Tempo Real

PF desconfiou de R$ 75 mil a mais em compra do sítio de Atibaia

O sítio de Atibaia (SP), atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi vendido por um valor um pouco acima da avaliação de mercado para a época e gerou desconfiança de peritos da Polícia Federal.

O laudo da PF aponta que a propriedade foi comprada em 2010 por Fernando Bittar, filho de um aliado político de Lula, e Jonas Suassuna, sócio de um dos filhos do petista, pelo valor de R$ 1,5 milhão. Segundo a PF, o sítio, na ocasião da compra, valia cerca de R$ 1,425 milhão.

O sítio é alvo de um dos processos em que o petista é réu na Justiça Federal no Paraná. A força-tarefa do MPF (Ministério Público Federal) na Operação Lava Jato acredita que Lula seja o verdadeiro dono do sítio. Segundo as investigações, o imóvel fruto de uma vantagem indevida proveniente de um esquema de corrupção envolvendo empreiteiras e a Petrobras. O ex-presidente e sua defesa negam as acusações.

O PF argumenta que a diferença no valor – de pouco menos de R$ 75 mil – leva a “algumas observações importantes”. Uma delas é a de que o antigo proprietário do sítio, o empresário Adalton Santarelli, não havia colocado a propriedade à venda, mas tinha sido procurado por interessados. “Condição particular que usualmente eleva o valor final de negociação de uma propriedade”, anotaram no laudo, anexado ao processo na última segunda-feira (26).

Ainda de acordo com o laudo da PF, na ocasião em que a venda foi formalizada, o mercado imobiliário passava por um bom momento. “Em mercados aquecidos, o preço de negociação das propriedades supera seu custo de reprodução [valor do terreno mais benfeitorias e construções], fato conhecido como ‘vantagem da coisa feita'”.

Em depoimento à Operação Lava Jato em janeiro de 2016, o antigo proprietário do sítio disse que aceitou a oferta feita por Bittar e Suassuna por meio de um corretor de imóveis.

A reportagem do UOL entrou em contato com o antigo proprietário do sítio. Segundo ele, a avaliação de valor de imóvel é algo subjetivo e os esclarecimentos sobre a venda já foram prestados à Lava Jato. Os defensores de Bittar, que também é réu no processo, ainda não se manifestaram. A defesa de Suassuna, que não foi denunciado pelo MPF, não foi localizada.

O processo referente ao sítio começou a ouvir, neste mês, as testemunhas de acusação, solicitadas pelo MPF.

Autor / Fonte: Notícia ao Minuto

Comentar

Print Friendly, PDF & Email

About the author

Gomes Oliveira

Add Comment

Click here to post a comment

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

COMPARTILHE

BAIXE NOSSO APLICATIVO

RESENHA POLITICA

TEIA DIGITAL

TEMPO REAL

PUBLICIDADE

Instagram

Instagram has returned empty data. Please authorize your Instagram account in the plugin settings .
WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com