PARA REFLETIR
Que fique bem claro: vivemos uma crise de representatividade. O povo não tem visto seus interesses bem representados pelos seus políticos. Se tá tudo errado, vamos começar discutindo como e pra que votamos.
MEDO CRESCENTE
Depois da prisão de Delcídio e a comprovação de que foi abandonado pelo PT e pelo governo, há um medo real de que ele dê com a língua nos dentes contando tudo o que sabe, desde a CPI do Mensalão. O medo ainda maior é o de que José Dirceu também ameace a falar. Que república!
CENÁRIO COMPLICADO
Dilma está sem seu périplo pelo mundo (afinal, a conta fica para o povo), mas isso não muda a realidade. O governo do PT acabou. Dilma já era. Se tivesse um pingo de simancol, certamente renunciaria para o bem do Brasil. Não vai fazer isso. Vai ficar até o último minuto.
Com a prisão do “humanista” Delcídio (tentando tirar o seu da reta, o senador roqueiro mato-grossense saiu-se com essa de tudo era um teatro para aliviar a dor da família do amigo Cerveró) a CPMF já era. E tem mais: o governo não tem mais a menor chance de ter a aprovação da DRU.
TEMPO VENCIDO
O petismo está cada vez mais próximo da liquidação. Claro, tem gente (e principalmente petralhas) que não acredita nisso, que sustenta ainda a ideia da recuperação. Não conhecem a história. Não lembra o que aconteceu com o maior partido do ocidente, do qual o DEM de hoje é apenas um arremedo. No parlamento federal (Câmara e Senado) a ressaca pela prisão de Delcídio Amaral vai durar ainda um tempão.
FOLLADOR ACUSA
Enquanto o governador rondoniense e membros de seu alto escalão se esforçam para vender a imagem de que o estado está longe de sofrer reflexos negativos da crise em que se debate o país, o deputado Adelino Follador (DEM) vê sérios problemas para a economia rondoniense, a partir do setor mais importante de seu mercado: a pecuária.
COMPLÔ DA MALDADE
O parlamentar identifica como os maiores responsáveis pela “escalada de maldades contra a economia estadual” os frigoríficos instalados em solo rondoniense, acusados de “formação de cartel” pelo parlamentar da região de Ariquemes. Dirigentes desse segmento serão convocados, como garantiu Adelino, a explicarem na Comissão de Agricultura da Assembleia os motivos dessa cartelização. O deputado não adiantou o que imagina possível acontecer com os frigoríficos que estariam reduzindo, artificialmente, o preço do boi gordo em nosso estado.
PETISTA EM RIO BRANCO
A maioria nunca ouviu falar, mas existe um “parlamento amazônico” e essa entidade em grande parte desconhecida da população esteve reunida na quinta-feira, em Rio Branco, capital do Acre.
Quem esteve lá representando Rondônia foi o petista Ribamar Araújo. O deputado saiu de lá convencido de que “resultados” importantes serão aportados em nosso estado, tais como: criação de free-shops em cidades gêmeas de fronteira (já vi esse filme em Guajará e seu final foi decepcionante) e maior soberania da Amazônia, ou seja lá o que isso venha a significar.
MAIS TROLOLÓ
Manifestantes ligados ao MAB (Movimento dos Atingidos pelas Barragens) conseguiram com o bloqueio de mais de 15 horas da BR-364, num trecho próximo ao distrito de Nova Mutum, fazer com que representantes da Energia Sustentável do Brasil, responsável pela UH de Jirau, vá ao Palácio do Planalto, em Brasília, no próximo dia 10, para tentar explicar a falta de cumprimento de condicionantes estabelecidas na Licença Prévia (LP) concedida pelo IBAMA em julho de 2007, como a indenização de todas as propriedades urbanas e rurais atingidas.
NA MIRA DO MP E MPF
O vergonhoso abandono da Praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, às margens do rio Madeira e na área mais central de Porto Velho entrou, finalmente, na alça de mira do Ministério Público do Estado e até do Ministério Público Federal. As duas instituições entraram com ação civil pública, com pedido de liminar, na Justiça Federal.
Se dessa vez as autoridades do município e do estado atender a vontade dos promotores de Justiça é possível que aquele patrimônio histórico volte a receber manutenção da prefeitura e do governo. Tanto o governo do estado como o município terão 15 dias para deixar de lado a omissão com o tal sítio histórico da capital.
SUMIDOURO DE DINHEIRO
Até hoje ninguém foi punido pelo abandono a que foi relegada a Praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Ela serviu como escoadouro de milhões de reais dos cofres públicos pelas autoridades relapsas. Um dos primeiros desses episódios vergonhosos aconteceu com o tal “teatro de arena”, ainda nos tempos em que Osvaldo Piana foi governador rondoniense.
COISA RECENTE
A mais vergonhosa farra com o dinheiro público naquele local é coisa recente, de quando Roberto Sobrinho, o petista alcunhado de Ali-Babá, gastou algo próximo de 20 milhões de reais (das verbas compensatórias) numa maquiagem mal feita, numa obra de enganação. Nem aquilo que se chamou de deck resistiu, nem os banheiros públicos vagabundos e apenas reformados.
ALI-BABÁ ESTÁ SOLTO
Os indícios de roubalheira e corrupção estão mais visíveis na degradação total do lugar. Roberto Ali-Babá continua solto e sem acreditar em punição da Justiça. O governo do Estado filosofa (e mal) também sem ser molestado pelas ações tresloucadas de má gestão publica. Por tudo isso, não dá para afirmar que dessa vez as gestões (em nível de estado e município) levarão a sério o aperto dos Ministérios Públicos, do estado e da união, dentro do prazo determinado.
PAPO CORRENTE
No meio político rondoniense no dia de ontem a prisão de Delcídio Amaral era o papo corrente. Valdir Raupp, investigado pela Lava Jato, era lembrado por um político poderoso: “Ninguém está a salvo”, dizia.
Outro, que é presidente de partido, revelava: “Tem muita gente apavorada no estado, com razão”, afinal, “se prenderam um Senador e um dos banqueiros mais ricos do país, quem já está sentenciado ou com culpa formalizada em casos de corrupção amplamente conhecidos deve esperar pelo pior”, alinhavou.
CONFÚCIO DESANCA
Servidor público que acessar a partir de hoje o blog do Confúcio vai descobrir o nível da decepção do governador rondoniense com a classe dos servidores públicos. Transcrevo aqui o pensamento do filosofal governador:
“É preciso acabar com este mundaréu de vantagens indevidas que se tem no serviço público e não tem no privado. Que negócio é este? Que paraíso é este entrar no serviço público e ficar numa boa até o fim da vida e o fim das proles?”. Pelo visto, vem chumbo grosso por ai.
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