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Pamela – Capítulo 3, por Alberto Dinys

Um café, querida? Não. Obrigada! Eu não quero beber nada. Não fica assim, Pamela. É fácil você falar isso. O seu marido é bem diferente do… Victor. Sim, sim. Eu sei que os dois são bem diferentes. Mas… procura se manter forte. Ele considera a outra. Você precisaa ver como ele falou dela. Com admiração, atração… paixão. A paixão acaba, Pamela. Eu sei, querida. Mas por enquanto a paixão entre os dois não cessou. E isso me dá muito ódio quando lembro deles. Quando imagino eles se beijando. Malditos! Me enganaram. E eu… boba e cega, acreditei. Ontem eu vi o Victor. Viu, Carmem? Vi. Eu vi o Victor e umas duas mulheres no shopping.

Elas pareciam garotas de programas. Sério. Mesmo? Sim, Pamela. Desculpa a sinceridade, mas penso que foi uma provocação da parte dele. É. Uma provocação. E o porquê nós sabemos. Não vamos nos fingir de burras. Nós não somos burras. É verdade, Carmem. Ele sabe do relacionamento que tive lá no passado. Eu me apaixonei pelo Selton. Sim. O Selton ganhava dinheiro se prostituindo e o resto da história você já conhece. Conheço bem e por isso mesmo penso que é momento de reagir e não se abater por esse homem que provou que não te merecia. Afinal, as pessoas mudam, evoluem, amadurecem, se transformam. Todos nós temos erros. Ninguém é perfeito. É a realidade! Muitas vezes eu me pego pensando na vida. Refletir é extremamente importante. E…? E que… eu até agora me sinto perdida, Carmem. É. Perdida, Carmem. Muito, muito perdida.

O Selton é um homem vivido. Apesar de ser mais novo, ele veio de um mundo diferente do seu. Eu sei, Carmem. Foi uma loucura acreditar nele. Mas não adianta lamentar agora. Não mesmo. O Selton é passado. O Vitor é passado, Pamela. Os dois devem ficar no passado. Mas nem tudo é tão simples assim, Carmem. Por que você diz isso, hein? Bom… para ser sincera, eu ainda sinto muita atração por um deles. Eu até tentei negar, esquecer aqueles momentos emocionantes, envolventes. Aqueles momentos falsos, mas… que mexeram com as minhas emoções.

Que me fizeram delirar. Ah! Delirar loucamente. Apaixonadamente, Carmem. Delirar? Poxa! Então… vocês ainda se comunicam pelo celular. É. Pode dizer. Eu não vou te julgar. Um pouco. Um pouquinho. E você acha isso normal, Pamela? Não. Sim. Talvez eu não saiba te explicar com exatidão o que se passa comigo quando eu me vejo sem forças para seguir adiante. São vários conselhos, métodos, ideias, boas intenções e ele entra em contato comigo, falando com calma, a voz bonita, as palavras certas, as mentiras que ele sabe que vão me fazer ficar mais e mais… na dele.

AUTOR: ALBERTO AYALA

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