de R$ 1 bilhão.
O alvo da autuação é João Alves de Queiroz Filho, conhecido como Júnior. Fundador da Hypermarcas, hoje rebatizada de Hypera Pharma, ele é um dos acionistas controladores da empresa. Além do R$ 1 bilhão aplicado ao empresário, outros R$ 95 milhões em multa terão de ser pagas, conforme delações assinadas com outros três ex-executivos do grupo.
Os acordos foram encaminhados pela PGR para o ministro do STF Edson Fachin. Os procuradores entenderam que Fachin tem quem validar os acordos, porque já conduz outras ações na Corte relacionadas às informações reveladas.
O valor do pacote das quatro delações supera a multa de R$ 1 bilhão acordada pelo Ministério Público Federal do Rio com o “doleiro dos doleiros” Dario Messer, em seu acordo de delação divulgado na semana passada. Outra diferença em relação ao acordo de Messer é que, enquanto boa parte de sua multa será paga com bens, na negociação com a antiga Hypermarcas os pagamentos serão feitos em dinheiro. O valor será dividido em várias parcelas.
As tratativas preveem o início de cumprimento da pena em prisão domiciliar (sem poder sair de casa) para todos. Procurada, a assessoria de imprensa de Hypera Pharma disse que não vai se manifestar.
FONTE: O GLOBO
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