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Pentágono confirma que treinou colombianos detidos no Haiti

Confirmação foi feita por porta-voz após análise de dados sobre operações de capacitação militar realizadas nos EUA

O Pentágono revelou nesta quinta-feira (15) que treinou no passado um “pequeno número” de cidadãos colombianos que foram detidos por suposta participação no assassinato do presidente haitiano Jovenel Moise.

Um porta-voz disse à Agência Efe que o Pentágono chegou a essa conclusão após analisar as bases de dados sobre as operações de capacitação, mas não detalhou quantos dos colombianos detidos receberam treinamento.

“Uma revisão das nossas bases de dados de treinamento indica que um pequeno número dos indivíduos colombianos detidos como parte desta investigação participaram de treinamentos militares e programas de capacitação dos Estados Unidos no passado”, afirmou o porta-voz.

O treinamento ocorreu enquanto esses indivíduos eram “membros ativos das Forças Armadas da Colômbia”, acrescentou em e-mail o porta-voz, tenente-coronel Ken Hoffman.

O Pentágono continua investigando o assunto e não tem mais detalhes para compartilhar no momento, segundo a fonte, que lembrou que “milhares de homens e mulheres militares de nações aliadas na América do Sul, na América Central e no Caribe” se beneficiam do treinamento militar dos EUA.

“Este treinamento enfatiza e promove o respeito aos direitos humanos, o cumprimento das normas legais e a natureza subordinada dos militares aos líderes civis democraticamente eleitos”, sublinhou o porta-voz.

Segundo a polícia haitiana, o assassinato de Moise foi cometido na semana passada por um grupo de 28 pessoas: 26 colombianas e duas americanas de origem haitiana.

Pelo menos 13 dos 18 colombianos detidos até agora pelo ataque são militares colombianos reformados. A polícia haitiana procura outros cinco cidadãos colombianos que supostamente também faziam parte do comando.

As novas informações do Pentágono preocuparam o senador democrata Patrick Leahy, idealizador de um projeto de lei que leva o seu nome e busca assegurar que as forças militares estrangeiras que recebem ajuda de Washington não tenham sido implicadas em violações dos direitos humanos.

Leahy criticou os militares colombianos e disse que a notícia “demonstra” que embora a formação do Pentágono procure garantir “o respeito pelos direitos humanos”, não pode ignorar as deficiências da “própria instituição” que a recebe.

“O Exército colombiano, que apoiamos há 20 anos, tem uma longa história de transformar civis em objetos, violar as leis da guerra e não prestar contas. Tem havido um problema cultural dentro dessa instituição”, comentou o senador, citado pelo jornal “The Washington Post”.

FONTE: EFE

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Marcio Martins martins

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